Império Máuria



























































Império Máuria

Império Maurya • मौर्य साम्राज्य








322 a.C.185 a.C. 


Maurya Empire, c.250 BCE 2.png
Mapa do Império Máuria em sua maior extensão, c.250 a.C.

Coordenadas de Pataliputra

25° 36' N 85° 7' E
Continente

Ásia
Região

Subcontinente indiano
Capital

Pataliputra
Países atuais

 Afeganistão
Bangladesh Bangladeche
 Índia
 Irão
Flag of Nepal.svg Nepal
Paquistão

Idiomas

línguas índicas antigas, nomeadamente prácrito, magádi e sânscrito
Religiões

hinduísmo
budismo
jainismo
ajivika
Moeda
pana


Forma de governo

monarquia absoluta
Imperador













•  322-298 a.C.   Chandragupta
•  187-185 a.C.   Briadrata

Período histórico

Antiguidade













•  322 a.C.   Derrota do Império Nanda por Chandragupta
•  185 a.C.   Assassinato de Briadrata

Área




 • 250 a.C.   5 000 000 km²



O Império Máuria ou Mauria (em sânscrito: मौर्य साम्राज्य; transl.: Maurya sāmrājya) foi um poderoso Estado geograficamente extenso da Idade do Ferro da Índia, governado pela dinastia Máuria (मौर्य राजवंश) entre 322 a.C. e 185 a.C.. Originário do Reino de Mágada na planície Indo-Gangética (moderna Bihar e Utar Pradexe) no lado oriental do subcontinente indiano, o império tinha sua capital em Pataliputra (moderna Patna).[1][2] O império foi fundado em 322 a.C. por Chandragupta Máuria que tinha derrubado a dinastia do Império Nanda e rapidamente expandiu seu poder para Ocidente através da Índia Central e Ocidental, tomando vantagem das disputas dos poderes locais na esteira da retirada dos exércitos gregos de Alexandre, o Grande. Por 316 a.C., o império tinha ocupado completamente o Noroeste da Índia, derrotando e conquistando os sátrapas deixados por Alexandre.[3] Chandragupta então derrotou a invasão liderada por Seleuco I Nicátor, um general do exército de Alexandre, ganhando territórios adicionais a oeste do rio Indo.[nt 1]


O Império Máuria foi um dos maiores impérios do mundo em sua época,e o maior da história do subcontinente indiano. Em sua maior extensão, o império se estendia do norte ao longo das fronteiras naturais do Himalaia, para o leste em Assam, para o oeste além do moderno Paquistão e nas montanhas Indocuche do que é hoje o Afeganistão. O império foi expandido para as regiões Central e sul da Índia[nt 2][nt 3] pelos imperadores Chandragupta e Bindusara, mas excluiu uma pequena porção de regiões tribais e florestadas próximas a Calinga (moderna Orissa), até ser conquistado por Asoca.[nt 4] Declinou ca. 50 anos após o reinado de Asoca terminar, e se dissolveu em 185 a.C. com a fundação do Império Sunga em Mágada por Pusiamitra Sunga.[12]


Sob Chandragupta e seus sucessores, as atividades econômicas como o comércio interno e externo e agricultura prosperaram e e se expandiram através da Índia graças a criação de um único e eficiente sistema de finanças, administração e segurança. Após a Guerra de Calinga, o império experimentou quase meio século de paz e segurança sob Asoca. A Índia Máuria também gozou uma era de harmonia social, transformação religiosa e expansão das ciências e do conhecimento. A adesão de Chandragupta Máuria ao jainismo aumentou a reforma e renovação social e religiosa através de sua sociedade, enquanto a adesão de Asoca ao budismo tem sido considerado como a fundação do reino de paz e não-violência política e social através de toda a Índia. Asoca patrocinou a difusão dos ideais budistas no Seri Lanca, no Sudeste e Sudoeste Asiático e na Europa Meridional.[3]


A população do império foi estimada em cerca. 50 - 60 milhões fazendo o Império Máuria um dos impérios mais populosos da Antiguidade.[13] Arqueologicamente, o período máuria na Ásia Meridional coincide com o período tardio da cerâmica preta polida do Norte (CPPN; 300-100 a.C.).[14] O Artaxastra[nt 5] e os Éditos de Asoca são as principais fontes de registros escritos nos tempos máuria.[16] O Capitel do Leão de Asoca em Saranate foi feito o emblema nacional da Índia.[17]


Notas




  1. Seleuco cedeu os territórios de Aracósia (moderna Candaar), Gedrósia (moderno Baluchistão) e Paropâmiso (ou Gandara). Ária (atual Herate) "tendo sido erradamente incluída na lista de satrapias cedidas por alguns estudiosos [...] com base em avaliações equivocadas da passagem de Estrabão [...] e uma avaliação de Plínio, o Velho".[4] Seleuco "deve [...] ter mantido Ária", e além disso, seu "filho Antíoco foi ativo lá 15 anos depois".[5]


  2. Seri Lanca e as porções mais meridionais da Índia (moderna Tamil Nadu e Querala) permaneceram independentes, apesar da influência diplomática e cultural de seu vizinho ao norte.[6][7]


  3. Se pensava que o império tinha controlado diretamente muito do subcontinente indiano exceto o extremo sul, mas as suas regiões centrais são agora pensadas como tendo sido separadas por grandes regiões tribais (especialmente na península do Decão) que foram relativamente autônomas.[8][9] "A maior parte do Decão foi governada pela [administração máuria]. Mas na faixa de terra em ambas as margens do Narmada, o Godavari e o alto Maanadi, havia, com toda a probabilidade, certas áreas que estava tecnicamente fora dos limites do império propriamente. Asoca evidentemente desenha uma distinção entre as florestas e as tribos que estão nos domínios (vijita) e os povos na fronteira (anta avijita) em benefício de quem alguns éditos especiais foram emitidos. Certas tribos vassalas são especialmente mencionadas."[10]


  4. Calinga foi conquistada durante o Império Nanda, mas subsequentemente tornou-se livre até ser reconquistada por Asoca, ca. 260 a.C..[11]


  5. É duvidoso se, na sua forma atual, [o Artaxastra] é tão antigo quanto o tempo do primeiro Máuria", um vez que provavelmente contém camadas de texto variando dos tempos máuria até tão tarde quanto o século II d.C. No entanto, "através de um trabalho comparativo posterior, ele pode ser usado [...] para confirmar e complementar a informação recolhida de fontes anteriores."[15]



Referências




  1. Kulke 2004, p. xii, 448.


  2. Thapar 1990, p. 384.


  3. ab «The Mauryas: Chandragupta» (em inglês). Consultado em 11 de julho de 2014 


  4. Raychaudhuri 1996, p. 594.


  5. Grainger 2014, p. 109.


  6. Schwartzberg 1992, p. 18.


  7. Kulke 2004, p. 68.


  8. Kulke 2004, p. 68-71.


  9. Stein 1998, p. 74.


  10. Raychaudhuri 1996, p. 275-276.


  11. Raychaudhuri 1996, p. 204-209; 270-271.


  12. Jaguaribe 2001, p. 78.


  13. Boesche 2003, p. 11.


  14. Olivette 2006, p. 33.


  15. Raychaudhuri 1996, p. 246-247.


  16. Boesche 2003, p. 16.


  17. «State Emblem» (em inglês). Consultado em 11 de julho de 2014. Arquivado do original em 3 de março de 2016 



Bibliografia |





  • Boesche, Roger (2003). The First Great Political Realist: Kautilya and His Arthashastra. Lanham-Seabrook, Boulder, Nova Iorque e Oxford: Lexington Books. ISBN 9780739106075 


  • Grainger, John D. (2014). Seleukos Nikator: Constructing a Hellenistic Kingdom. Londres: Routledge 


  • Jaguaribe, Hélio (2001). Um estudo crítico da história, Volume 2. Rio de Janeiro: Paz e Terra 


  • Kulke, Hermann; Rothermund, Dietmar (2004). A History of India. Londres: Routledge. ISBN 0-415-32920-5  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  • Olivette, Patrick (2006). Between the Empires : Society in India 300 BCE to 400 CE: Society in India 300 BCE to 400 CE. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0199775079 


  • Raychaudhuri, H. C.; Mukherjee, B. N. (1996). Political History of Ancient India: From the Accession of Parikshit to the Extinction of the Gupta Dynasty. Oxford: Oxford University Press  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  • Schwartzberg, J. E. (1992). A Historical Atlas of South Asia. Oxford: Oxford University Press 


  • Stein, Burton (1998). A History of India. Oxford: Wiley-Blackwell 


  • Thapar, Romila (1990). A History of India, Volume 1. Nova Déli e Londres: Penguin Books. ISBN 0-14-013835-8 





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