Beatriz de Saxe-Coburgo-Gota









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Beatriz de Edimburgo

Infanta de Espanha
Duquesa da Galliera
Princesa de Edimburgo



Marido

Afonso, Duque de Galliera
Descendência

Álvaro
Afonso
Ataulfo

Casa

Saxe-Coburgo-Gota
Nome completo


Beatriz Leopoldina Vitória
Nascimento

20 de abril de 1884
 

Eastwell Park, Kent, Reino Unido
Morte

13 de julho de 1966 (82 anos)
 
El Botánico, Sanlúcar de Barrameda, Espanha
Pai

Alfredo de Saxe-Coburgo-Gota
Mãe

Maria Alexandrovna da Rússia
Brasão



Beatriz Leopoldina Vitória de Saxe-Coburgo-Gota (em inglês: Beatrice Leopoldine Victoria; 20 de abril de 1884 – 13 de julho de 1966) foi um membro da família real britânica, uma neta da rainha Vitória. Mais tarde casou-se dentro da família real espanhola com o infante Afonso, Duque de Galliera. Era chamada de Bea na família.




Índice






  • 1 Primeiros anos


  • 2 Prospectivas de casamento


  • 3 Escândalo e exílio


  • 4 Guerra civil


  • 5 Últimos anos


  • 6 Bibliografia





Primeiros anos |


A princesa Beatriz nasceu a 20 de abril de 1884 em Eaestwell Park, Kent. O seu pai era o príncipe Alfredo, Duque de Saxe-Coburgo-Gota, o segundo filho mais velho da rainha Vitória do Reino Unido e do príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota. A sua mãe era a grã-duquesa Maria Alexandrovna da Rússia, a única filha sobrevivente de czar Alexandre II da Rússia e da princesa Maria de Hesse-Darmstadt.


Como neta de um monarca britânico pelo lado paterno, Beatriz tinha o título de Princesa do Reino Unido e da Irlanda com o estilo de "Alteza Real".


Beatriz passou muitos dos seus primeiros anos em Malta, onde o seu pai se encontrava a servir na Marinha Real Britânica. Com a morte do seu tio-avô, Ernesto II de Saxe-Coburgo-Gota, a 22 de agosto de 1893, o ducado ficou para o Duque de Edimburgo, uma vez que o seu irmão mais velho, o futuro rei Eduardo VII, tinha renunciado os seus direitos de sucessão.


O duque, a duquesa e os cinco filhos mudaram-se então para Coburgo, fazendo da cidade a sua nova residência.



Prospectivas de casamento |


Em 1902, a princesa Beatriz teve um romance com o grão-duque Miguel Alexandrovich da Rússia, o irmão mais novo do czar Nicolau II e, na altura, czarevich do Império Russo. Ela começou a receber cartas dele a setembro de 1902 e, apesar de ele ser russo e ela agora uma princesa alemã, correspondiam em inglês e ele chama-a de “Sima”. Contudo, ela foi impedida de se casar com ele uma vez que a Igreja Ortodoxa Russa proibia o casamento de primos directos. Apesar de tais casamentos terem sido permitidos no passado na Casa Romanov (a grã-duquesa Catarina Pavlovna, que tinha recusado um pedido de Napoleão Bonaparte, teve permissão para se casar duas vezes com primos directos e os seus descendentes mais tarde formaram a Casa de Oldenburgo), o devoto Nicolau II, líder oficial da igreja russa, recusou-se a mudar as regras pelo seu irmão.


Em novembro de 1903, Miguel escreveu a Beatriz para lhe dizer que não se podia casar com ela. A situação agravou-se quando Beatriz recebeu uma carta da sua irmã mais velha Vitória Melita na qual ela culpava Miguel por ter iniciado maliciosamente o romance sabendo bem que dois anos antes, quando Vitória se quis casar com o seu primo Cyrill Vladimirovich da Rússia depois do divórcio com Ernesto Luís, Grão-Duque de Hesse, a união tinha também sido recusada por Nicolau que mais tarde os exilou quando eles se casaram de qualquer forma. Beatriz, humilhada, foi enviada para o Egipto onde recuperou do seu desgosto, mas escreveu cartas reprovadoras a Miguel até 1905.


Depois, correu o rumor de que Beatriz se casaria com o rei Afonso XIII de Espanha, mas provou ser falso quando ele escolheu a prima dela, Vitória Eugénia de Battenberg no seu lugar em 1906. Foi no casamento deles que Beatriz conheceu um primo do rei, o infante Afonso, Duque de Galliera (12 de novembro de 1886 – 10 de agosto de 1975). O governo espanhol opôs-se a um infante pedir uma princesa protestante que, ao contrário da rainha, se recusava a converter ao catolicismo. O rei deixou claro que, se eles se quisessem realmente casar nestes termos teriam de viver em exílio.


Beatriz e Afonso casaram-se numa cerimónia católica e outra luterana em Coburgo a 15 de julho de 1909. Viveram em Coburgo até 1912, quando Afonso XIII lhes deu permissão para voltarem a Espanha e o título de Infante foi-lhe restaurado.



Escândalo e exílio |




Beatriz com o marido


Durante o casamento infeliz de Afonso XIII, ele manteve casos com várias mulheres onde apadrinhou vários filhos ilegítimos. Existem rumores de que o rei tentou seduzir Beatriz, mas ela recusou-o. Outros afirmam que foi o contrário. Beatriz ainda não teria esquecido o facto de ter sido trocada pela prima anos antes e por isso seduziu Afonso. De qualquer das formas, o rei expulsou-a do país juntamente com o marido com o pretexto de que precisa que Afonso fosse em missão para a Suíça.


O casal teve três filhos:



  • Alvaro António Fernando Carlos Filipe, 20 de abril de 1910 – 22 de agosto de 1997

  • Afonso Maria Cristino Justo, 28 de maio de 1912 – 18 de novembro de 1936

  • Ataulfo Alexandre Isabelo Carlos, 20 de outubro de 1913 – 4 de outubro de 1974



Guerra civil |


A família mudou-se depois para Inglaterra, onde os três filhos foram educados em Winchester College. A família real espanhola eventualmente voltou atrás e Beatriz recebeu autorização para regressar a Espanha onde se estabeleceu em Sanlúcar de Barrameda.




Brasão de armas britânico de Beatriz


Os anos 30 foram uma altura infeliz para a família, com o colapso da monarquia espanhola e a subsequente guerra civil que levou à perda de grande parte da riqueza da família. Após o estabelecimento da Segunda Republica Espanhola em 1931, o rei Afonso e a sua família fugiram para o exílio na Itália. Nos anos que se seguiram, a situação política em Espanha piorou quando vários grupos lutavam pelo poder. No final da década, os conflitos tinham levado a uma guerra civil. Beatriz e Afonso perderam a sua casa durante a guerra e o seu filho do meio, Afonso, foi morto durante uma batalha contra os comunistas.



Últimos anos |


Beatriz morreu em Salúncar de Barrameda a 13 de julho de 1966. O seu marido viveu mais nove anos. Seu filho Ataulfo morreu sem se casar em 1974 e, por isso, os únicos descendentes de Beatriz hoje são os filhos do príncipe Álvaro.






Precedida por:
Eulália de Espanha

Coat of Arms of Beatrice of Edinburgh as Duchess of Galliera.svg
Duquesa da Galliera

24 de dezembro de 1930 - 14 de julho de 1937
Sucedida por:
Carla Parodi-Delfino


Bibliografia |


  • Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Princess Beatrice of Saxe-Coburg and Gotha», especificamente desta versão.



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