Camisas negras






Logotipo da Camisas negras (1941)


A Milícia Voluntária para a Segurança Nacional foi um grupo paramilitar da Itália fascista que mais tarde passou a ser uma organização militar. Devido a cor de seu uniforme, seus membros ficaram conhecidos como camisas negras (em italiano: camicie nere).



Os camisas negras italianos |


Provavelmente inspirado pelos camisas-vermelhas de Garibaldi, sua atividade está enquadrada a partir do período entre-guerras até o fim da Segunda Guerra Mundial. O termo é aplicado a diferentes grupos que imitavam o uniforme, como os blackshirts da União Britânica de Fascistas e a SS do partido nazista alemão.


Os camisas negras foram organizados por Benito Mussolini como uma violenta ferramenta militar do seu movimento político.[1] Os fundadores foram intelectuais nacionalistas, ex-oficiais militares, membros especiais dos Arditi e jovens latifundiários que se opunham aos sindicatos de trabalhadores e camponeses do meio rural. Seus métodos tornaram-se cada vez mais violentos a medida que o poder de Mussolini aumentava, e usaram da violência, intimidação e assassinatos contra opositores políticos e sociais. Entre seus componentes, que formavam um grupo muito heterogêneo, incluíam-se criminosos e oportunistas em busca da fortuna fácil.



Grupos similares |


Seu ethos e uniformes foram imitados por outros que compartilhavam da ideologia fascista, como os nazis alemães, que reservaram o preto para guarda pessoal de Hitler (Schutzstaffel ou SS) e escolheram as camisas pardas para as SA] (Sturmabteilung), de função similar às camisas negras italianas. Na Inglaterra, sir Oswald Mosley também escolheu o preto para a sua União Britânica de Fascistas.[2][3]William Dudley Pelley, por outro lado usou a alcunha de Camisas Prateadas (Silver Shirts) para sua Legião Prateada da América, nos Estados Unidos.


Os integralistas brasileiros de Plínio Salgado foram chamados de camisas verdes, já os membros da Falange Espanhola de José Antonio Primo de Rivera receberam a alcunha de camisas azuis, assim como os Camisas Azuis da Irlanda (liderados por Eoin O'Duffy e o seu Army Comrades Association), os camisas azuis canadenses (da Canadian National Socialist Unity Party), os camisas azuis franceses (associados ao Solidarité Française e do Parti Franciste), e os chineses da Sociedade dos Camisas Azuis). Já no México houve um movimento fascista com características similares que adotou as camisas douradas.






Referências




  1. Bosworth, R.J.B, Mussolini's Italy: Life Under the Fascist Dictatorship, 1915-1945, Penguin Books, 2005, P. 117


  2. Carroll Quigley, Tragedy and Hope, 1966. p. 619


  3. Richard Griffiths, Fellow Travellers of the Right: British Enthusiasts for Nazi Germany. London: Constable, 1980. p.52 The names are from MI5 Report. 1 August 1934. PRO HO 144/20144/110. (citado em Thomas Norman Keeley Blackshirts Torn: inside the British Union of Fascists, 1932- 1940 p.26) (Acessado em 16 de março de 2015)








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