Asteroide
Nota: Para outros significados, veja Asteroide (desambiguação).
Os asteroides AO 1990[1] são corpos rochosos e metálicos que possuem órbita definida ao redor do Sol.[2] Fazem parte dos corpos menores do sistema solar, possuindo, geralmente, apenas algumas centenas de quilômetros. Alguns asteroides possuem satélites naturais.[3]
Historicamente, chegaram a ser igualmente denominados planetoides, planetas menores ou pequenos planetas - mas na resolução B5 de 24 de Agosto de 2006 tomada em Praga, a União Astronômica Internacional (UAI) recomenda que todos estes sinônimos deixem de ser usados, devido à sua ambiguidade.[4] O termo "asteroide" deriva do grego "astér", estrela, e "oide", sufixo que denota semelhança. São semelhantes aos meteoroides, porém com dimensões bem maiores, possuindo formas e tamanhos indefinidos.[2] O menor asteróide que os astrônomos já mediram com sucesso, usando quatro telescópios diferentes, é de 2 metros de largura. Ele passou perto de nosso planeta em outubro de 2015.[5]
O Minor Planet Center possui dados de mais de 1,1 milhão de planetas menores no Sistema Solar interno e externo, dos quais mais de 680 mil têm designações numeradas.[6] A grande maioria desses objetos está no cinturão de asteroides.
São desconhecidos quase todos os de menor tamanho, os quais acredita-se que existam cerca de um milhão.[2] Estima-se que mais de quatrocentos mil possuam diâmetro superior a um quilômetro.
Ceres é o maior asteroide conhecido, possuindo diâmetro de aproximadamente novecentos quilômetros,[7] e, desde 24 de Agosto de 2006, passou a ser considerado também um planeta anão. Possui brilho variável, o que é explicado pela sua forma irregular, que reflete como um espelho a luz do Sol em diversas direções.[8]
Os asteroides estão concentrados em uma órbita cuja distância média do Sol é de cerca de 2,1 a 3,2 unidades astronômicas, entre as órbitas de Marte e Júpiter.[7] Esta região é conhecida como Cinturão de Asteroides, que é uma fonte de pequenos corpos.[9] No entanto, dentro deste cinturão há diversas faixas que estão praticamente vazias (são as chamadas Lacunas de Kirkwood), que correspondem a zonas de ressonância onde a atração gravitacional de Júpiter impede a permanência de qualquer corpo celeste.[10]
Alguns asteroides, no entanto, descrevem órbitas muito excêntricas, aproximando-se periodicamente dos planetas Terra, Vênus e, provavelmente, Mercúrio. Os que podem chegar perto da Terra são chamados EGA ("earth-grazers" ou "earth-grazing asteroids"). Um deles é o famoso Eros.[11]
Os troianos constituem outros espécimes particulares de asteroides que orbitam fora do cinturão.[10]
Há muitas técnicas utilizadas para se estudar as características físicas dos asteroides: fotometria, espectrofotometria, polarimetria e radiometria no infravermelho. A superfície da maior parte deles é comparável à dos meteoritos carbônicos ou à dos meteoritos pétreos.[12][13]
De acordo com as teorias mais modernas, os asteroides seriam resultado de condensações da nebulosa solar original, mas que não conseguiram aglomerar toda a matéria em volta na forma de um planeta devido às perturbações gravitacionais provocadas pelo gigantesco planeta Júpiter.[7] Outra teoria afirma que aí existia um planeta, mas que foi destroçado pela sua proximidade com Júpiter.[7]
Ver também |
- Lista de asteroides
- Lista de asteroides notáveis
- Lista de corpos menores e cometas visitados por sondas espaciais
Referências
↑ «Introdução aos asteroides». Views of the solar system. Consultado em 4 jan 2013.
↑ abc «Asteróides». Mundo Vestibular. Consultado em 4 jan 2012.
↑ Tiny Moons Around Asteroids parte das "Benjamin Dean Astronomy Lectures" (2016)
↑ «Questions and Answers on Planets» (em inglês). U.A.I. Consultado em 11 de Agosto de 2013.
↑ 6-Foot-Wide 'Bald' Asteroid Is Smallest Ever Studied por Mike Wall, em "Space.com" (2016)
↑ «Provisional Designations». Minor Planet Center. 11 de setembro de 2014. Consultado em 2 de outubro de 2012.
↑ abcd «Como funcionam os asteróides». ciencia.hsw.uol.com.br. Consultado em 4 de janeiro de 2013.
↑ «Ceres, o maior asteroide do Sistema Solar, emite jatos de vapor d'água». Epoca. 23 de janeiro de 2014. Consultado em 8 de abril de 2016.
↑ LAZZARO, Daniela (2009). «O Sistema Solar e corpos extraordinários». Ciência Hoje. 43 (258): 40-45
↑ ab «Asteroides». Galeria dos Meteoritos. 23 de janeiro de 2014. Consultado em 8 de abril de 2016.
↑ Regina Helena Porto Francisco e Márcio Arruda Fatibello (23 de janeiro de 2014). «433 Eros: asteróide por perto!». Revista Eletrônica de Ciências. Consultado em 8 de abril de 2016.
↑ «Novo método identifica famílias de asteroides com maior precisão». Fapesp. 7 de agosto de 2013. Consultado em 8 de abril de 2016.
↑ «Novo método identifica famílias de asteroides com maior precisão» (PDF). Observatório Nacional. 7 de agosto de 2013. Consultado em 8 de abril de 2016.
Ligações externas |
«O que São Asteróides?». www.cienciamao.if.usp.br. Consultado em 18 de novembro de 2011.