Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul






Prédio do Instituto


O Instituto de Artes é uma unidade de ensino da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sua sede está na rua Senhor dos Passos, 248, em Porto Alegre.




Índice






  • 1 Histórico


    • 1.1 Atualidade




  • 2 Professores ilustres


    • 2.1 Artes Plásticas / Artes Visuais


    • 2.2 Música


    • 2.3 Teatro




  • 3 Professores do Departamento de Artes Visuais


  • 4 Ver também


  • 5 Notas


  • 6 Bibliografia


  • 7 Ligações externas





Histórico |


O Instituto Livre de Belas Artes do Rio Grande do Sul nasceu em 22 de abril de 1908 por iniciativa do Presidente do Estado, Carlos Barbosa, através de seu instrumento fundador e primeiro Presidente, o médico Olinto de Oliveira, e com o apoio de 65 Comissões Regionais do Rio Grande do Sul, sendo regido por uma Comissão Central. Foi um passo importante num "projeto civilizatório destinado à conquista da autonomia no campo simbólico estadual", numa época em que "Porto Alegre reforçava a sua posição de liderança regional" e sanava assim parte das deficiências culturais sentidas durante o Império, "num verdadeiro projeto compensatório civilizatório regional republicano" que envolveu a criação de outras instituições de ensino avançado no estado espelhando movimento semelhante em outras partes do país. [1]. Apesar deste projeto invocar o apoio de toda comunidade gaúcha, pouco foi conseguido de início e os recursos humanos e materiais permaneceram escassos [2].




Francis Pelichek: Retrato de Olinto de Oliveira, 1927. Pinacoteca Barão de Santo Ângelo


Em julho de 1909 este Instituto criou o seu Conservatório de Música, dirigido pelo próprio Presidente do IBA, Olinto de Oliveira, com os cursos básico, fundamental e superior de "theoria da musica, a composição e a música vocal e instrumental" conforme o seu estatuto. Em 10 de fevereiro de 1910 foi a vez da criação da Escola de Artes, tendo como primeiro diretor Libindo Ferrás, que até 1936 contou com o auxílio estável apenas de Francis Pelichek na ministração dos cursos da Escola, mas contou com voluntários e contratados temporários. Apesar de uma variedade de disciplinas estar prevista desde o início, Libindo só paulatinamente pôde introduzí-las na prática. Iniciou com o curso de Desenho (Desenho Geométrico, Perspectiva e Sombras e Desenho de Anatomia Artística), remetendo a professores independentes as disciplinas de Desenho Figurado. Depois instituiu as demais cadeiras, como Modelo Vivo em 1918, e Pintura em 1926.


Em 1915 a dotação orçamentária foi aumentada por Borges de Medeiros, possibilitando uma melhoria nas condições gerais de funcionamento da instituição. Depois da aposentadoria de Olinto de Oliveira como Presidente em 1930, o Instituto foi um dos seis cursos superiores que formaram, em 1934, a Universidade de Porto Alegre (UPA). Após breve interregno, assumiu em 1936 a direção executiva do IBA Tasso Corrêa, que viria a imprimir uma linha de ação diferente, que se orientava pelos decretos que governavam o novo sistema universitário brasileiro e que era "radicalmente distinto do modelo do estatuto da Comissão Central (...) evidenciando que o tempo dos amadores de arte havia terminado e que viera a competência dos profissionais da arte. (...) O idealismo e abnegação da antiga Comissão Central foram substituídos pelo profissionalismo e pelos gestos codificados em novos manuais do administrador da universidade getulhista. (...) Nesse espaço, qualquer expressão de autonomia do artista, não só era vista com desconfiança, mas também como um desafio ao poder político institucional." [3]. Neste mesmo ano a Escola de Artes do Instituto passou a ser chamada de Curso de Artes Plásticas (CAP), sendo introduzidas novas disciplinas como Modelagem e a Escultura e reforçando com novos profissionais as de Desenho, Artes gráficas, História da Arte e Estética.




Sala de Escultura em 1915




Aula de Anatomia em 1928, dirigida por Libindo Ferrás


Nesta época iniciou uma maior participação discente com a formação de um Grêmio Estudantil e o ensino se caracterizava por aulas de freqüência livre com o esforço docente se concentrando na preparação dos alunos para as bancas de fim de ano, regidas por artistas convidados. A administração de Tasso Corrêa (1936-1958), que extinguiu os cargos de diretores da Escola de Artes e do Conservatório de Música que pertenciam respectivamente ao Presidente e ao Vice-presidente da Comissão Central, concentrando em si como Diretor do IBA todo o poder administrativo, "consagrou-o como líder inconteste do Instituto e o projetou ao primeiro plano entre as instituições nacionais voltadas para a arte no Brasil." [4] O currículo que ele implantou em 1939, apenas para graduação, sem licenciatura, perdurou em vigor até 1965. [5]


O Instituto foi desvinculado da UPA em 1939, por falta de reconhecimento federal e de instalações adequadas. O reconhecimento dos cursos superiores de Música e de Artes Plásticas ocorreu em 1941, e logo depois foi lançada uma campanha para construção de uma nova sede, mais conforme à instituição que crescia. Sendo insuficiente o valor arrecadado, quatro professores hipotecaram os seus bens pessoais para garantir o empréstimo junto ao banco financiador, conseguindo a conclusão do edifício em 1943.


No ano seguinte foi criado o curso de Arquitetura e em 1947 o de Urbanismo, reunidos em 1952 na nova Faculdade de Arquitetura. Em 1957 surgiu o curso de Arte Dramática, vinculado à Faculdade de Filosofia, depois transformado em Centro de Arte Dramática.


A reincorporação à Universidade, agora a UFRGS, se deu por decreto de 1962, ampliando-se o quadro docente e reorganizando os serviços administrativos. Em 1968 sua administração foi dividida em três Departamentos: Artes Cênicas, Artes Visuais e Música, o que permanece até o presente.



Atualidade |


Nas décadas de 80 e 90 foram estruturados os cursos de mestrado e doutorado em Música e Artes Visuais, o mesmo ocorrendo em 2006 com as Artes Cênicas. Acompanhando a evolução estética e técnica nas artes, é uma política do atual IA estimular a pesquisa e as iniciativas inovadoras no campo teórico e prático, com o auxílio de equipamentos modernos como os laboratórios de produção de vídeo digital, de computação gráfica e multimídia, e de música eletrônica. Também há investimentos no ensino à distância, uma área em rápido crescimento.



Professores ilustres |



Artes Plásticas / Artes Visuais |



  • Libindo Ferrás

  • João Fahrion

  • Francis Pelichek

  • Ado Malagoli

  • Aldo Locatelli

  • Alice Soares

  • Ângelo Guido

  • Fernando Corona

  • Benito Castañeda

  • Joseph Franz Seraph Lutzenberger

  • Luís Maristany de Trias

  • Oscar Boeira

  • Eugenio Latour

  • Nayá Corrêa dos Santos



Música |



  • José de Araújo Vianna

  • Léo Schneider

  • Guilherme Fontainha

  • Armando Albuquerque

  • Bruno Kiefer

  • Antonio Carlos Borges-Cunha

  • Celso Loureiro Chaves

  • Hubertus Hofmann

  • Max Brückner

  • Tasso Corrêa



Teatro |



  • Ines Marocco

  • Ivo Bender

  • Luiz Arthur Nunes

  • Mirna Spritzer

  • Graça Nunes

  • Sérgio Silva

  • Maria Helena Lopes

  • Irion Nolasco

  • Luiz Paulo Vasconcelos

  • Sandra Dani

  • Maria Lúcia Raimundo



Professores do Departamento de Artes Visuais |


Adolfo Luis Schedler Bittencourt


Adriane Hernandez


Alberto Marinho Ribas Semeler


Alexandre Ricardo dos Santos


Alfredo Nicolaiewsky


Ana Maria Albani de Carvalho


Andrea Hofstaetter


Bianca Knaak


Blanca Brites


Carlos Augusto Nunes Camargo


Celso Vitelli


Cláudia Vicari Zanatta


Daniela Pinheiro Machado Kern


Eduardo Ferreira Veras


Eduardo Figueiredo Vieira da Cunha


Elaine Athayde Alves Tedesco


Elida Starosta Tessler


Evelise Anicet Ruthschilling


Felix Bressan


Flávio Roberto Gonçalves


Helena Araújo Rodrigues Kanaan


Hélio Custódio Fervenza


Joana Bosak de Figueiredo


Katia Maria Paim Pozzer


Laura Gomes de Castilhos


Lenora Lerrer Rosenfield


Luís Edegar de Oliveira Costa


Luiz Antônio Carvalho da Rocha


Luiz Eduardo Robinson Achutti


Maria Cristina Villanova Biasuz


Maria Ivone dos Santos


Marilice Villeroy Corona


Maristela Salvatori


Mônica Zielinsky


Niura Aparecida Legramante Ribeiro


Paola Basso Menna Barreto Gomes Zordan


Paula Mastroberti


Paula Viviane Ramos


Paulo Antônio de Menezes Pereira da Silveira


Paulo Cesar Ribeiro Gomes


Rodrigo Núñez


Sandra Terezinha Rey


Teresa Sousa Poester


Teresinha Barachini (Tetê Barachini)


Umbelina Maria Duarte Barreto



Ver também |



  • Pinacoteca Barão de Santo Ângelo

  • História da música erudita em Porto Alegre

  • Pintura no Rio Grande do Sul

  • Instituto de Artes

  • Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais



Notas |





  1. Simon:2006, 77-79


  2. Simon:2006, 134 ss


  3. Simon:2006, 149 ss


  4. Simon:2006, 309


  5. Simon:2006: 343




Bibliografia |


  • Simon, Círio. Origens do Instituto de Artes da UFRGS... etc. Porto Alegre: PUC-RS, 2006.[1][ligação inativa]


Ligações externas |



  • UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

  • Instituto de Artes - UFRGS































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