Eleição presidencial no Brasil em 2002
1998 ← → 2006 | ||||
27 de outubro de 2002 Segundo Turno | ||||
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Candidato(a) | Luiz Inácio Lula da Silva | José Serra | ||
Partido | PT | PSDB | ||
Natural de | Pernambuco | São Paulo | ||
Vice | José Alencar (PL) | Rita Camata (PMDB) | ||
Vencedor em | 25 estados + DF | 1 estado | ||
Votos | 52 793 364 | 33 370 739 | ||
Porcentagem | 61,27% | 38,73% | ||
A eleição presidencial brasileira de 2002 ocorreu em dois turnos. O primeiro aconteceu em 6 de outubro de 2002 e o segundo, no dia 27 do mesmo mês. Após três tentativas frustradas, Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), conseguiu eleger-se presidente com quase 53 milhões de votos, tornando-se o segundo presidente mais votado do mundo, atrás apenas de Ronald Reagan na eleição estadunidense de 1984.[1]
Índice
1 Contexto histórico
2 Definição das candidaturas
3 Candidatos à presidência
4 Resultados
4.1 Primeiro turno
4.2 Segundo turno
4.3 Resumo das Eleições
5 Referências
6 Ligações externas
Contexto histórico |
Durante o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), uma grave crise econômica acometeu o Brasil[2]. Iniciando-se logo após as eleições de 1998 como uma crise cambial, ela resultou em queda na taxa de crescimento, desemprego e aumento da dívida pública. Numa conjuntura de desconfiança e incerteza para investimentos, muitos investidores temiam as medidas a serem tomadas por um candidato de esquerda caso este viesse a ganhar a eleição. De fato, aconteceu de Lula (PT) ascender nas pesquisas de intenção de voto e o chamado risco Brasil, índice que mede a confiança dos investidores no país, subir. Foi adotado então por alguns economistas e comentaristas políticos o termo "risco Lula", indicando que se este candidato viesse a ganhar a eleição, a economia do país poderia falir. Lula viu-se obrigado a assinar um texto, que ficou conhecido como Carta aos Brasileiros, prometendo que, caso ganhasse a disputa, não tomaria medidas que representassem grandes mudanças na política econômica brasileira, o que decepcionou setores da esquerda brasileira.
Definição das candidaturas |
Durante meses, foi travada uma intensa batalha nos bastidores para definir o candidato oficial do governo. No partido do então presidente, a disputa envolveu o ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati, e o então ministro da Saúde, José Serra, sendo que este último prevaleceu na disputa. O ministro da educação, Paulo Renato de Souza, também esboçou uma candidatura, mas acabou desistindo a favor de Serra. O ministro da Fazenda Pedro Malan chegou a ser cogitado, mas foi descartado depois do veto de Mário Covas.
O presidente FHC chegou a declarar que Tasso poderia ser o "melhor candidato", porém o ministro Serra seria um "melhor presidente", principalmente após as críticas feitas pelo governador cearense contra a política econômica do Governo FHC no Fórum Econômico Mundial em Davos[3].
Enquanto o pré-candidato Tasso defendia a realização de prévias e maior aliança com ACM e com o PFL na disputa pela Presidência do Senado e da Câmara, o pré-candidato Serra formava um grupo governista junto ao PMDB que conseguiu importantes vitórias nas disputas pela presidência das Casas legislativas. Serra teria ajudado a reconduzir o senador cearense Sérgio Machado como líder do PSDB no Senado, sendo que Machado já era na época considerado um adversário de Tasso na política cearense[3]. Enquanto Tasso engajou-se pessoalmente na eleição de Antônio Carlos Magalhães para presidente do Senado, o ministro Serra - em conjunto com o Presidente FHC - apoiou o candidato Jader Barbalho do PMDB[4].
Em dezembro do ano 2000, a Folha de S.Paulo apontou Tasso como o candidato favorito de Antônio Carlos Magalhães, do PFL, e também como o candidato apoiado pelo governador de São Paulo, Mário Covas (que teria sido pré-candidato antes de descobrir o retorno do câncer) enquanto Serra seria o preferido do presidente Fernando Henrique Cardoso e também do PMDB[5][6]. Tasso era visto como o governador que venceu o coronelismo do Ceará e seria opção de uma agenda mais liberal diante das ideias mais à esquerda do outro pré-candidato, José Serra[7].
Pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Itamar Franco, ex-presidente e então governador de Minas Gerais, foi cotado como candidato, mas havia bastante resistência de grupos de seu próprio partido por verem Itamar como oposicionista ao governo FHC e isto inviabilizou uma possível candidatura de sua parte. A cúpula nacional do partido preferia que o candidato fosse alguém aliado ao governo federal. Os principais cotados eram o senador Pedro Simon e o ex-presidente da Câmara Michel Temer[8]. O PMDB acabou coligando-se com o PSDB e ocupou a vaga de vice na chapa com a deputada federal capixaba Rita Camata.
O Partido da Frente Liberal (PFL),que fazia parte da base aliada do governo federal, tinha na então governadora do Maranhão, Roseana Sarney, uma candidata muito forte. Roseana chegou a esbarrar em Lula nas primeiras pesquisas de intenção de voto. Entretanto, Roseana viu-se obrigada a desistir da disputa após a deflagração da Operação Lunus pela Polícia Federal revelar supostos esquemas de corrupção envolvendo o governo maranhense na empresa de seu marido. O delegado responsável pela operação foi flagrado enviando um fax para o Palácio da Alvorada, o que trouxe a suspeita de que a operação foi gerada pela equipe do presidente para enfraquecer uma possível candidatura da governadora e, consequentemente, favorecer Serra, o candidato de seu partido[9]. Serra nega veementemente esta hipótese até hoje[10]. Os grandes nomes do PFL acabaram por apoiar Serra. Após isso, o clã Sarney passou a apoiar Lula. Roseana viria a ser uma das principais líderes do governo Lula no Senado Federal.
Após três tentativas frustradas, o PT lançou Lula mais uma vez à presidência. Assim como nas eleições anteriores, seu nome não sofreu muita resistência dentro do PT. Lula venceu o senador Eduardo Suplicy, por uma vantagem de 84,4% nas prévias do partido.[11] Entretanto, esta foi a primeira vez que Lula precisou disputar prévias para sair candidato pela legenda. Ao contrário das outras eleições, o PT se coligou com partidos mais conservadores, como o Partido Liberal (PL) e o Partido da Mobilização Nacional (PMN). Também obteve o apoio de grupos ligados a outros partidos conservadores, como o Partido Progressista (PP), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o PMDB, onde obteve, entre outros, apoio do grupo ligado à família Sarney, conforme afirmado acima. Entretanto, deve-se notar que, ao mesmo tempo, os dois partidos auto-denominados comunistas do país (PCB e PCdoB) fizeram parte da coligação que elegeu Lula presidente. O governo Lula tomaria medidas que foram definidas como lulismo, aliando interesses conservadores e progressistas, o que decepcionaria setores mais fiéis à esquerda e causaria o rompimento do grupo ligado à senadora Heloísa Helena com o PT, que formaria o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)[12][13].
Assim como na eleição anterior, o Partido Popular Socialista (PPS) lançou à presidência Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, que já havia passado por PDS, PMDB e PSDB durante sua trajetória política. Ciro havia ganhado notoriedade algum tempo antes das eleições graças ao relacionamento extraconjugal que mantivera com a atriz Patrícia Pillar. Mais tarde, divorciou-se de Patrícia Saboya e se casou com Pillar. Em dezembro do ano anterior às eleições, a atriz foi diagnosticada com câncer de mama, mas mesmo assim acabou sendo uma figura importante da campanha do marido, aparecendo com a cabeça raspada em quase todos os programas eleitorais na televisão. A coligação de Ciro, por incluir os dois maiores partidos do país auto-intitulados defensores do trabalhismo (PDT e PTB), foi chamada de "Frente Trabalhista". Tasso Jereissati, preterido em seu partido, apoiou Ciro, seu afilhado político. Apesar de criticas rancorosas no primeiro turno, Ciro apoiou Lula no segundo e, mais tarde, foi o responsável pela pasta de Integração Nacional durante o primeiro mandato deste.
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) lançou à presidência o então governador do Rio de Janeiro, Antony Garotinho, recém-saído do PDT e que havia começado sua trajetória política no PT. Esta foi a primeira vez em treze anos que o PSB não se coligou com o PT e o PCdoB ao redor do nome de Lula. A coligação foi composta pelos pequenos partidos PTC (antigo PRN, que elegeu Fernando Collor de Mello em 1989) e PGT (que mais tarde seria incorporado ao PL). No segundo turno, Garotinho primeiramente hesitou, mas, sofrendo pressão de outros membros dos partidos de sua coligação, acabou declarando apoio a Lula. No ano seguinte às eleições, Garotinho trocou o PSB pelo PMDB, tendo permanecido nem quatro anos na legenda e utilizando-a apenas com claros propósitos eleitorais. No novo partido, se tornou ferrenho opositor do governo Lula, chegando a declarar que o presidente é um "desgraçado"[14]. Entretanto, após ficar isolado com a eleição de Sérgio Cabral para o governo do Rio, acabou se aliando a Lula mais uma vez[15].
Entre os partidos pequenos, o Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA), apesar de ter conseguido o terceiro lugar na disputa pela presidência de 1994 com Enéas Carneiro, decidiu não lançar a candidatura deste. Ao invés disso, Carneiro concorreu para deputado federal por São Paulo e acabou se tornando o mais votado da história do país para o cargo. Duas dissidências do PT, o Partido da Causa Operária (PCO) e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), lançaram Rui Costa Pimenta e José Maria de Almeida, seus principais nomes, respectivamente, para a disputa.
Candidatos à presidência |
Nota: a tabela a seguir está organizada por ordem alfabética de candidatos.
Candidato(a) | Último cargo político | Partido e número | Candidato(a) a vice | Coligação | ||
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Anthony Garotinho | Governador do Rio de Janeiro (1999–2002) | PSB — 40 | José Antônio Figueiredo (PSB) | Brasil Esperança (PSB, PGT, PTC, PSC) | ||
Ciro Gomes | Ministro da Fazenda do Brasil (1994–1995) | PPS — 23 | Paulinho da Força (PTB) | Frente Trabalhista (PPS, PTB, PDT) | ||
José Serra | Ministro da Saúde do Brasil (1998–2002) | PSDB — 45 | Rita Camata (PMDB) | Grande Aliança (PSDB, PMDB)[a] | ||
Luiz Inácio Lula da Silva | Deputado federal por São Paulo (1987–1991) | PT — 13 | José Alencar (PL) | Lula Presidente (PT, PL, PCdoB, PMN, PCB)[b] | ||
Rui Costa Pimenta | — | PCO — 29 | Pedro Paulo Pinheiro (PCO) | — | ||
Zé Maria | — | PSTU — 16 | Dayse Oliveira (PSTU) | — |
a.↑ No segundo turno, a coligação de Serra foi composta por PSDB, PMDB, PFL, PPB, PSL, PTN, PSDC, PRTB, PSD, PRP, PAN, e PTdoB.
b.↑ Apoio informal em alguns estados do PMDB, por partidários não satisfeitos com o apoio formal do partido a Serra. No segundo turno, a coligação de Lula foi composta por PT, PL, PCdoB, PPS, PDT, PTB, PSB, PGT, PSC, PTC, PV, PMN, PHS e PCB.
Resultados |
Primeiro turno |
No primeiro turno, Lula obteve quase 40 milhões de votos, entretanto, não foi o suficiente para uma vitória em primeiro turno, uma vez que esse total não representou 50% mais um voto do total de votos válidos. O resultado da eleição acabou sendo prorrogado para um segundo turno, o primeiro desde o pleito de 1989, quando Lula também foi um dos candidatos no segundo turno. O petista talvez não tenha atingido os votos necessários um vitória em primeiro turno devido ao alto índice de votação atingido por Garotinho (que obteve mais de 15 milhões de votos em todo o país) no Rio e Ciro (que obteve mais de 10 milhões de votos no total) no Ceará, seus respectivos estados de origem. O Rio é o terceiro maior estado em número de eleitores e o Ceará, o oitavo. Juntos, totalizam mais de 16 milhões de eleitores[16]. Lula sempre havia tido um histórico de boa votação em ambos estados (teve 71% dos votos no Ceará e quase 80% no Rio no segundo turno). Serra, por sua vez, apesar de conseguir ir para o segundo turno, obteve a maioria dos votos apenas no estado de Alagoas[17].
Segundo turno |
No segundo turno, com o apoio dado por Ciro e Garotinho a Lula, Serra ficou isolado na disputa, obtendo a maioria dos votos novamente apenas em Alagoas[18]. Mesmo assim, Serra conseguiu elevar seu número de votos em quase 13 milhões, enquanto Lula elevou em quase 14 milhões, se tornando o segundo presidente mais votado do mundo, atrás apenas de Ronald Reagan nas eleições estadunidenses de 1980. Em 2004, Lula caiu para a terceira posição com a reeleição de George W. Bush.
Resumo das Eleições |
Candidato(a) | Vice | 1º turno 6 de outubro de 2002 | 2º turno 27 de outubro de 2002 | ||
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Votação Fonte: TSE | |||||
Total | Percentagem | Total | Percentagem | ||
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) | José Alencar (PL) | 39 455 233 | 46,44% | 52 793 364 | 61,27% |
José Serra (PSDB) | Rita Camata (PMDB) | 19 705 445 | 23,19% | 33 370 739 | 38,72% |
Anthony Garotinho (PSB) | José Antonio Figueiredo (PSB) | 15 180 097 | 17,86% | ||
Ciro Gomes (PPS) | Paulo Pereira da Silva (PTB) | 10 170 882 | 11,97% | ||
José Maria de Almeida (PSTU) | Dayse Oliveira (PSTU) | 402 236 | 0,47% | ||
Rui Costa Pimenta (PCO) | Pedro Paulo de Abreu (PCO) | 38 619 | 0,04% | ||
Total de votos válidos | 84 952 512 | 89,61% | 86 164 103 | 94,00% | |
→ Votos em branco | 2 873 720 | 3,03% | 1 727 760 | 1,89% | |
→ Votos nulos | 6 976 107 | 7,36% | 3 772 138 | 4,11% | |
Total | 94 804 126 | 82,26% | 91 664 259 | 79,53% | |
Abstenções | 20 449 987 | 17,74% | 23 589 188 | 20,47% | |
Total de inscritos | 115 254 113 | 100,00% | 115 254 113 | 100,00% | |
Relação da população nacional ao total de votos válidos | 181 045 591 | 46,92% | 181 045 591 | ~47,59% | |
Relação da população nacional ao total de inscritos | 181 045 591 | 63,66% | 181 045 591 | ~63,66% |
Eleito
Referências
↑ «Notícias ≈ Hamilton Pereira». www.hamiltonpereira.org.br. Consultado em 20 de abril de 2012
↑ «Correio Braziliense». web.archive.org. Consultado em 20 de abril de 2012. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2002
↑ ab «Folha de S.Paulo - Rumo a 2002: Tasso se reúne com Covas e prepara reação anti - Serra». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 30 de outubro de 2016
↑ «Folha de S.Paulo - Candidato de Covas, Tasso reage ao PMDB - 10/12/2000». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 30 de outubro de 2016
↑ «Folha de S.Paulo - Brasília: Eliane Cantanhêde: Covas dá as cartas - 10/12/2000». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 30 de outubro de 2016
↑ «Folha de S.Paulo - Rumo a 2002: Para Temer, Serra é candidato dos aliados - 10/12/2000». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 30 de outubro de 2016
↑ «Folha Online - Brasil - Análise: Tasso Jereissati tenta ganhar tempo - 21/11/2001». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 30 de outubro de 2016
↑ «Folha de S.Paulo - Para barrar Itamar, PMDB governista quer boicotar prévia - 15/11/2001». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 30 de outubro de 2016
↑ FORTES, Leandro. "Polícia para quem precisa". Revista do Brasil. Edição número 27. Agosto de 2008.
↑ «Folha Online - Colunas - Brasília Online - Serra, Aécio e Dilma batalham pelo PMDB - 14/12/2008». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 20 de abril de 2012
↑ «Lula vence prévia com folga e campanha do PT deve ganha fôlego». Uol Notícias. 20 de março de 2002. Consultado em 21 de setembro de 2015. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2015
↑ «lula_presidente - Lula e a socialdemocracia no Brasil - 28/10/2002». web.archive.org. Consultado em 20 de abril de 2012. Cópia arquivada em 25 de dezembro de 2007
↑ «Nildo Viana: Brasil: O Governo Lula ou as ilusões perdidas». www.lainsignia.org. Consultado em 20 de abril de 2012
↑ «Garotinho chama presidente de "desgraçado"». Os Amigos do Presidente Lula - osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br. Consultado em 20 de abril de 2012
↑ «Folha Online - Brasil - Garotinho muda de lado e defende apoio incondicional ao governo Lula - 11/03/2007». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 20 de abril de 2012
↑ «<< Politicall.com». web.archive.org. Consultado em 20 de abril de 2012. Cópia arquivada em 17 de maio de 2007
↑ «Lula vence em todos os Estados, menos em Alagoas». Folha de São Paulo. 28 de outubro de 2002. Consultado em 1 de novembro de 2017
↑ «Eleições 2002». noticias.terra.com.br. Consultado em 20 de abril de 2012
Ligações externas |
- Folha Online - Eleições 2002
- Folha Online - apuração por estado na eleição presidencial Título não preenchido, favor adicionar
Folha Online - resultado das eleições dos governadores por estado Título não preenchido, favor adicionar]- Candidatos a vice na disputa presidencial de 2002
- ISABEL VERSIANI, Modelo de transição favorece biografia de FHC, Folha Online, 27 de outubro de 2002