Rinoceronte-branco






































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Como ler uma infocaixa de taxonomiaRinoceronte-branco


Rhinocéros blanc JHE.jpg



Estado de conservação

Espécie extinta na natureza
Extinta na natureza (IUCN 3.1) [1]

Classificação científica



































Reino:

Animalia


Filo:

Chordata


Classe:

Mammalia


Infraclasse:

Placentalia


Ordem:

Perissodactyla


Família:

Rhinocerotidae


Género:

Ceratotherium


Espécie:

C. simium



Nome binomial

Ceratotherium simum
(Burchell, 1817)
Distribuição geográfica

Mapa de distribuição original do rinoceronte-branco: Laranja = Ceratotherium simum cottoni. Verde = Ceratotherium simum simun
Mapa de distribuição original do rinoceronte-branco:
Laranja = Ceratotherium simum cottoni.
Verde = Ceratotherium simum simun


O rinoceronte-branco (nome científico: Ceratotherium simum) ou rinoceronte de lábios quadrados é o maior dos rinocerontes, família de mamíferos perissodáctilos. Difere-se do rinoceronte-negro não exatamente pela cor (ambas espécies são acinzentadas) e sim pelo formato de seus lábios. O rinoceronte branco consistia em duas subespécies: o rinoceronte branco do sul é a mais abundante, com uma população estimada em 21.077 indivíduos em 2015, e o rinoceronte branco do norte, que é muito mais raro, sendo que em 2018, morreu o último rinoceronte-branco do norte macho, ficando apenas duas fêmeas da subespécie. Pesquisadores tentarão reproduzir o grupo por meio de fecundação in vitro, com material genético coletado do macho.[2]




Índice






  • 1 Etimologia


  • 2 Nomenclatura e taxonomia


  • 3 Distribuição geográfica e habitat


  • 4 Características


  • 5 Conservação


  • 6 Referências





Etimologia |


Apesar do nome, sua pele é escura e lisa. A explicação para o nome de rinoceronte-branco, white rhinoceroses em inglês, é originária da África do Sul quando a língua africâner se desenvolveu a partir do holandês. A palavra do africâner wyd (derivada do holandês wijd), significa largo ou wide em inglês, referindo-se a boca larga do rinoceronte. Os primeiros colonizadores britânicos na região interpretaram a palavra wyd por white. A partir de então, o rinoceronte da boca "larga" foi chamado de rinoceronte-branco, enquanto que o rinoceronte da boca "estreita" ou narrow pointed, foi chamado de rinoceronte-negro. A boca "larga" é adaptada para comer grama rasteira, a boca "estreita" é adaptada para comer as folhas dos arbustos. Essa seria a explicação do nome do rinoceronte-branco (white-rhino em inglês).[3]



Nomenclatura e taxonomia |


O rinoceronte-branco foi descrito por William John Burchell em 1817 como Rhinoceros simus.[4]John Edward Gray, em 1868, eregiu o termo genérico Ceratotherium como um subgênero do Rhinoceros.[5] A espécie foi recombinada várias vezes ao longo dos anos: Opsiceros simus por Constantin Wilhelm Lambert Gloger em 1841, Atelodus simus por Auguste Nicolas Pomel em 1853, Rhinaster simus por William Tyrer Gerrard em 1862, Diceros simus por Oldfield Thomas em 1900 e Ceratotherium simum por Glover Morrill Allen em 1939.


Duas subespécies são reconhecidas:[6]




  • Ceratotherium simum simum (Burchell, 1817) - no sul da África


  • Ceratotherium simum cottoni (Lydekker, 1908) na África central.


Em 2010, Colin Grooves e colaboradores consideraram a subespécie cottoni como uma espécie distinta.[7]



Distribuição geográfica e habitat |


A espécie tem uma distribuição geográfica descontínua. A subespécie C. s. cottoni ocorria no sul do Chade, no leste da República Centro-Africana, sudoeste do Sudão (hoje Sudão do Sul), nordeste da República Democrática do Congo e noroeste de Uganda. O C. s. simum ocorria no sul da África, no sudeste de Angola, possivelmente no sudoeste da Zâmbia, centro e sul de Moçambique, Zimbábue, Botsuana, leste da Namíbia e norte e leste da África do Sul.[8]


Ele habita nas zonas descampadas e planas da África, comparado às outras espécies, é pacato e inofensivo. Por causa das queimadas e da exploração de minérios na África esse habitat vem sendo reduzido, colocando em risco a sobrevivência da espécie.




um rinoceronte branco no Parque Nacional de Pilanesberg



Características |


O rinoceronte branco é a maior das cinco espécies existentes de rinocerontes. Ele pesa um pouco mais em média do que um hipopótamo, apesar de haver uma considerável sobreposição de massa corporal entre essas duas espécies. Tem um corpo maciço e uma cabeça grande, um pescoço curto e grosso. O comprimento total da espécie é de 3,7 a 4 m nos machos, que pesam 3.600 kg em média, e 3,4 a 3,65 m nas fêmeas relativamente mais leves com 1.700 kg, com a cauda tendo mais de 70 cm, a altura no ombro varia de 1,70-1,86 m no macho e 1,60-1,77 na fêmea, o tamanho máximo que a espécie é capaz de atingir não é definitivamente conhecido, espécimes de até 3.600 kg já foram registrados, sendo que o maior espécime tinha cerca de 4.530kg [9]. Em seu focinho está presente dois chifres, que são feitos de queratina endurecida, o que os difere dos chifres existentes nos bovídeos. O chifre dianteiro é maior, e tem uma média de 60 cm de comprimento, atingindo até 150 cm, mas apenas em fêmeas. O rinoceronte branco também possui uma corcunda notável na parte de trás do pescoço, cada uma de suas quatro patas são dotadas de três dedos. A cor do corpo varia de castanho amarelado a cinza, os únicos pelos de seu corpo estão presentes nas orelhas e na cauda. Suas orelhas são capazes de se mover de forma independente para captar melhor os sons do ambiente, seu olfato é relativamente aguçado e os rinocerontes brancos possuem as mais largas narinas dentre todos os animais terrestres.



Conservação |




Um rinoceronte e seu filhote numa reserva em Uganda.


A IUCN lista a espécie como quase ameaçada.[1] Existem em torno de 19.682 a 21.077 exemplares de Ceratotherium simum simun, ou rinoceronte-branco do sul segundo dados de 2015.


A subespécie Ceratotherium simum cottoni, o rinoceronte-branco do norte, conta em 2018 com 2 espécimes fêmeas.[10] Em 2013, a espécie foi extinta em Moçambique, depois dos últimos 15 animais terem sido mortos no Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo.[11][12]Existem apenas 2 espécimes restantes que vivem em zoológico.


O último macho morreu em março de 2018 aos 45 anos.[13]As duas fêmeas restantes vivem juntas no Ol Pejeta Conservancy, no Quênia, sob a proteção de seguranças fortemente armados, 24 horas por dia, 7 dias por semana. O motivo da quase extinção da espécie é a crença difundida em alguns países asiáticos de que o chifre do animal seja capaz de curar vários tipos de enfermidades, entre elas, o câncer. No entanto, não existem confirmações científicas que corroborem esta tese.[14]


Cientistas, em 2018, informaram que injetaram esperma preservado de um rinoceronte branco macho do norte em ovos de rinocerontes brancos do sul, uma subespécie intimamente relacionada. Os embriões foram incubados até as células começarem a se diferenciar, até o estágio no qual elas pudessem ser implantadas em uma mãe substituta, eventualmente produzindo novos bebês rinocerontes.[15]



Referências




  1. ab EMSLIE, R. (2012). Ceratotherium simum (em Inglês). IUCN 2012. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN de 2012 Versão 2. Página visitada em 3 de maio de 2013.


  2. http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/morre-o-ultimo-rinoceronte-branco-do-norte-macho-a3km0tvjp79wa9wu0dlp7jzu7


  3. ROOKMAAKER, K. (2003). «Why the name of the white rhinoceros is not appropriate». Pachyderm. 34: 88–93 


  4. Burchell


  5. Gray


  6. Grubb, P. (2005). Wilson, D.E.; Reeder, D.M. (eds.), ed. Mammal Species of the World 3 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. p. 634. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de editores (link)


  7. GROOVES, C.P.; FERNANDO, P.; RABOVSKY, J. (2010). «The sixth rhino: a taxonomic re-assessment of the critically endangered northern white rhinoceros». PLoS One. 5 (4): e9703  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)


  8. NOVAK, R.M. (1999). _____, ed. Walker’s Mammals of the World 6 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. ISBN 0-8018-5789-9 


  9. http://www.adoptananimal.co.uk/white-rhino-fact-file/


  10. «O último rinoceronte-branco do mundo é vigiado 24 horas por dia» 


  11. THE ASSOCIATED PRESS (2 de maio de 2013). «Rhinos now extinct in Mozambique: experts». Daily News. Consultado em 3 de maio de 2013 


  12. «Last rhinos in Mozambique killed by poachers». The Telegraph. 30 de abril de 2013. Consultado em 3 de maio de 2013 


  13. «Morre Sudan, último rinoceronte branco macho do mundo - ISTOÉ Independente». ISTOÉ Independente. 20 de março de 2018 


  14. Conheça a história de Sudan: o último rinoceronte-branco do norte (12 de junho de 2015). Revista Galileu. Visitado em 12 de junho de 2015.


  15. Rosenbaum, Leah (4 de julho de 2018). «Researchers create hybrid embryos of endangered white rhinos». Science News (em inglês) 





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