Califado Otomano
O Califado Otomano (1517–1924) foi o "califado" autoproclamado que comandou a dinastia Otomana, líder do Império Otomano. Os membros da dinastia utilizavam os títulos de sultão e califa esporadicamente; e o último era usado especialmente para justificar a conquista de outras terras habitadas por muçulmanos.
Durante o período da expansão otomana, os governantes do império - começando com Maomé II, o Conquistador - passaram a advogar o uso do título histórico de "califa", que denota autoridade entre os adeptos do islã desde a época do próprio Maomé. Maomé II e seu neto Selim I o usaram para justificar sua conquista de países islâmicos. O fim do Califado Otomano se deu, em parte, devido a uma gradual erosão do seu poder em relação à Europa, e sua derrocada foi a partilha do Império Otomano. Abdul Mejide II, que perdeu o sultanato, manteve a posição de califa por mais dois anos; porém com as reformas de Atatürk que levaram à criação do Estado turco moderno, a própria posição foi abolida.
Símbolos |
O principal símbolo do Califado Otomano era o "Grande Estandarte dos Califas", um grande estandarte verde sobre o qual estão bordados textos do Alcorão e o nome de Alá 28.000 vezes (em letras douradas). Era transmitido de pai para filho pelos membros da dinastia Otomana, e levando em batalha pelo próprio sultão, ou por algum representante seu designado especialmente para isto.
Bibliografia |
- Deringil, Selim. "Legitimacy Structures in the Ottoman State: The Reign of Abdulhamid II (1876-1909), International Journal of Middle East Studies, Vol. 23, No. 3 (August, 1991).
- Haddad, Mahmoud. "Arab Religious Nationalism in the Colonial Era: Rereading Rashid Rida's Ideas on the Caliphate", Journal of the American Oriental Society, Vol. 117, No. 2 (April, 1997).
- Kedourie, Elie. "The End of the Ottoman Empire", Journal of Contemporary History, Vol. 3, No. 4 (October, 1968).
- Lewis, Bernard. "The Ottoman Empire and Its Aftermath", Journal of Contemporary History, Vol. 15, No. 1 (January, 1980).