Palhoça









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Disambig grey.svg Nota: Para construção tradicional da Serra dos Ancares, na Galiza, veja Palhoça (construção).






















































































Município de Palhoça











Bandeira de Palhoça


Brasão de Palhoça


Bandeira

Brasão


Hino

Aniversário

24 de abril de 1894 (124 anos)
Fundação

31 de julho de 1793 (225 anos)

Gentílico

palhocense

Prefeito(a)
Camilo Nazareno Pagani Martins (PSD)
(2017 – 2020)
Localização

Localização de Palhoça

Localização de Palhoça em Santa Catarina


Palhoça está localizado em: Brasil


Palhoça


Localização de Palhoça no Brasil

27° 38' 42" S 48° 40' 04" O27° 38' 42" S 48° 40' 04" O

Unidade federativa

Santa Catarina

Mesorregião

Grande Florianópolis IBGE/2008 [1]

Microrregião

Florianópolis IBGE/2008 [1]

Região metropolitana

Florianópolis
Municípios limítrofes

São José, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz, Paulo Lopes
Distância até a capital
15 km
Características geográficas

Área
395,133 km² (BR: 2886º)[2]

População
168 259 hab. estimativa IBGE/2018[3]

Densidade
425,83 hab./km²

Altitude
3 m

Clima

Subtropical Cfa

Fuso horário

UTC−3
Indicadores

IDH-M
0,757 alto PNUD/2010[4]

PIB

R$ 2 565 710 mil IBGE/2011[5]

PIB per capita

R$ 18 327,81 IBGE/2011[5]

Palhoça é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Faz parte da região metropolitana de Florianópolis, no litoral do estado, conurbando-se com o município de São José. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 168 259[3] habitantes, sendo o décimo município mais populoso do estado.


Palhoça faz limite com as cidades de São José, ao norte, Santo Amaro da Imperatriz a oeste, e Paulo Lopes ao sul, sendo banhado pela baía sul da Ilha de Santa Catarina e o Oceano Atlântico.




Índice






  • 1 Etimologia


  • 2 História


    • 2.1 Fundação e início da colonização


    • 2.2 Sesmarias


    • 2.3 Casas Iluminadas


    • 2.4 Primeira escola


    • 2.5 Divisão político-administrativa


    • 2.6 Distrito Enseada de Brito


    • 2.7 Primeira capela


    • 2.8 Divisão




  • 3 Política


  • 4 Polêmica nas eleições municipais de 2012


    • 4.1 Prefeitos de Palhoça




  • 5 Geografia


    • 5.1 Bairros


    • 5.2 Principais vias públicas




  • 6 Hidrografia


  • 7 Economia


  • 8 Educação


  • 9 Cultura


    • 9.1 Folclore




  • 10 Transporte


  • 11 Palhocenses ilustres


  • 12 Referências


  • 13 Ver também


  • 14 Ligações externas





Etimologia |


Palhoça é uma construção cuja cobertura é feita de palha, própria para o armazenamento da mandioca. É por isso que Palhoça, município litorâneo da Região Metropolitana de Florianópolis, recebeu esse nome. Caetano Silveira de Mattos, juntamente com seus homens, foi o construtor dessa habitação, em 1793.[6]



História |



Fundação e início da colonização |


Em 31 de julho de 1793 o então governador João Alberto Miranda Ribeiro enviou o ofício nº 7 ao Conde Rezende, Vice-Rei do Brasil. Eis o ofício abaixo transcrito, considerado a "Certidão de Nascimento" de Palhoça.


  • No. 7.—31 de Julho de 1793.

"Illmo. Exmo. Sr. — Não havendo nesta Ilha muitos sujeitos, ou falando com toda ingenuidade, não havendo nenhum que exceda a Caetano Silveira de Mattos, no meu conceito para os importantes fins a que o destino e de que já principiei a servir-me, julgo ser indispensável da minha obrigação pôr na respeitável presença de V. Exa. o seu mereciamento.


Este ornem é activo e Zeloso para o serviço, é muito trabalhador e bastantemente remediado, porque possui uns poucos de mil crusados: tem principiado um famoso estabelecimento no sertão digo no interior do sertão da Terra Firme, na estrada que vai para a villa de Lages, onde conserva bastante escravatura, e grandes derrubadas, para principiar as suas plantações.


Agora mesmo se acha actualmente empregado na factura de um armazém ou Palhoça, que mandei construir nos mattos da Terra Firme, para fazer um depósito de farinha, com que possa subsistir naquelle lagar, caso me seja na precisão de me retirar a ele, depois de fazer na Ilha toda a oposição que me for pocivel aos inimigos. Para aceitar desta comição não foi necessario mais, do que perceber a minha vontade, e seguro a V. Exa. que o acho com desposição de remover quaesquer dificuldade, empregando para as vencer, a sua pessoa, ou seus escravos e tudo quanto tem; queira V. Exa. ter a bondade de ponderar agora por um pouco, e tenho bastantes motivos para me persuadir, que será muito da grandeza de V. Exa. premeiar um vassalo de tão excellentes qualidade. Já tenho noticias que o meu antecessor tinha proposto á V. Exa. este homem para Capitão do forte de São Francisco Xavier da praia de fora desta villa, com a condição de que á sua custa reedificaria o dito forte, que se acha bastantemente arruinado.


Esta mesma graça é a que supplico novamente a V. Exa. pelos motivos que deixo referidos, maz quando aja nisto alguma contradição ao gosto de V. Exa. que prevalecer a tudo, occorre-me que V. Exa. o pode atender ainda, fazendo-o capitão da companhia da infantaria auxiliar da freguezia de S. José, que se acha vago porque João Marcos Vieira que o era, consta que pasara para a corte de Lisbôa onde se casou e estabeleceu. Desta fórma extremo senhor pode V. Exa. animar um homem, que virá a ser muito útil, ao real serviço, e que desde já o é principalmente nas circumstancias actuaes em que me acho; porque tendo aberto o caminho do sertão debaixo do melhor e mais judicioso Plano de defensa que se pode adotar a respeito desta Ilha, avendo uma absuluta precisão de promover a sua cultura e sendo esse homem o de maiores forças, que o pode intentar e que já o principiou ou fazendo, é muito digno de que V. Exa. o attenda; e eu só terei o merecimento de fazer com que V. Exa. o reconheça, para o premiar, deixando este premio de me constituir na maior obrigação a V. Exa.


Deus guarde a V. Exa. Venerador de N. Sa. do Desterro da Ilha de S. Catharina, ao 31 de Julho de 1793.


Com a assignatura do Sr. Governador, João Alberto de Miranda Ribeiro. Illmo. Exmo. Sr. Conde de Rezende, Vice Rei e Capitão-General de Mar e Terra do Estado do Brasil"[7][8]


Observe-se que a real intenção do ofício era solicitar uma patente militar para Caetano Silveira de Mattos, que, conforme mapas da época, possuía uma fazenda a oeste do local onde foi construído o entreposto comercial. No entanto, pelo que se conhece, é este o primeiro documento que se refere a Palhoça.


É evidente que, antes de Caetano Silveira de Mattos, já havia construções rústicas construídas por pescadores como abrigo ou depósito. Mas, construção permanente, com escravos e intenção de comércio, só o entreposto comercial. No entanto, conforme coloca Wilson Francisco de Farias, se o estabelecimento do entreposto comercial " ocorreu, tudo indica que fracassou, pois até meados do século XIX, não há qualquer referência ao arraial de Palhoça, mas tão somente as comunidades de entorno".(Passa-vinte, Aririú, Barra do Aririú e Mirim)


Observe-se também que na relação de sesmarias doadas pelo governador da capitania no século XVIII, entre 1753 e 1800, no atual município de Palhoça, não consta o nome de Caetano Silveira de Matos como benfeitor, o que pode significar que sua fazenda (e sesmaria) se localizava no atual município de São José.



Sesmarias |


Sesmarias doadas pelo governador da capitania no atual município de Palhoça no século XVIII.



  • De 1753 a 1800

  • José Luiz Marinho - 2 de junho de 1753 - Cubatão - 1.400 braças ( 2.400 m)

  • Miguel Gonçalves Leão - 22 de junho de 1759 - Embaú - 4.500 braças (6.200m)

  • Manoel de Miranda Bittencourt - 11 de junho de 1759 - Cubatão - 750 braças. (1.200 m)

  • José Luiz Marinho - 20 de agosto de 1774 - Aririú - 750 braças (1.200 m)

  • Pedro da Silva Barros - 15 de março de 1781 - Massiambu - 400 braças (640 m)

  • Matheus Caetano de Souza - 2 de dezembro de 1786 - Aririú - 750 braças (1.200 m)

  • Manoel Garcia Pires Machado - 19 de agosto de 1788 - Enseada de Brito - 750 braças (1.200 m)

  • João de Souza Bitencourt - 19 de fevereiro de 1789 - Cubatão - 400 braças (640 m.)

  • Manoel Vieira Fernandes - 30 de setembro de 1790 - Cubatão - 950 braças (1.520 m)

  • Manoel Soares Ferrão - 30 de maio de 1791 - Passovinte - 360 braças (576 m)

  • Aleixo L. de Andrade - 30 de setembro de 1791 - Passovinte - 190 braças (304 m)

  • José Rodrigues da Costa - 17 de janeiro de 1794 - Cubatão - 350 braças (560 m.)


Obs: A medida da sesmaria era feita sempre de frente para algum acidente geográfico: rio, mar, lagoa, etc. O fundo não era medido, donde, dependendo da localização, tinham fundo ilimitado.[9]


Para todos os efeitos, no entanto, Caetano Silveira de Mattos foi considerado o fundador de Palhoça. 


É de se destacar que ele, conforme o ofício, já estava iniciando a plantação quando ele foi escrito. Isso quer dizer que as benfeitorias já existiam anteriormente à missiva.



  • “Art. 1° - Fica desmembrada da paróquia de São José o distrito policial de Palhoça, para formar uma nova freguesia, sob a invocação do Senhor Bom Jesus de Nazaré.

  • Art 2º - A nova freguesia terá por limites: Ao norte, o rio Imaroim até a divisa da freguesia de São Pedro de Alcântara; ao sul, o rio Cubatão até os limites da freguesia de Santo Amaro do Cubatão; a leste, o oceano; a oeste, as freguesias já mencionadas.

  • Art. 3º - Servirá de Matriz a capela em construção, na sede da mesma freguesia.


Dado e passado no Palácio do Governo da Província de Santa Catarina, aos oito de novembro do ano de mil oitocentos e oitenta e dois.


(Ass.) Antônio Gonçalves Chave, Presidente da Província. “ [10]
Em 1886, a Lei 1141, datada de 27 de setembro, transforma o distrito policial em Distrito de Paz. No entanto, ela não foi executada, por não ter sido feita a eleição recomendada. Só em 1891 é que ela se instalou através de uma segunda Lei, a de nº 44, de 29 de janeiro.



Casas Iluminadas |


Em 1928 as lâmpadas não obedeciam aos mesmos padrões de hoje, sua capacidade de luminosidade era marcada na lâmpada em "Velas" e a soma de três lâmpadas poderia ser 82 velas ou 73 velas. Uma lâmpada poderia ser 32 velas ou 25 velas. Não havia na lâmpada a especificação em Watt como as lâmpadas de hoje.
O sistema era simples, um livro com o nome de todos moradores, em ordem alfabética, que possuíam lâmpadas instaladas na suas casas, com as seguintes informações: Nome do contribuinte, quantidade de lâmpadas, soma total de velas, valor a ser pago, mês de cobrança e um campo para as observações.
No campo "observações" a pessoa encarregada pela cobrança anotava as alterações ocorridas e os casos especiais, como por exemplo: "Conserva só 2 lâmpadas acesas" ou "Diminuiu 15 velas paga 8$300" ou ainda se o morador incluir mais uma lâmpada "Mais 16 velas. Paga 17$100"
Não havia medidor de energia, o consumo era cobrado pela soma de velas das lâmpadas. Predominava uma relação de honestidade e alta confiança entre a sociedade da época e a empresa fornecedora. O preço era de 1$000 (mil-réis) para cada 10 velas, ou seja, uma lâmpada de 32 velas custava 3$200 mensais.
Somente as famílias mais abonadas e residentes nos locais onde passava a rede elétrica poderiam ter o privilégio de possuir lâmpadas em suas residências.
Em 1928 as seguintes casas eram iluminadas:



  • Aniceto Zacchi, 5 lâmpadas, total 123 velas

  • Amaro Gonçalves, 3 lâmpadas, total 75 velas

  • Athilio Zacchi , 3 lâmpadas, total 75 velas

  • Arlindo Andrade, 3 lâmpadas, total 48 velas

  • Braulio Freitas, 3 lâmpadas, total 75 velas

  • Bernardino M. de Santiago, 4 lâmpadas, total 98 velas

  • Clube 7 de Setembro, 14 lâmpadas, total 545 velas

  • Clube Concordia, 10 lâmpadas, total 219 velas

  • Carlos Baasch, 3 lâmpadas, total 82 velas

  • Domingos H. da Cunha, 2 lâmpadas, total 50 velas

  • Ewaldo Baasch, 2 lâmpadas, total 50 velas

  • Edelberto Costa, 5 lâmpadas, total 116 velas

  • Ernani Santos, 2 lâmpadas, total 50 velas

  • Francisco M. de Souza, 2 lâmpadas, total 41

  • Germano Berkembrock, 4 lâmpadas, total 130 velas

  • Henrique E. Koerig, 2 lâmpadas, total 50 velas

  • João Augusto Sell, 5 lâmpadas, total 98 velas

  • João Febronio de Oliveira, 4 lâmpadas, total 96 velas

  • João C. Augusto Harger, 3 lâmpadas, total 82 velas

  • João Schaefer, 4 lâmpadas, total 105 velas

  • Jorge Kiriakus, 7 lâmpadas, total 157 velas

  • Jorge Namen, 5 lâmpadas, total 132 velas

  • Jorge Luz, 4 lâmpadas, total 128 velas

  • José da Silva Mattos, 1 lâmpadas, total 25 velas

  • Luiz A. de Mello, 3 lâmpadas, total 73 velas

  • Pedro Philippe, 2 lâmpadas, total 41 velas

  • Pedro Hoffmann, 7 lâmpadas, total 155 velas

  • Reinaldo Alves, 5 lâmpadas, total 125 velas


Não há registros de qualquer outro tipo de equipamento elétrico em 1928 nas residências em Palhoça.
Em Maio 1929 a empresa "Baasch & Cia" foi a primeira casa comercial palhocense a instalar 2 lâmpadas num total de 41 velas, dando início à modernidade no comércio da cidade. Em 1931 Palhoça já possuía 50 casas com lâmpadas.[11]



Primeira escola |


Em 3 de maio de 1870 o vice-presidente da província Dr. Manoel Vieira Tosta sancionou a lei nº 629 da Assembleia Legislativa, criando a primeira escola do sexo masculino na sede do arraial de Palhoça. A Escola foi inaugurada com a matrícula de 15 alunos. Durante seus primeiros vinte e sete anos o cargo de professor foi exercido por José Rodrigues Lopes. Em abril de 1897 José Rodrigues Lopes obteve sua aposentadoria, sendo José Lupércio Lopes o professor sucessor.


Em 1918 Palhoça possuía 29 escolas estaduais com um total de 1138 alunos, assim distribuídas:



  • Distrito Palhoça – 7

  • Santo Amaro da Imperatriz – 7

  • Santa Isabel – 6

  • Enseada do Brito – 3

  • Teresópolis – 3

  • Santa Teresa – 2

  • São Bonifácio – 1


Mais 10 escolas foram subvencionadas pelo município no mesmo ano, beneficiando 339 alunos. Em 17 de junho de 1920, o governador Hercílio Pedro da Luz baixou o decreto lei nº 3.190 criando as Escolas Reunidas de Palhoça. A escola reunida existente na sede do município foi em 19 de janeiro de 1927 elevada a categoria de grupo escolar pelo decreto nº 2.017 assinado por então governador Adolfo Konder. Em 1932, após a conclusão das obras do novo prédio, foi inaugurado o Grupo Escolar Professor Venceslau Bueno, sendo diretor o professor Guilherme Wiethorn Filho.[11]



Divisão político-administrativa |


Conforme o Prof. José Lupércio Lopes ( Palhoça: notícia estatístico descritiva, 1939, p. 15), o Município de Palhoça, em 1938, tinha uma área de 3.145 km² . Esta área foi aumentada para aproximadamente 4.770 km² com a anexação de Garopaba.


Do antigo Município de Palhoça surgiram, com o tempo, outros municípios que, por sua vez, deram origem ou não a outros novos. O quadro abaixo mostra essa evolução, assim como se explica as emancipações que aconteceram e de onde se originou cada município que fazia parte do território inicial de Palhoça. A fonte das gravuras e das explicações foram retiradas ou deduzidas do Atlas Escolar da Santa Catarina, 1991 e da obra do Prof. Lupércio Lopes.


Atualmente, Palhoça faz parte da Microrregião Geográfica de Florianópolis, juntamente com os municípios de Biguaçu, São José, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Antônio Carlos, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz e Paulo Lopes. Essa Microrregião ocupa uma área de 2515 km² e seus municípios integrantes possuem características naturais e sócio econômicas semelhantes.


Faz parte ainda, juntamente com os municípios de Águas Mornas, Alfredo Wagner, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Biguaçu, Canelinha, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Leoberto Leal, Major Gercino, Nova Trento, Paulo Lopes, Rancho Quimado, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São João Batista, São José, São Pedro de Alcântara e Tijucas, da Associação dos Municípios da Grande Florianóplis.



Distrito Enseada de Brito |


Enseada de Brito, único distrito além da sede que sobrou da divisão do antigo território de Palhoça, foi fundada pelo vicentino Domingos Peixoto de Brito, em 1650, que ali ficou somente por dois anos, mas deixou seu nome ligado à povoação.


Ela foi elevada à categoria de Distrito Policial em 13 de abril de 1750 e à Freguesia em 13 de maio do mesmo ano.


Por muito tempo ficou isolada do restante do Município, havendo comunicação somente por mar. Apesar disto, já no início de sua colonização se destacou pela pesca e pela agricultura. Há mesmo relato da existência de vinhedos e fabricação de vinho na região. Durante o ápice do desenvolvimento palhocense, possuiu muitos engenhos de farinha e olarias, exportando, juntamente com o pescado e frutas, a maior parte de sua produção para Desterro.


Destaque deve ser feito para o fato de que Enseada foi uma das regiões onde primeiro se estabeleceram imigrantes açorianos.



Primeira capela |




Praça 15 de Novembro em Palhoça 1928


A primeira capela de Palhoça foi edificada com invocação de Nossa Senhora do Parto. Na foto de 1928 observa-se a capela integrada ao pequeno centro comercial entorno da Praça 15 de Novembro, onde atualmente encontra-se o Jardim Governador Ivo Silveira.



Divisão |


O prefeito Ronério Heiderscheidt (PMDB), anunciou no dia 11 de março, uma proposta de dividir o município em dois. De acordo com a assessoria de imprensa, a emancipação da parte sul de Palhoça, onde ficam as praias, tem fins de investimento turístico.[12]


Ainda de acordo com a assessoria, a proposta será encaminhada para uma audiência pública. Dos 150 mil habitantes de Palhoça, cerca de 30 mil habitam a região sul, que vai do Centro até a Baixada Maciambú, passando pelas praias do Sonho, Pinheira, Guarda do Embaú e Praia de Fora.



Política |


Palhoça já teve 27 prefeitos diferentes sendo que Francisco Antônio Lehmkul e Ronério Heiderscheidt assumiram o posto por mandatos consecutivos. Ari Baldemiro Wagner e Paulo Roberto Vidal assumiram a prefeitura mais de uma vez porém, não de maneira seguida.



Polêmica nas eleições municipais de 2012 |


Nas eleições municipais para prefeito, em 2012, o candidato Ivon de Souza, apesar de ter vencido a votação popular, não pode assumir o cargo, pois teve o registro da candidatura indeferido, uma vez que não passou pela Convenção Municipal do PSDB [13] . Logo, o TRE-SC diplomou o segundo lugar nas eleições, Camilo Martins (PSD) para assumir o cargo de prefeito no mandato 2013-2016. A decisão do Tribunal demorou meses para sair. Neste período de indefinição, a governança do município ficou a cargo do presidente da câmara de vereadores, Nirdo Luz (Pitanta).



Prefeitos de Palhoça |


República Velha


1° Bernardino Machado


1895-1899


2º Francisco Antônio Lehmkul (1º e 2º mandatos)


1899-1903, 1903-1907


3º Fernando Gil Born


1907-1910


4º Major José Honório da Costa


1911-1912


5º Capitão Pedro Egygio Hoffmann


1913-1914


6º Vicente Silveira de Souza


1915-1918


7º José Chrisóstomo Kehrig (1º e 2º mandatos)


1919-1927, 1928-1930


Estado Novo


8º Olíbio José da Silveira


1930-1933


9º Reinoldo Alves


1933-1935


10º Juliano Luchi


1935-1942


11º Tentente Euclides S. De Almeida


1942-1943


12º Jacob Manoel Knabben


1943-1945


Período Populista


13º Waldemar Luz


1945-1946


14º Ivo Silveira


1947-1950


15º Ari Baldemiro Wagner (1º mandato)


1951


16º Augusto Brügemann


1951


17º Ari Baldemiro Wagner (2º mandato)


1951-1956


18º Otávio Zacchi


1956-1961


19º Ari Baldemiro Wagner (3º mandato)


1962-1965


Regime Militar


20º João Silveira


1966-1969


21º Laudelino Augusto Weiss


1969


22º Nelson Martins


1970-1972


23º Odílio José de Souza


1973-1976


24º Newton José Schwiden


1977-1982


25º Neri Brasiliano Martins


1983-1988


Redemocratização


26º Paulo Roberto Vidal (1º mandato)


1989-1992


27º Reinaldo Weingartner


1993-1996


28º Paulino Schmidt


1997-2000


29º Paulo Roberto Vidal (2º mandato)


2001-2004


30º Ronério Heiderscheidt (1º e 2º mandatos)


2005-2012


31º Nirdo Artur Luz (como interino)


2013


32º Camilo Nazareno Pagani Martins


2013-2016


33º Camilo Nazareno Pagani Martins


2017-2020 (atual)



Geografia |


Localizado na Grande Florianópolis, faz divisa com São José, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz e Paulo Lopes. As tradições são majoritariamente de origem açoriana. É a cidade que mais cresce na Grande Florianópolis.


Palhoça possui ainda um dos maiores mangues da América do Sul. O município possui um litoral bem recortado e cheio de belezas naturais, propício para o desenvolvimento de turismo na alta temporada de verão, entre os meses de dezembro e fevereiro.


Os principais destinos turísticos são a Praia do Sonho, Ponta do Papagaio, Praia da Pinheira e a Praia da Guarda do Embaú - sendo essa última conhecida nacionalmente pela pratica do surfe e eleita várias vezes entre as 10 praias mais bonitas do Brasil.



Bairros |


Bairro Distrito


  • Enseada de Brito

Bairros Denominados por Lei Municipal:



  • 2002 - Balneário Ponta do Papagaio

  • 1974 - Bela Vista

  • 2002 - Cidade Universitária Pedra Branca

  • 2006 - Guarda do Embaú

  • 2007 - Jardim Aquárius

  • 2007 - Jardim Eldorado

  • 2007 - Jardim das Palmeiras

  • 2007 - Jardim Coqueiros

  • 2006 - Mar Azul

  • 2006 - Massiambu

  • 2006 - Morretes

  • 2006 - Pinheira

  • 1993 - Ponte do Imaruim

  • 2006 - Praia do Meio

  • 2006 - Praia do Sonho

  • 1979 - São Sebastião


Bairros por denominação popular



  • Albardão

  • Alto Aririú

  • Aririú

  • Aririú da Formiga

  • Barra do Aririú

  • Brejarú

  • Caminho Novo

  • Casqueiro

  • Coloninha

  • Fazenda Santa Cruz

  • Furadinho

  • Guarda do Cubatão

  • Jaqueira

  • Maciambu Grande

  • Maciambu Pequeno

  • Marivone

  • Morretes

  • Pachecos

  • Pagará

  • Passa Vinte

  • Passagem do Maciambú

  • Pontal

  • Praia de Fora

  • Rio Grande

  • Sertão do Aririú

  • Sertão do Campo

  • Três Barras



Principais vias públicas |


Imagem Centro Palhoça - Vias Públicas




Mosaico Imagem Palhoça 2005 - Wandir M Scharf


Centro


  • Avenida Barão do Rio Branco

  • Avenida Pref. Nelson Martins

  • Rua Caetano Silveira de Matos

  • Rua Cap. Augusto Vidal

  • Rua João Born

  • Rua José Alfredo de Brum

  • Rua José Maria da Luz

  • Rua Pref. Ari Wagner

  • Rua Ten. Francisco Lehmkhul

  • Rua Ver Osvaldo de Oliveira


Ponte do Imaruim


  • Avenida Aniceto Zacchi

  • Avenida Elza Lucchi

  • Rua Antônio Vieira

  • Rua João Febronio de Oliveira

  • Rua 31 de Março


Passa Vinte


  • Rua Prefeito Reinoldo Alves

  • Rua Guaruja

  • Avenida Claudio Zacchi

  • Avenida Hilza Terezinha Pagani


Caminho Novo


  • Rua Germano Spricigo

  • Rua Padre João Batista Réus


[11]


A principal via de acesso ao vizinho município de São José que faz divisa com a capital (Florianópolis) é a rodovia BR-101. É via de passagem de praticamente toda a carga que transita pela orla litorânea, entre o estado do Rio Grande do Sul e o restante do país.



Hidrografia |


Palhoça é cortada por alguns rios importantes na região da grande Florianópolis, tais como rio Cubatão, rio Aririú, rio Imaruim e rio da Madre.




Centro de Palhoça 1938



Economia |


As indústrias e o centro comercial da cidade estão localizados na região norte. O bairro da Ponte do Imaruim destaca-se pelo comércio, enquanto o bairro Jardim Eldorado destaca-se pelas indústrias. No sul de Palhoça, a economia baseia-se na pesca e no turismo.


Dia 20 de maio foi inaugurado o primeiro Shopping de Palhoça, Via Catarina.


O mercado imobiliário também merece destaque, devido aos novos condomínios fechados, como Parque da Pedra, Moradas Palhoça, Terra Nova Palhoça, Nova Palhoça, Villa Latina, Apoena, Vivare Grand Club, Mirante do Cambirela e Edla Zacchi que visam atrair moradores com alto poder aquisitivo.



Educação |


Instituições de ensino superior


Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)


Faculdade de Desenvolvimento de Santa Catarina (FADESC)


Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça (FATENP)


Universidade Castelo Branco


Faculdade Municipal de Palhoça (FMP)


Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC)


Serviço de aprendizagem para o Comércio (SENAC)


Instituições de ensino médio


EEB Governador Ivo Silveira


EEB Irmã maria Teresa


EEB João Silveira


Colégio Energia


Centro Educacional Promissor


EEF Dom Jaime de Barros Câmara


Colégio Visão ( Pedra Branca)


Colégio Bom Jesus ( Pedra Branca)



Cultura |



Folclore |


Bandeira do Divino – Semanas antes da Festa do Divino Espírito Santo, um grupo de pessoas percorre a cidade visitando as casas e colhendo ofertas para a festa. Uma senhora ou moça conduz a Bandeira presa a um mastro de dois metros, tendo a figura de uma pombinha bem na ponta da haste, com várias fitas coloridas pendentes. Às vezes a Bandeira é acompanhada de canto com música de rabeca, violão, cavaquinho e tambor, cujas batidas anunciam a aproximação da Bandeira.




Símbolo comumente usado na Festa do Divino Espírito Santo


Festa do Divino Espírito Santo - A festa é uma representação da coroação dos imperadores dos tempos do Brasil Império. Uma família da cidade (com muita honra) é sorteada para ser a festeira. No dia da festa, o cortejo acompanhado da banda de música, percorre as ruas da cidade com o Imperador, Imperatriz e os pagens vestidos a caráter e vai se instalar num trono, onde permanece o dia todo presidindo o cerimonial. A festa é acompanhada de missa, barraquinhas, queima de fogos, leilão, baile e outras atividades. A sede do Município e Enseada de Brito são os locais onde anualmente se realiza a festa.


Boi-de-mamão - É a representação dramática de cenas da vida campestre. Boi, cavalo, cavaleiro, curandeiro, urubu e cantadores.
Boi-de-mamão é o nome dado em Santa Catarina ao auto do Bumba-meu-boi. Entre as diversas origens do nome, a mais aceita é a que diz que, antigamente, era usado um mamão verde para confeccionar a cabeça do boi, donde teria surgido o nome do boi e se espalhado por todo o litoral catarinenses. O Grupo é formado essencialmente pelo boi, o vaqueiro Mateus, o urubu, o feiticeiro, que benze o boi depois deste ser derrubado por Mateus beliscado pelo urubu, o cavalinho, a cabra,o cabrito. Em alguns locais ainda aparece o urso e a maricota. A Bernúncia, típica de Santa Catarina, que para alguns representa o bicho-papão, termina a dança, que é representada ao ar livre, com um grupo de cantadores e acompanhamento de percussão, chocalhos, reco-recos e pandeiro, algumas vezes acrescidos de cavaquinho e acordeão. Para cada animal há um canto típico.


Pau-de-fitas - É apresentado por um grupo geralmente de quatro a oito casais, que executam evoluções em torno de um pequeno mastro com longas fitas. Durante as evoluções os casais fazem diversos trançados e destrançados com as fitas. Um grupo de músicos acompanha a apresentação com cantorias.


Terno-de-reis ou Folia de reis - Do Natal até 6 de janeiro (dia dos Reis Magos), costuma aparecer em Palhoça os “ternos-de-reis”, para reverenciar o nascimento de Jesus. O terno-de-reis é constituído por um grupo de geralmente quatro a oito pessoas, que percorre as casas pedindo ofertas em dinheiro ou bebidas. As músicas cantadas pelo Terno são de fundo religioso e folclórico.


Pão-por-Deus - Tradição quase desaparecida, o pão-por-Deus é um meio de comunicação romântica, onde as mensagens de amor, amizade e simpatia, escritas nas mais variadas figuras de papel, em recortes geométricos, transmitem os mais diversos pedidos.



Transporte |


A exemplo das demais cidades da Grande Florianópolis, o transporte público urbano é realizado através de ônibus. Duas empresas operam em Palhoça, dependendo da região da cidade e de maneira autônoma: Imperatriz e Jotur.


A empresa PauloTur atua na região sul de Palhoça a partir do Rio Cubatão onde estão localizadas as praias (Pinheira, Ponta do Papagaio, Guarda do Embaú). Parte das linhas desta empresa partem das cidades de Paulo Lopes e Garopaba, recolhendo os passageiros nos bairros até o centro de Palhoça onde, a partir daí, segue viagem via a BR-101. O destino final é o Terminal Rita Maria, no centro de Florianópolis.


Já a empresa Imperatriz parte do bairro Aririú, na região central do município ou da cidade vizinha de Santo Amaro da Imperatriz. Suas linhas podem ser semi-diretas, recolhendo os passageiros nos bairros e seguindo pela BR-101 a partir do bairro Aririú ou paradora, passando e realizando paradas em todos os pontos do itinerário em Palhoça, São José e Florianópolis. O destino final é o Terminal Cidade de Florianópolis, no centro de Florianópolis, próximo à Praça XV de Novembro.


Por fim, a empresa Jotur é a maior e principal empresa de ônibus da cidade de Palhoça abrangendo a região central e norte da cidade (desde as imediações do Rio Cubatão ao norte). É a única que possui linhas exclusivamente municipais e realiza a integração no terminal de ônibus Estação Palhoça no bairro Ponte do Imaruim, ou por meio de cartão smart-card nos pontos de ônibus, desde 7 de junho de 2012, a exemplo de como ocorre no transporte municipal de Florianópolis, ou seja, o usuário não precisa pagar uma nova tarifa ao trocar de ônibus. No entanto, há um limite de tempo para que a integração pelo cartão ocorra (quando ocorre); se este tempo for extrapolado, a integração pelo cartão gera um novo desconto de créditos, neste caso, somente não haverá desconto se o usuário realizar o embarque e desembarque na Estação Palhoça. A integração ocorre somente em viagens dentro do município de Palhoça. As linhas intermunicipais são mais caras e a diferença é paga dentro do terminal Estação Palhoça quando o passageiro embarca por lá, ou são pagas integralmente quando o usuário embarca em uma linha intermunicipal no pontos de parada ao longo do itinerário. O destino final das linhas municipais é a Estação Palhoça, e as intermunicipais no TICEN, no centro de Florianópolis.



Palhocenses ilustres |




  • Egon Schaden, antropólogo


  • Eli Heil, artista plástica


  • Ivo Silveira, ex-governador de Santa Catarina


  • Ricardinho dos Santos, surfista (assassinado na praia de Guarda do Embaú)



Referências




  1. ab «Divisão Territorial do Brasil». Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008 


  2. IBGE (2017). «Território e Ambiente». IBGE Cidades. Consultado em 14 de novembro de 2018 


  3. ab «Estimativa populacional 2018 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de agosto de 2018. Consultado em 14 de outubro de 2018 


  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 15 de fevereiro de 2014 


  5. ab «Produto Interno Bruto dos Municípios 2011». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 10 junho 2014 


  6. Carneiro, Márcio Matos (2006). Origem dos nomes dos municípios de Santa Catarina. Blumenau: Nova Letra. p. 123 


  7. SANTA CATARINA: Instituto historico e Geographico Revista Trimensal, vol. VI, anno 1917.


  8. LOPES, José Lupércio. Monographia do município de Palhoça. Florianópolis: Cysne, 1919. p. 10-11.


  9. Governo da Capitania: Livro de sesmarias. 1753-1800. APSC. In FARIAS, Vilson Franscisco. Dos Açores ao Brasil Meridional,v. 2- p 242.


  10. LOPES, José Lupércio. Palhoça: notícia estatístico-descritiva, pp. 24-5.


  11. abc Acervo Histórico - Wandir Martins Scharf


  12. «g1.globo.com»  - Cidade de Palhoça pode ser dividida em duas (13 de Março de 2009)


  13. http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/politica/noticia/2013/12/tse-nega-recurso-de-ivon-de-souza-para-assumir-prefeitura-de-palhoca-4354187.html



  • SANTA CATARINA: Secretaria de Estado de Coordenação Geral e Planejamento, Subsecretaria de Estudos Geográficos e estatísticos. Atlas escolar de Santa Catarina. Rio de Janeiro: Aerofoto Cruzeiro, 1991.

  • ENTRES, Gottfried. Gedenbuch zur Fahrhundert-Feier deustcher einvanderung in Santa Catharina. Florianópolis, Livraria Central, 1929.



Ver também |



  • Municípios de Santa Catarina por data de criação

  • Lista de municípios de Santa Catarina por população

  • Lista de prefeitos de Palhoça

  • Lista de municípios do Brasil acima de cem mil habitantes



Ligações externas |



  • Página da prefeitura

  • Página da câmara

  • Página da Faculdade Municipal

















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