Protestantismo


















































Vitral na Catedral anglicana de Catedral de Rochester, no condado inglês de Kent, Reino Unido.



O protestantismo é a segunda maior forma de cristianismo, com mais de 1 Bilhão de adeptos em todo o mundo com mais de 40% de todos os cristãos.[1][2][3] Originou-se com a Reforma Protestante, um movimento contra o que seus seguidores consideravam erros na Igreja Católica.[4] Desde então, os protestantes rejeitam a doutrina católica romana da supremacia papal e dos sacramentos, mas discordam entre eles sobre a presença real de Cristo na Eucaristia.[5] Eles enfatizam o sacerdócio de todos os crentes, a justificação pela fé (sola fide) em vez das boas obras e a autoridade da Bíblia sozinha (e não com a tradição sagrada) na fé e na moral (sola scriptura).[6] As "Cinco Solas" resumem as diferenças teológicas básicas em oposição à Igreja Católica Romana.[7]


O protestantismo é popularmente considerado como tendo começado na Alemanha em 1517, quando Martinho Lutero publicou suas 95 Teses como uma reação contra abusos na venda de indulgências pela Igreja Católica Romana, que pretendia oferecer remissão de pecado aos seus compradores.[8] No entanto, o termo deriva da carta de protesto dos príncipes luteranos alemães em 1529 contra o édito da Dieta de Speyer, que condena os ensinamentos de Martinho Lutero como heréticos.[9] Embora existissem rupturas anteriores e tentativas de reforma da Igreja Católica Romana - notadamente por Pedro Valdo, John Wycliffe e Jan Hus — somente Lutero conseguiu desencadear um movimento mais amplo, duradouro e moderno.[10] No século XVI, o luteranismo se espalhou da Alemanha para Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia, Letônia, Estônia e Islândia.[11] As denominações reformadas (ou calvinistas) espalharam-se na Alemanha, Hungria, Países Baixos, Escócia, Suíça e França por reformadores como João Calvino, Huldrych Zwingli e John Knox.[12] A separação política da Igreja da Inglaterra do papa sob o governo do rei Henrique VIII fez surgir o anglicanismo na Inglaterra e no País de Gales, parte do movimento mais amplo da Reforma.


Os protestantes desenvolveram sua própria cultura, com importantes contribuições na educação, nas ciências humanas e nas ciências gerais, na ordem política e social, na economia e nas artes, e em muitos outros campos.[13]


O protestantismo é diversificado, sendo mais dividido teologicamente e eclesiásticamente do que a Igreja Católica Romana, a Igreja Ortodoxa Oriental ou a Ortodoxia Oriental.[14] Sem unidade estrutural ou autoridade humana central,[14] os protestantes lideraram o conceito de uma igreja invisível em vez de um corpo de clérigos ou figuras institucionais.[13] Algumas denominações têm um alcance mundial, enquanto outras são confinadas a um único país.[14] A maioria dos protestantes são membros de um punhado de famílias denominacionais protestantes: adventistas, anglicanos, batistas, reformados, luteranos, metodistas e pentecostais.[15] As igrejas não denominacionais, evangélicas, carismáticas, independentes e outras estão em ascensão e constituem uma parte significativa do cristianismo protestante.[16][17] Os defensores da teoria da ramificação consideram o protestantismo uma das três principais divisões da cristandade, juntamente com a Igreja Católica Romana e a Ortodoxia (tanto ortodoxa quanto oriental).[18][1]




Índice






  • 1 Etimologia


  • 2 História


  • 3 Princípios fundamentais


  • 4 Catolicismo e protestantismo


  • 5 Movimentos e ramos


  • 6 Demografia


    • 6.1 América Latina




  • 7 Críticas


  • 8 Ver também


  • 9 Referências


  • 10 Ligações externas




Etimologia


O termo protestante é derivado (via francês ou alemão Protestant[19]) do latim protestari.[20][21] Significa declaração pública/protesto, referindo-se à carta de protesto por príncipes luteranos contra a decisão da Dieta de Speyer de 1529, que reafirmou o Édito de Worms de 1521, banindo as 95 teses de Martinho Lutero do protesto contra algumas crenças e práticas da Igreja Católica do século XVI.


O termo protestante não foi inicialmente aplicado aos reformadores, mas foi usado posteriormente para descrever todos os grupos que protestavam contra a Igreja Católica. Desde aquele tempo, o termo protestante tem sido usado com diversos sentidos, muitas vezes como um termo geral para significar apenas os cristãos que não pertencem à Igreja Católica, Ortodoxa ou Ortodoxa Oriental.



História







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Ver artigo principal: Reforma Protestante

























Cronologia da Reforma Protestante
Ano
Reformador
1184

Pedro Valdo
1377

John Wycliffe
1415

Jan Hus
1517

Martinho Lutero



Execução de Jan Huss.


Os "reformadores" foram pessoas de vasta cultura teológica e humanista: Calvino estudou em Sorbonne e seu pai era bispo; Lutero foi monge e professor universitário da Bíblia; Zuínglio era sacerdote e humanista. De acordo com o programa dos humanistas, eles buscaram nas fontes da antiguidade cristã as bases para uma renovação religiosa. Lendo a Bíblia e retornando aos Pais da Igreja, descobriram uma nova visão da fé e uma doutrina bíblica cristocêntrica.


Na Suíça de língua alemã, Ulrico Zuínglio, Johannes Oekolampad e outros começaram também uma tentativa de Reforma da Igreja Católica, de caráter mais urbano e enriquecida pelo humanismo de Erasmo de Roterdão. A princípio, a Igreja da Inglaterra não se deixou influenciar pelo protestantismo, mas depois de sua quebra com a Igreja de Roma, começou uma aproximação com os ideais Reformados. Atualmente, a maior parte das Igrejas da Comunhão Anglicana declaram-se Reformadas.


O protestantismo apresenta elementos em comum apesar de sua grande diversidade. A Bíblia é considerada a única fonte de autoridade doutrinal e deve ser interpretada de acordo com regras históricas e linguísticas, observando-se seu significado dentro de um contexto histórico. A salvação é entendida como um dom gratuito (presente, graça) de Deus alcançado mediante a fé. As boas obras não salvam, sendo resultados da fé e não causa de salvação. O culto sempre é no idioma vernáculo e em sua grande maioria é simples tendo como base as Escrituras Sagradas. O protestantismo histórico, conserva as crenças cristãs ortodoxas tais como a doutrina trinitária, a cristologia clássica, o credo niceno-constantinopolitano, entre outros. Os protestantes expressam suas posições doutrinais por meio de Confissões de Fé e breves documentos apologéticos. A Confissão de Augsburgo expressa a doutrina Luterana. As confissões reformadas incluem a Confissão Escocesa (1560), a segunda Confissão Helvética (1531), a Confissão de Fé de Westminster (1647), os 39 Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra (1562), etc. As Declarações de Barmen contra o regime Nazista e a Breve Declaração de Fé da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos são exemplos de declarações de fé recentes.





Reforma Protestante em seu auge (1545-1620)




Após a Guerra dos Trinta Anos e a Contrarreforma


O ensino religioso tem como base o estudo de catecismos. No luteranismo faz-se uso dos Catecismo Maior e Menor de Lutero. O Catecismo de Heidelberg e o Catecismo Maior e Menor de Westminster são utilizados pelas Igrejas Reformadas, como a presbiteriana. O protestantismo rejeita parte das doutrinas que caracterizam o catolicismo tais como: o purgatório, a supremacia papal, as orações pelos mortos, a intercessão dos santos, a Assunção de Maria e sua virgindade perpétua, a veneração dos santos, a transubstanciação, o sacrifício da missa, o culto às imagens etc.


O protestantismo, em maior parte, segue a doutrina Agostiniana da eleição. Estabelece que a salvação é pela graça (favor imerecido) de Deus. Para os protestantes a autoridade da Igreja está vinculada à obediência da palavra de Deus e não à sucessão apostólica. Assim sendo, a Igreja cristã existe onde se escuta e obedece a palavra de Deus. O protestantismo se disseminou principalmente nos meios urbanos e por meio da nobreza. A difusão das ideias protestantes foi facilitada pela invenção da imprensa, que tornou possível a divulgação e a tradução da Bíblia nas línguas vernáculas. Desde então, as doutrinas cristãs passaram a necessitar do aval bíblico.


No Concílio de Trento, os bispos católicos partidários de Roma optaram por limitar o aceso laico as escrituras, proibindo a tradução da Bíblia para o vernáculo e impondo a Vulgata em latim como a única Bíblia autorizada e aumentando o índice de livros proibidos aos fiéis (Index Librorum Prohibitorum). A "Reforma" Protestante alcançou êxito em muitas áreas da Europa. Em sua forma Luterana é predominante no norte da Alemanha e em toda a península Escandinava. Na Escócia surgiu a Igreja Presbiteriana. As Igrejas Reformadas também frutificaram nos Países Baixos, na Suíça e no oriente da Hungria. Com o desenvolvimento dos impérios europeus , principalmente o Império Britânico, nos séculos XIX e XX o protestantismo continuou a se expandir, se tornando uma fé de escala mundial. Atualmente mais de 600 milhões de pessoas professam alguma das diferentes manifestações do protestantismo no mundo.[carece de fontes?]


O protestantismo assumiu três formas básicas: a luterana, a Reformada (calvinista e Zwinglianos) e a anglicana. O protestantismo não possui organização centralizadora, porém suas igrejas estão organizadas em igrejas nacionais e em concílios internacionais tais como a Federação Luterana Mundial, a Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas e a Comunhão Anglicana.


O trabalho missionário do século XIX levou a cooperação interdenominacional e consequentemente ao movimento ecumênico do qual surgiu o Conselho Mundial de Igrejas. [carece de fontes?] Fora desse protestantismo, que muitos estudiosos denominam "protestantismo magisterial", surgiu outro ramo que se distinguiu tanto do catolicismo como das igrejas protestantes de caráter histórico-nacional. Este ramo recebe o nome de Reforma Radical. O historiador George Williams distingue as seguintes correntes dentro desta reforma: espiritualistas, racionalistas e anabatistas. Os anabatistas rechaçaram a união da igreja e estado e repudiaram o batismo infantil, constituindo-se em igrejas independentes ou segregadas. A maior aportação à modernidade descansaria em sua persistente promoção da separação entre a igreja e o estado, a liberdade religiosa pessoal e o exercício de um governo plenamente democrático em suas congregações.



Princípios fundamentais



Ver artigo principal: Cinco solas



A Bíblia traduzida em vernáculo por Martinho Lutero. A suprema autoridade da Escritura é um princípio fundamental do protestantismo.



  • Sola scriptura (Somente a Escritura)




Martin Lutero 1529.

É o principio no qual a Bíblia tem primazia em relação à tradição legada pelo magistério da Igreja, quando os princípios doutrinários entre esta e aquela forem conflitantes. Como Martinho Lutero afirmou quando a ele foi pedido para que voltasse atrás em seus ensinamentos: "portanto, a menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pelo mais claro raciocínio; a menos que eu seja persuadido por meio das passagens que citei; a menos que assim submetam minha consciência pela Palavra de Deus, não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; Deus queira ajudar-me. Amém." O protestantismo também defende a interpretação privada ou juízo privado dos textos bíblicos,[22] conceito exposto por Lutero em outubro de 1520, quando enviou seu escrito "A Liberdade de um Cristão" ao Papa, acrescentando a frase significativa "eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus". Disse Lutero também em outra ocasião que é "sempre melhor ver com nossos próprios olhos do que com os olhos de outras pessoas".[23] O historiador William Sweet sugeriu que isso posteriormente originou o direito fundamental de liberdade religiosa, bem como a própria ideia de democracia.[24]


  • Sola gratia (Somente a Graça ou Salvação Somente pela Graça)

Afirma que a salvação é pela graça de Deus apenas, e que nós somos resgatados de Sua ira apenas por Sua graça. A graça de Deus em Cristo não é meramente necessária, mas é a única causa eficiente da salvação. Esta graça é a obra sobrenatural do Espírito Santo que nos traz a Cristo por nos soltar da servidão do pecado e nos levantar da morte espiritual para a vida espiritual.


  • Sola fide (Somente a Fé ou Salvação Somente pela Fé)

Afirma que a justificação é pela graça somente, através da fé somente, por causa somente de Cristo. É pela fé em Cristo que Sua justiça é imputada a nós como a única satisfação possível da perfeita justiça de Deus.


  • Solus Christus (Somente Cristo)

Afirma que a salvação é encontrada somente em Cristo e que unicamente Sua vida sem pecado e expiação substitutiva são suficientes para nossa justificação e reconciliação com Deus o Pai. O evangelho não foi pregado se a obra substitutiva de Cristo não é declarada, e a fé em Cristo e Sua obra não é proposta.


  • Soli Deo gloria (Glória somente a Deus)

Afirma que a salvação é de Deus, e foi alcançada por Deus apenas para Sua glória.

Catolicismo e protestantismo





Iconoclastia protestante: o beeldenstorm durante a Reforma holandesa


As diferenças entre a doutrina católica e a doutrina da maioria dos grupos protestantes é grande. Genericamente, as suas divergências mais significativas dizem respeito ao papel da oração e das indulgências;[25] à comunhão dos santos; à doutrina do pecado original e da graça; à predestinação; à necessidade e natureza da penitência; e ao modo de obter a salvação, com os protestantes a defenderem que a salvação só se atinge apenas através da fé (sola fide), em detrimento da crença católica de que a fé deve ser expressa também através das boas obras (essa grande divergência levou a um conflito sobre a doutrina da justificação).[25][26]


Há também diferenças importantes na doutrina da Eucaristia e dos outros sacramentos (os protestantes só professam o Batismo e a Eucaristia, além do rito sacramental da confirmação, também conhecido como catecumenato[26]); na existência do Purgatório; no culto de veneração à Virgem Maria e aos santos; na forma de interpretação (com os protestantes a defenderem a interpretação pessoal[27] ou livre-exame das Sagradas Escrituras) e na composição do Cânone das Escrituras; no papel da Tradição oral; na própria natureza, autoridade, administração, hierarquia e função da Igreja (incluindo o papel da Igreja na salvação); no sacerdócio; e também na autoridade e missão do Papa.[25][26]


Contudo, visto que entre as denominações protestantes há diferenças consideráveis,[27] de alguns setores do anglicanismo, aproximam-se do catolicismo, autointitulando-se como anglo-católicos. Recentemente, o diálogo ecuménico moderno levou finalmente a alguns consensos sobre a doutrina da justificação entre os católicos e os luteranos, através da Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação (1999).[28] Além disso, esse diálogo trouxe também vários consensos sobre outras questões doutrinárias importantes, nomeadamente entre os católicos e os anglicanos.[29]


Movimentos e ramos



Ver artigo principal: Lista de denominações protestantes



Ramificações do protestantismo (legendas em inglês).


Demografia



Ver artigo principal: Protestantes por país



Protestantismo no mundo (incluindo anglicanismo)[30]

  Religião dominante (Mais de 50%)
(O protestantismo é a maior religião da Austrália)

  Uma grande minoria religiosa (mais de 10%)





Países por porcentagem de protestantes na população


Existem mais de 1 Bilhão de protestantes em todo o mundo,[1][2][3][14][31][32][33][34] entre aproximadamente 2,4 bilhões de cristãos.[2][35][36][37] Em 2010, um total de mais de 800 milhões de protestantes incluíam 300 milhões na África Subsaariana, 260 milhões na América, 140 milhões na região Ásia-Pacífico, 100 milhões na Europa e 2 milhões no Oriente Médio-Norte da África.[1] Os protestantes representam quase 40% dos cristãos em todo o mundo e mais de um décimo da população humana total.[1] Várias estimativas colocam a porcentagem de protestantes em relação ao número total de cristãos do mundo em 33%,[31] 36%,[38] 36,7%,[1] e 40% enquanto em relação à população mundial em 11,6%[1] e 13%.[34]


Nos países europeus que foram profundamente influenciados pela Reforma, o protestantismo ainda continua sendo a religião mais praticada.[31] Estes incluem os países nórdicos e o Reino Unido.[31][39] Em outras fortalezas protestantes históricas, como Alemanha, Países Baixos, Suíça, Letônia, Estônia e Hungria, continua sendo uma das religiões mais populares.[40] Embora a República Checa tenha sido o local de um dos movimentos pré-reforma mais significativos,[41] há apenas alguns adeptos protestantes no país,[42][43] principalmente devido a razões históricas, como a perseguição de protestantes pelos católicos habsburgos,[44] restrições durante o governo comunista e pelo processo de secularização.[41] Nas últimas décadas, a prática religiosa vem diminuindo à medida que a secularização aumentou.[31][45] De acordo com um estudo de 2012 sobre religiosidade na União Europeia em 2012 feito pelo Eurobarómetro, os protestantes constituíram 12% da população da UE.[46] De acordo com o Pew Research Center, os protestantes constituíram quase um quinto (ou 17,8%) da população cristã do continente em 2010.[1] Clarke e Beyer estimam que os protestantes constituíram 15% de todos os europeus em 2009, enquanto Noll afirma que menos de 12% deles viveram na Europa em 2010.[31][33]


As mudanças no protestantismo mundial ao longo do último século foram significativas.[14][33][47] Desde 1900, o protestantismo se espalhou rapidamente na África, Ásia, Oceania e América Latina.[48][34][47] Isso fez com que o protestantismo fosse classificado como uma religião majoritariamente não-ocidental.[33][47] Grande parte do crescimento ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, quando ocorreu a descolonização da África e a abolição de várias restrições antiprotestantes nos países latino-americanos.[34] De acordo com uma fonte, os protestantes constituíram respectivamente 2,5%, 2%, 0,5% de latino-americanos, africanos e asiáticos.[34] Em 2000, a porcentagem de protestantes nos continentes mencionados foi de 17%, mais de 27% e 5,5%, respectivamente.[34] De acordo com Mark A. Noll, 79% dos anglicanos moravam no Reino Unido em 1910, enquanto a maioria dos restantes era encontrado nos Estados Unidos e em toda a Commonwealth britânica.[33] Em 2010, 59% dos anglicanos eram encontrados na África.[33] Em 2010, mais protestantes viviam na Índia do que no Reino Unido ou na Alemanha, enquanto os protestantes no Brasil representavam a mesma quantidade de adeptos dessa denominação cristã presentes no Reino Unido e na Alemanha.[33] Mais deles viviam na Nigéria e na China do que em toda a Europa.[33] A China é o lar da maior minoria protestante do mundo.[33]


O protestantismo está crescendo na África[48][49][50] Ásia,[48][50][51] América Latina[50][52] e Oceania[48][47] enquanto declina na América anglo-saxônica[47][53] e na Europa,[31][54] com algumas exceções como a França,[55] onde foi erradicado após a abolição do Édito de Nantes pelo Édito de Fontainebleau e a seguinte perseguição aos huguenotes, mas agora é uma minoria religiosa estável em número ou mesmo ligeiramente crescente.[55] Segundo alguns, a Rússia é outro país a passar por um avivamento protestante.[56][57][58]


Em 2010, as maiores famílias denominacionais protestantes eram denominações pentecostais históricas (10,8%), igrejas anglicanas (10,6%), luteranas (9,7%), batistas (9%), igrejas unidas (sindicatos de diferentes denominações) (7,2%), presbiterianas ou reformadas (7%), metodistas (3,4%), adventistas (2,7%), congregacionalistas (0,5%), Irmãos de Plymouth (0,5%), Exército de Salvação (0,3%) e Igreja dos Irmãos Morávios (0,1%). Outras denominações representaram 38,2% dos protestantes.[1]



América Latina


Ver também: Protestantismo no Brasil

Os principais grupos protestantes começaram a se estabelecer na América do Sul no século XIX. Os luteranos estabeleceram a primeira congregação no Brasil em 1824. Os presbiterianos se instalaram “na Argentina em 1836, no Brasil em 1859, no México em 1872, e na Guatemala em 1882. Os metodistas seguem um itinerário parecido: México 1871, Brasil 1886, Antilhas 1890, Costa Rica, Panamá e Bolívia nos últimos anos do século”; porém no Equador, Colômbia e Peru se estabeleceram os batistas e os pentecostais, assim como uma parte dos metodistas.


No Brasil, entretanto, o termo "protestante" é geralmente usado para se referir às Igrejas oriundas direta e contemporaneamente da Reforma Protestante, como a Luterana, a Presbiteriana, a Anglicana, a Metodista, e a Congregacional; o termo "evangélico" é usado para se referir tanto a essas, com exceção da anglicana, quanto àquelas indireta e/ou posteriormente oriundas da reforma, como as pentecostais e as neopentecostais.


Adeptos da Igreja Batista também são chamados de protestantes, embora, no Brasil, por preferência de nomenclatura, não costumem se denominar assim, preferindo a nomenclatura evangélicos. Todo protestante é evangélico, mas nem todos os evangélicos são protestantes.[59]





































































Lugar
País
População Protestante
% de Protestantes
1
 Brasil
42.275.440 28,0%
2
 Venezuela
7.888.000 29,0%
3
 México
5.350.000 5,0%
4
 Guatemala
5.080.000 40,0%
5
 Argentina
3.330.000 9,0%
6
 Peru
2.992.000 11,0%
7
 Chile
2.650.000 15,4%
8
Honduras
1.750.000 25,0%
9
Nicarágua
1.650.000 30,0%
10
 Bolívia
1.440.000 16,0%


Críticas



Ver artigo principal: Controvérsias no protestantismo

Existem controvérsias e críticas nas posições e atitudes do protestantismo e das igrejas que adotam esta doutrina (Protestantes e Evangélicas), em suas ações, ensinamentos, estrutura ou natureza, bem como em suas divergências e interpretações teológicas.[60]



Ver também




  • Protestantismo no Brasil

  • Protestantismo em Portugal

  • Evangelicalismo

  • Igreja Protestante

  • Justificação (teologia)

  • Museu Internacional da Reforma Protestante de Genebra

  • Nova Perspectiva sobre Paulo

  • Protestantes por país

  • Salvação

  • Protestantismo Clássico

  • Pentecostalismo

  • Adventismo




Referências




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  7. Philip Voerding: The Trouble with Christianity: A Concise Outline of Christian History


  8. Protestants: A History from Wittenberg to Pennsylvania 1517–1740, p. 15


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