Dalton Trevisan
Dalton Trevisan | |
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Nome completo | Dalton Jérson Trevisan |
Nascimento | 14 de junho de 1925 (93 anos) Curitiba |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Escritor |
Prêmios | Prémio Jabuti de Literatura (1960, 1965, 1995 e 2011) Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1976) Prêmio Portugal Telecom de Literatura (2003) Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2008, 2015) Prêmio Camões (2012) Prêmio Machado de Assis (2012) Prêmio do Negrinho (2013) |
Magnum opus | Novelas nada Exemplares |
Serviço militar | |
País | Brasil |
Dalton Jérson Trevisan (Curitiba, 14 de junho de 1925) é um escritor brasileiro, famoso por seus livros de contos, especialmente O Vampiro de Curitiba (1965), e por sua natureza reservada.[1]
Índice
1 Biografia
2 Prêmios
3 Obras publicadas
3.1 Renegados pelo autor
3.2 No exterior
3.3 Antologias
4 Filme
5 Referências
6 Ligações externas
Biografia |
Trevisan trabalhou durante sua juventude na fábrica de vidros de sua família (hoje falida) e chegou a exercer a advocacia durante 7 anos, depois de se formar pela Faculdade de Direito do Paraná (atual UFPR). Quando era estudante de Direito, Trevisan costumava lançar seus contos em modestos folhetos. Liderou o grupo literário que publicou, entre 1946 e 1948, a revista Joaquim. O nome, segundo ele, era "uma homenagem a todos os Joaquins do Brasil". A publicação tornou-se porta-voz de uma geração de escritores, críticos e poetas. Reunia ensaios assinados por Antonio Cândido, Mário de Andrade e Otto Maria Carpeaux e poemas até então inéditos, como "O Caso do Vestido", de Carlos Drummond de Andrade. A revista também trazia traduções de Joyce, Proust, Kafka, Sartre e Gide e era ilustrada por artistas como Poty, Di Cavalcanti e Heitor dos Prazeres.
A publicação, que circulou até dezembro de 1948, continha o material de seus primeiros livros de ficção, incluindo Sonata ao Luar (1945) e Sete Anos de Pastor (1948) - duas obras renegadas pelo autor. Em 1954 publicou o Guia Histórico de Curitiba, Crônicas da Província de Curitiba, O Dia de Marcos e Os Domingos ou Ao Armazém do Lucas, edições populares à maneira dos folhetos de feira.
Inspirado nos habitantes da cidade, criou personagens e situações de significado universal, em que as tramas psicológicas e os costumes são recriados por meio de uma linguagem concisa e popular, que valoriza os incidentes do cotidiano sofrido e angustiante. Publicou também Novelas Nada Exemplares (1959) e ganhou o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro. Como era de se esperar, enviou um representante para recebê-lo. Morte na Praça (1964), Cemitério de Elefantes (1964) e O Vampiro de Curitiba (1965). Isolado dos meios intelectuais e concorrendo sob pseudônimo, Trevisan conquistou o primeiro lugar do I Concurso Nacional de Contos do Estado do Paraná, em 1968. Escreveu depois A Guerra Conjugal (1969), posteriormente transformada em um premiado filme, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, Crimes da Paixão (1978) e Lincha Tarado (1980). Em 1994 publicou Ah, é?, obra-prima do estilo minimalista. Seu único romance publicado é A Polaquinha[2].
É reconhecido como um importante contista da literatura brasileira por grande parte dos críticos do país. Entretanto, é avesso a entrevistas e exposições em órgãos de comunicação social, criando uma atmosfera de mistério em torno de seu nome. Por esse motivo recebeu a alcunha de "Vampiro de Curitiba", nome de um de seus livros. Assina apenas "D. Trevis" e não recebe a visita de estranhos[3].
Prêmios |
Foi eleito por unanimidade vencedor do Prémio Camões de 2012[4], ano em que também recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra.[5]
Obras publicadas |
Novelas nada Exemplares (1959)[6]
Cemitério de Elefantes (1964)
Morte na Praça (1964)
O Vampiro de Curitiba (1965)
Desastres do Amor (1968)
Mistérios de Curitiba (1968)
A Guerra Conjugal (1969)
O Rei da Terra (1972)
O Pássaro de Cinco Asas (1974)
A Faca No Coração (1975)
Abismo de Rosas (1976)
A Trombeta do Anjo Vingador (1977)
Crimes de Paixão (1978)
Primeiro Livro de Contos (1979)
Vinte Contos Menores (1979)
Virgem Louca, Loucos Beijos (1979)
Lincha Tarado (1980)
Chorinho Brejeiro (1981)
Essas Malditas Mulheres (1982)
Meu Querido Assassino (1983)
Contos Eróticos (livro) (1984)
A Polaquinha (1985)- Noites de Amor em Granada
Pão e Sangue (1988)
Em Busca de Curitiba Perdida (1992)
Dinorá - Novos Mistérios (1994)
Ah, É? (1994)
234 (1997)
Vozes do Retrato - Quinze Histórias de Mentiras e Verdades (1998)
Quem tem medo de vampiro? (1998)
111 Ais (2000)
Pico na veia (2002)
99 Corruíras Nanicas (2002)
O Grande Deflorador (2002)
Capitu Sou Eu (2003)
Arara Bêbada (2004)
Gente Em Conflito (com Antônio de Alcântara Machado) (2004)
Macho não ganha flor (2006)
O Maníaco do Olho Verde (2008)
Uma Vela Para Dario (talvez 2008)
Violetas e Pavões (2009)
Desgracida (2010)
O Anão e a Ninfeta (2011)
O beijo na nuca (2014)
Renegados pelo autor |
Primeiros livros publicados, que o autor renega. Editores desconhecidos.
Sonata ao Luar (1945)
Sete Anos de Pastor (1948)
No exterior |
Novelas Nada Ejemplares - tradução de Juan Garcia Gayo, Monte Avila - Caracas (1970)
De Koning der Aarde (O Rei da Terra) - tradução de August Willemsen - Amsterdam (1975)
The Vampire of Curitiba and Others Stories - tradução de Gregory Rabassa, Alfred A. Knopf - Nova York (1972)
El Vampiro de Curitiba - tradução de Haydée M. J. Barroso, Ed. Sudamericana - Buenos Aires (1976)- De Vijfvleugelige Vogel (O Pássaro de Cinco Asas) - trad. August Willemsen - Amsterdam (1977)
Antologias |
Contos em antologias alemãs (1967 e 1968), argentinas (1972 e 1978), americanas (1976 e 1977), polonesas (1976 e 1977), sueca (1963), venezuelana (1969), dinamarquesa (1972) e portuguesa (1972).
Filme |
Guerra Conjugal (1974), histórias e diálogos do autor, roteiro e direção de Joaquim Pedro de Andrade.
Referências
↑ Dalton Jérson Trevisan. Recanto das Letras
↑ Dalton Trevisan - Biografia. UOL Educação
↑ Escritores - Dalton Trevisan. Site do Escritor
↑ publico.pt. «Dalton Trevisan distinguido com o Prémio Camões». 21-5-2012. Consultado em 21 de maio de 2011
↑ Trevisan e a batalha na ABL
↑ Dalton Trevisan - Biografia Projeto Releituras
Ligações externas |
Trecho do livro Duzentos ladrões - Editora L&PM
Biografia do autor - Editora L&PM
Precedido por Manuel António Pina | Prêmio Camões 2012 | Sucedido por Mia Couto |