Organização Odebrecht





























































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Organização Odebrecht

Organização Odebrecht



Tipo


Empresa de capital fechado
Atividade

Construção e Engenharia, Energia, Química e Petroquímica
Gênero

Privada
Fundação

1944 (75 anos)
Fundador(es)

Norberto Odebrecht
Sede

Salvador, Bahia,  Brasil

São Paulo, São Paulo,
 Brasil (holding)[1]


Área(s) servida(s)

Américas, Europa, África, Oriente Médio (26 países)[2]
Locais

Brasília
Rio de Janeiro
 Salvador
São Paulo
Pessoas-chave
Luciano Nitrini Guidolin (Diretor-Presidente)
Emílio Odebrecht (Presidente do Conselho de Administração)[3]
Empregados
90.000 mundial (2016)[2][4]
Produtos
Serviços de construção pesada, saneamento, petroquímicos, químicos, biotecnologia, bioenergia, mobilidade urbana, infraestrutura, defesa, empreendimentos imobiliários e outros

Subsidiárias

Construtora Norberto Odebrecht S.A.
Consórcio Maracanã
Fonte Nova Negócios e Participações S.A.
Arena Pernambuco Negócios e Investimentos S.A.
Odebrecht Óleo e Gás
Foz do Brasil
Odebrecht Realizações Imobiliárias S.A.
Odebrecht Infraestrutura
Odebrecht Agroindustrial
Braskem S.A.
Odebrecht Administradora E Corretora De Seguros Ltda.
Odeprev Odebrecht Previdência
Fundação Odebrecht
Mectron
Odebrecht Energia.

Lucro

Aumento R$ 497,6 milhões (2014)[5][6]
Faturamento

Lucro R$ 132,5 bilhões (2015)[2]

Website oficial

www.odebrecht.com.br

A Organização Odebrecht (ou Grupo Odebrecht, ou apenas Odebrecht) é um conglomerado empresarial brasileiro de capital fechado que atua em diversas partes do mundo nas áreas de construção e engenharia, química e petroquímica, energia, entre outros. A empresa foi fundada pelo engenheiro pernambucano Norberto Odebrecht no ano de 1944, em Salvador, na Bahia, e atualmente está presente em 21 países distribuídos por todo o Continente Americano, na África, na Europa e no Oriente Médio.


Em dezembro de 2016, o grupo Odebrecht (o que inclui a Braskem) admitiu o pagamento de propina em 12 países[7] para centenas de políticos, e firmou com os Estados Unidos, Suíça e Brasil o maior acordo de leniência do mundo.[8][9][10]




Índice






  • 1 História


    • 1.1 Cronologia




  • 2 Estrutura do grupo


    • 2.1 Divisões


    • 2.2 Operações


    • 2.3 Principais obras


      • 2.3.1 No Brasil


      • 2.3.2 Nos Estados Unidos


      • 2.3.3 Em Portugal


      • 2.3.4 Em Angola




    • 2.4 Fundação Odebrecht


    • 2.5 Odebrecht Angola


    • 2.6 Odebrecht USA




  • 3 Problemas legais


    • 3.1 Operação Lava Jato


      • 3.1.1 Compra de banco estrangeiro para pagar propina




    • 3.2 Expropriação por parte do Equador




  • 4 Referências


  • 5 Ligações externas





História |


O primeiro Odebrecht a chegar ao Brasil foi Emil Odebrecht. Ele veio em 1856, no auge da imigração germânica, para o Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Engenheiro formado pela Universidade de Greifswald, na Prússia, participou ativamente da demarcação de terras, de levantamentos topográficos e da construção de estradas no sul do Brasil.[11] Casado com Bertha Bichels, teve quinze filhos. Emílio Odebrecht, um de seus netos e pai de Norberto Odebrecht, foi um dos pioneiros no uso do concreto armado no Brasil.[11]


Em 1918, Emílio Odebrecht, após cursar a Escola Politécnica do Rio de Janeiro, transferiu-se para o Recife, cidade que se modernizava e se expandia com o desenvolvimento da economia canavieira. No ano seguinte, fundou no Recife sua primeira empresa, a construtora Isaac Gondim e Odebrecht Ltda.[12] Em 1923, criou a Emílio Odebrecht & Cia., responsável pela construção de várias edificações no período entre guerras, nos estados de Pernambuco, Alagoas, Ceará e Bahia. Em 1926, transferiu-se para Salvador em busca de novas oportunidades.


Com o início da Segunda Guerra Mundial, os materiais de construção, vindos da Europa, tornaram-se caros e escassos, deflagrando uma crise no sector. Desgostoso, Emílio Odebrecht fechou a antiga empresa e retirou-se dos negócios.


Coube ao seu filho Norberto Odebrecht, nascido no Recife e formado pela Escola Politécnica da Bahia, substituí-lo e fundar a Construtora Norberto Odebrecht, na primeira metade dos anos 40. Em 2005, a empresa montou uma exposição na sede da empresa em Salvador com imagens e histórias da sua trajetória de sucesso nacional e internacional. É a maior empresa de construção civil do Brasil e indicada a uma das melhores para se trabalhar.[13]



Cronologia |




  • 1944–1945: Norberto Odebrecht estabelece uma empresa de propriedade privada, o marco de fundação do Grupo Odebrecht. A empresa se torna a Norberto Odebrecht Construtora Ltda.


  • 1957–1965: Norberto Odebrecht paga todas as dívidas pertencentes a Emílio Odebrecht & Cia (empresa de seu pai). A empresa muda seu nome para a Construtora Norberto Odebrecht SA.


  • 1970–1973: É criada a Fundação Odebrecht, focado no fornecimento de prestações de segurança social aos trabalhadores da Odebrecht. Além disso, a Odebrecht compromete-se em grandes projetos de construção na região sudeste do Brasil.


  • 1979–1980: Odebrecht começa a se expandir internacionalmente e a diversificar seus negócios. CBPO se funde com o Grupo Odebrecht.


  • 1981: Odebrecht S.A. é criada.


  • 1990: Odebrecht entra no mercado dos EUA e torna-se a primeira empresa brasileira a ganhar um contrato do governo federal dos EUA.


  • 1999: Odebrecht concentra-se no desenvolvimento sustentável das micro regiões, no nordeste do Brasil e marca 40 anos de contribuições para a cultura e a arte brasileira.


  • 2000: Odebrecht é classificada como melhor empresa de engenharia e construção da América Latina e um dos 30 maiores exportadores de serviço do mundo pela Engineering News-Record.


  • 2002: Odebrecht estabelece a Braskem como a maior produtora petroquímica da América Latina. O grupo alcança o marco de 1.000 membros com mais de 25 anos de serviço.


  • 2004–2007: O Grupo Odebrecht celebra o seu 60º aniversário. ETH Bioenergia é criada para produzir etanol, açúcar e bioenergia.


  • 2013: Odebrecht junto com a EBX, empresa de Eike Batista faz parte do consórcio que irá administrar o Maracanã, pelos próximos 30 anos.



Estrutura do grupo |


A Construtora Norberto Odebrecht foi fundada por Norberto Odebrecht, em 1944, na cidade de Salvador, Bahia. Desde 2007, a Braskem S.A. investe no setor de Bioenergia, concentrada na produção de etanol e açúcar e na co-geração de energia a partir da produção de açúcar e álcool. A Tecnologia Empresarial Odebrecht, conhecida como TEO, é a base de todas as acções da organização, em quaisquer dos seus negócios.[14] A Construtora Norberto Odebrecht é juntamente com a Vale, uma das duas multinacionais brasileiras com maior presença na África e no Oriente Médio, sendo que boa parte dos brasileiros que residem nestas regiões do planeta, são funcionários da companhia. Em Angola, a subsidiária Odebrecht Angola é a maior empregadora particular do país.


Ela é formada pela holding Odebrecht S.A., fundado em 1981, que administra a Construtora Norberto Odebrecht S.A., Foz do Brasil (Saneamento básico e tratamento de resíduos industriais), Braskem S.A. Petroquímica que é a maior empresa petroquímica da América Latina, a quinta maior do mundo, com exportações para 60 países em todos os continentes do mundo. Por receita a Braskem é a quarta maior das Américas e o décimo sétimo no mundo, Odebrecht Realizações Imobiliárias (controladora da Bairro Novo Empreendimentos Imobiliários Lda.), a Odebrecht Investimentos em Infra-estrutura Lda. e a Agroindustrial (que atua na produção de açucar, etanol e energia elétrica, com participação acionária da japonesa Sojitz Corporation). A Odebrecht presta serviços de engenharia e construção na maioria dos países da América do Sul, na América Central, nos Estados Unidos, em Angola e outros países da África, em Portugal e no Oriente Médio.



Divisões |


A Odebrecht S.A. divide-se essencialmente nas seguintes subsidiárias:



  • Odebrecht TransPort - Atua no setor ferroviário, rodoviário, de transporte urbano, de infraestrutura de logística (portuária e dutos) e aeroportuário. Proprietária da SuperVia e Embraport (Empresa Brasileira de Terminais Portuários).

  • Odebrecht Engenharia e Construção – constrói projetos de infraestrutura (energia, logística, transporte urbano, saneamento entre outros) e monta instalações industriais no Brasil e no exterior, atendendo a clientes públicos e privados de uma gama de diferentes setores em todo o mundo. Reúne membros de 65 nacionalidades diferentes, mantendo uma qualidade padrão e respeitando as características únicas de cada região.

  • Ocyan – explora e produz óleo e campos de gás, Opera plataformas e oferece serviços integrados para outras empresas do setor.

  • Odebrecht Realizações Imobiliárias S.A. (empreendimentos imobiliários) – desenvolve empreendimentos residenciais, empresariais, de comerciais e de Turismo.


  • Atvos Agroindustrial – produz álcool combustível (etanol), açúcar e energia elétrica com uso da cana de açúcar.


  • Braskem S.A. – produz matéria-prima de forma integrada, como etano, propano e cloro, e produtos petroquímicos segunda geração, como resinas termoplásticas.

  • Odebrecht Properties (Participações e Investimentos) – Proprietária majoritária com 90% do "Consórcio Maracanã". Responsável pela gestão, operação e manutenção do Complexo do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, pelo período de 35 anos. Ainda onduz operações em setores de infraestrutura diversificada, investe em transporte, logística, energia, outras arenas esportivas e irrigação.

  • Odebrecht Administradora e Corretora de Seguros Ltda. - protege os ativos dos acionistas por identificação, mitigação e gerenciamento de riscos.

  • Odeprev – concebe e Opera planos de previdência complementar para os membros da Organização Odebrecht, preparando-os para a aposentadoria.

  • Fundação Odebrecht (Fundação) – promove a educação dos jovens para a vida, através do trabalho e para valores, bem como o desenvolvimento sustentável de cadeias produtivas.

  • Odebrecht Defesa e Tecnologia - criada em 2011, a Odebrecht Defesa e Tecnologia provê soluções inovadoras que contribuem para a autonomia tecnológica brasileira e das Forças Armadas por meio de projetos, tecnologias e produtos de alta complexidade de uso militar e civil



Operações |


As principais áreas de negócio são engenharia & construção, indústria, imobiliário e no desenvolvimento e operação de projetos de infraestrutura e energia.


O Grupo desenvolve e gerencia projetos de infraestrutura, em colaboração com parceiros públicos e privados. Desde 2007 tem havido um maior investimento no setor de bioenergia, com base em açúcar, etanol e energia elétrica originada da biomassa.[15] Além disso, a Odebrecht está envolvida nos negócios de petróleo e gás, coleta de lixo, bem como transporte e construção em Portugal[16] e do sector imobiliário, agronegócio e de mineração em Angola.[17]No total, o grupo possuí negócios em 21 países, alcançando quatro continentes.[18]


No ano fiscal de 2009, o Grupo teve mais de metade de suas vendas no mercado interno. No entanto, a empresa é principal exportador de serviços, especialmente em outros países emergentes e em desenvolvimento. A Odebrecht fora do Brasil alcançou vendas principalmente no resto da América Latina e no Caribe (2009: 21,3%) e África (11,3%), especialmente nas ex-colônias portuguesas de Angola e Moçambique. Na América do Norte e na Europa em 2009 representavam apenas 5,1% e 4,0% respectivamente das receitas.[19]



Principais obras |



No Brasil |





  • Arena Corinthians, São Paulo-SP;


  • Arena Pernambuco, São Lourenço da Mata-PE;


  • Aeroporto Tom Jobim, Rio de Janeiro-RJ;


  • Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro-RJ;


  • Metrô do Recife, Recife-PE.


  • Avenida Luis Viana Filho, Salvador-BA;

  • Avenida Contorno, Salvador-BA;


  • Bairro da Pituba, Salvador-BA;


  • Bairro do Caminho das Árvores, Salvador-BA;

  • Bairro de Villas do Atlântico, Lauro de Freitas-BA;


  • Estádio Cornélio de Barros, Salgueiro-PE;


  • Estádio Octávio Mangabeira, Salvador-BA


  • Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro-RJ;


  • Edifício da Petrobrás, Rio de Janeiro-RJ;


  • Ferrovia Transnordestina;


  • Rodoanel Mário Covas, São Paulo-SP;


  • Refinaria Abreu e Lima, Ipojuca-PE.


  • UHE Santo Antônio, Porto Velho-RO.


  • UHE Teles Pires, Divisa de Mato Grosso com Pará.


  • UHE Belo Monte, Altamira-PA.

  • Escolas municipais (UMEIs e EMEFs), Belo Horizonte-MG.


  • Parque Avenida, Belo Horizonte-MG.




Nos Estados Unidos |





  • Miami-Dade Metrorail, Miami;

  • Conexão Miami Intermodal Center-Earlington Heights Station, Miami;

  • MIA Mover (transporte hectométrico), Miami;

  • FIU Stadium, Miami;


  • Aeroporto Internacional de Miami, Miami;

  • Adrienne Arsht Center (para artes de espectáculo), Miami;

  • I-40, Albuquerque;

  • The Ritz Carlton Hotel, Várias cidades dos Estados Unidos;

  • Key Biscayne, Condado de Miami-Dade;


  • Aeroporto Internacional de Orlando, Orlando;


  • AmericanAirlines Arena, Miami;

  • Garcon Point Bridge, Condado de Santa Rosa;

  • SR 826 Palmetto, Miami;

  • Seven Oaks Dam, Mentone (Califórnia);

  • Merrill Barber Bridge, Condado de Indian River.




Em Portugal |




  • Metropolitano de Lisboa, Lisboa.

  • Ponte Vasco da Gama, Lisboa.

  • Aproveitamento Hidrelétrico Baixo Sabor, Trás-os-Montes.



Em Angola |



  • Usina Hidrelétrica de Laúca, Kwanza-Norte.[20]

  • Hidrelétrica de Cambambe, Kwanza-Norte.

  • Usina Hidrelétrica de Capanda, Kwanza-Norte.



Fundação Odebrecht |


Fundada em 1965 e inicialmente chamada de Fundação Emílio Odebrecht, a Fundação Odebrecht é uma das mais antigas fundações empresariais do mundo. Serve como braço social da Organização Odebrecht e é coordenadora do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade. A instituição está sediada no Baixo Sul da Bahia, onde é sua principal atuação.[21]



Odebrecht Angola |


Odebrecht Angola é uma empresa angolana que atua na área de engenharia, agroindústria e construção civil.[22] É uma subsidiaria do grupo industrial brasileiro Odebrecht, sendo atualmente a maior empregadora de Angola, com cerca de 20 mil empregados.[23]



Odebrecht USA |


A Odebrecht USA ou, em português, Odebrecht Estados Unidos, é uma empresa americana de engenharia e construção civil subsidiária da empresa brasileira Odebrecht. Atualmente a sua sede está localizada em Coral Gables, na Região Metropolitana de Miami, na Flórida. Dentre os projetos da Odebrecht USA, está o em Miami com a construção da American Airlines Arena, sede do Miami Heat, além do Centro Adrianne Arsht para as Artes Performáticas. Em Fort Lauderdale, a empresa participou da construção da 3ª pista do aeroporto do país no Aeroporto Internacional Fort Lauderdale-Hollywood.[24]



Problemas legais |



Operação Lava Jato |



Ver artigos principais: Petrolão, Operação Juízo Final, Operação Erga Omnes e Operação Acarajé

Em novembro de 2014, a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Lava Jato, que envolveu buscas em grandes empreiteiras, como a Construtora Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e outras empreiteiras companhias.[25] Além de corromper funcionários do alto escalão da Petrobras, foi descoberto indícios de cartel entre construtoras na agenda do executivo Márcio Faria, ligado à Construtora Odebrecht. Márcio Faria foi diretor da Construtora Norberto Odebrecht e, segundo os procuradores, era o representante do grupo no "clube vip" de empresas que apossaram de contratos bilionários da Petrobras entre 2004 e 2014. Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), eram oferecidas vantagens indevidas, propina, para que funcionários da estatal não só se omitissem na adoção de providências contra o funcionamento do "clube", como também para que estivessem à disposição sempre que fosse necessário para garantir que o interesse das cartelizadas fosse atingido.[26][27]


No dia 8 de março de 2016, o então presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na Operação Lava Jato. Na sentença de 234 páginas, o juiz Sérgio Moro destrincha os argumentos do MPF, das defesas dos executivos e as informações do Ministério Público suíço sobre contas controladas pela Odebrecht no exterior para concluir que Marcelo Odebrecht foi o "mandante" dos crimes praticados pelo grupo empresarial. Foram sentenciados com a mesma pena e pelos mesmos crimes no processo os executivos Márcio Faria e Rogério Araújo, ex-diretores da Odebrecht. Também foram condenados os executivos César Ramos Rocha e Alexandrino Alencar, ligados à Odebrecht. Marcelo Odebrecht, Márcio Faria e Rogério Araújo estavam presos desde 19 de junho de 2015 quando foi deflagrada a Operação Erga Omnes, 14ª fase da Lava Jato.[28][29]


Ao final de 2016, o grupo Odebrecht, que inlcui a Braskem, assumiu diante das autoridades brasileiras e internacionais assumiu corrupção e pagamento de propinas a políticos de doze países, incluindo o Brasil.[9][10] Em 17 de abril de 2017, um juiz estadunidense sentenciou a Odebrecht a pagar 2,6 bilhões de dólares em multas em caso criminal de corrupção, assinando acordo entre a empresa e autoridades brasileiras, norte-americanas e suíças. O juiz distrital Raymond Dearie disse em uma audiência na corte federal do Brooklyn que cerca de 93 milhões de dólares serão destinados aos Estados Unidos, 2,39 bilhões de dólares ao Brasil e 116 milhões de dólares à Suíça.[30]



Compra de banco estrangeiro para pagar propina |


Em 20 de junho, o delator da Operação Lava Jato Vinícius Veiga Borin afirmou a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que a Odebrecht, através de funcionários e terceiros, chegou a comprar a cota majoritária de um banco em Antígua, arquipélago no Caribe usado como paraíso fiscal, para operar recursos de propina no exterior. De acordo com Borin, foi movimentado US$ 1,6 bilhão no Meinl Bank Antiqua, sendo a maior parte dos valores ilícitos.[31] Alvo da 26ª fase da operação, Borin foi representante no Brasil de dois bancos com sede na região e disse, em delação, que movimentava dinheiro no exterior a pedido de operadores ligados ao grupo.[32] Borin trabalhou em São Paulo na área comercial do Antigua Overseas Bank (AOB), entre 2006 e 2010. Ele e outros ex-executivos do AOB se associaram a Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo Soares, então executivos do Departamento de Operações Estruturadas, nome oficial da central de propinas da empreiteira da Odebrecht para adquirir a filial desativada do Meinl Bank, de Viena, em Antígua, um paraíso fiscal no Caribe.[33] A Odebrecht informou que não vai se manifestar a respeito das declarações de Borin. A empresa e os executivos negociam acordos de colaboração premiada com a Justiça.[31][34]



Expropriação por parte do Equador |


O Poder Público do Equador expropriou a Odebrecht em setembro de 2008 (um aeroporto regional, dois projetos de energia hidrelétrica, com um valor total de US$ 800 milhões[35]) e enviou tropas para evitar que os funcionários da empresa deixassem o país.[36]



Referências




  1. «Organização Odebrecht - 60 anos» (em português). Consultado em 15 de julho de 2009  !CS1 manut: Língua não reconhecida (link)


  2. abc Marina Gazzoni. «Criada como empresa regional, Odebrecht virou gigante mundial e tenta se renovar após escândalo». G1. Globo.com. Consultado em 21 de janeiro de 2017 


  3. Versal: Emílio Odebrecht jr.


  4. «Odebrecht em números». Consultado em 19 de dezembro de 2016 


  5. «Odebrecht teve lucro de R$ 490,7 milhões em 2013». Veja. Abril. 24 de abril de 2014 


  6. «Análise: Prisão de Odebrecht é evento mais emblemático da Lava-Jato». Valor Econômico. 19 de junho de 2015 


  7. Eduardo Gonçalves, Laryssa Borges (21 de dezembro de 2016). «Grupo Odebrecht pagou US$ 1 bi em propina em doze países». VEJA. Abril. Consultado em 18 de março de 2017 


  8. Brandt, Ricardo; Affonso, Julia; Macedo, Fausto (21 de dezembro de 2016). «'O maior ressarcimento na história mundial', afirma Deltan nas redes». Estadão. O Estado de S. Paulo. Consultado em 18 de março de 2017 


  9. ab André Richter (21 de dezembro de 2016). «Odebrecht fecha acordo de leniência com EUA e Suíça». Agência Brasil. EBC. Consultado em 18 de março de 2017 


  10. ab Marcos Losekann (22 de dezembro de 2016). «Odebrecht e Braskem firmam acordo de leniência com Brasil, EUA e Suíça». G1. Globo.com. Consultado em 18 de março de 2017 


  11. ab «Sepultado em Salvador o corpo do empresário Norberto Odebrecht». Tribuna da Bahia. 21 de fevereiro de 2017 


  12. Organização Odebrecht História, odebrecht.com, visitado em 2 de março 2015


  13. «Odebrecht é a quarta empresa mais desejada para se trabalhar, segundo revista». Odebrecht. 22 de outubro de 2014. Consultado em 20 de junho de 2015 


  14. Tecnologia Empresarial Odebrecht


  15. «Odebrecht - Etanol e Açúcar». Odebrecht Online. Consultado em 20 de junho de 2015 


  16. «Odebrecht em Portugal». odebrecht-ec.com. 9 de abril de 2009. Consultado em 22 de julho de 2012 


  17. «Odebrecht em Angola». odebrecht-ec.com.br. 13 de outubro de 2009. Consultado em 22 de julho de 2012 


  18. «Presença no Mundo». Odebrehct. Consultado em 16 de agosto de 2015. Cópia arquivada em 30 de junho de 2015 


  19. «Odebrecht S.A. - SWOT Analysis». reportlinker.com. Consultado em 22 de julho de 2012 


  20. que terá o arranque em 2017.html Barragem hidroeléctrica de Laúca, a maior de Angola, Investir em, 25 de outubro de 2012


  21. «Para evoluir, é preciso ser sustentável». Jovem parceiro. Consultado em 17 de abril de 2017 


  22. http://www.odebrecht.com/organizacao-odebrecht/estrutura-empresarial


  23. http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2012/09/18/com-bndes-e-negocios-com-politicos-odebrecht-ergue-imperio-em-angola.jhtm


  24. Odebrecht USA. «History». Consultado em 12 de abril de 2017 


  25. «Entenda a Operação Lava Jato, da Polícia Federal». Folha de S.Paulo. 14 de novembro de 2014. Consultado em 9 de março de 2016 


  26. Fausto Macedo. «Lava Jato vê indícios de cartel em agenda de executivo da Odebrecht». Estadão. Consultado em 9 de março de 2016 


  27. «Moro condena Marcelo Odebrecht a 19 anos de prisão». Valor Econômico. Consultado em 9 de março de 2016 


  28. Fausto Macedo. «Marcelo Odebrecht é condenado a 19 anos e 4 meses de prisão na Lava Jato». Estadão. Consultado em 9 de março de 2016 


  29. Fausto Macedo. «Moro diz que não é necessário 'domínio do fato' para condenar Odebrecht». Estadão. Consultado em 9 de março de 2016 


  30. «Juiz dos EUA aprova multa de US$2,6 bi para Odebrecht em caso de corrupção». Reuters. 17 de abril de 2017. Consultado em 17 de abril de 2017 


  31. ab Fernando Castro (20 de junho de 2016). «Odebrecht comprou banco para pagar propina no exterior, diz delator». G1. Globo. Consultado em 21 de junho de 2016 


  32. «Executivos da Odebrecht planejaram fechar banco, diz delator». Valor Econômico. 20 de junho de 2016. Consultado em 21 de junho de 2016 


  33. «Odebrecht adquiriu banco para propina, diz delator». UOL. 20 de junho de 2016. Consultado em 21 de junho de 2016 


  34. HuffPost Brasil (20 de junho de 2016). «Lava Jato: Segundo delator, Odebrecht 'inovou' e adquiriu banco para propinas». Brasilpost. Consultado em 21 de junho de 2016 


  35. «Após expulsar Odebrecht, Equador ameaça não pagar empréstimo». G1. 24 de setembro de 2009. Consultado em 22 de julho de 2012 


  36. «Equador manda Exército controlar bens da Odebrecht». G1. 23 de setembro de 2008. Consultado em 22 de julho de 2012 



Ligações externas |



  • Sítio oficial

  • História oficial da empresa

  • 3 gerações Odebrecht: Emílio, Marcelo e Norberto Odebrecht, com fotografias


  • Odebrecht - Especial da DW África sobre a construtora brasileira (em português)

  • Odebrecht Group



























































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