Torre de Hércules
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Património Mundial da UNESCO | ||||
Torre de Hércules | ||||
País | Espanha | |||
Critérios | iii | |||
Referência | 1312 en fr es | |||
Coordenadas | ||||
Histórico de inscrição | ||||
Inscrição | 2009 (33.ª sessão) | |||
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial. |
Coordenadas | 43° 23′ 09″ N, 8° 24′ 23″ O |
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Banhado por | Oceano Atlântico |
Endereço | Corunha Espanha |
Localização | Corunha, Espanha |
Período de construção | II século |
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Estatuto patrimonial | Bem de Interesse Cultural (1931) Património Mundial (2009) |
Altura | 49 m |
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Altura focal | 106 m |
Marches | 235 |
Alcance luz | 23 NM |
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Luz característica | Fl(4) W 20s |
№ internacional | D1704 |
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№ da ARLHS | SPA276 |
№ GeoNames | 10281499 |
№ da NGA | 113-2548 |
Online List of Lights | 11944 |
MarineTraffic | 1000007451 |
A Torre de Hércules localiza-se no extremo Norte da península corunhesa, a cerca de 1600 metros do centro da cidade da Corunha, na Galiza, Espanha.
Monumento nacional, é o mais antigo, ilustre e representativo da Corunha, e o elemento principal do seu escudo. É o único farol romano que existe no mundo e que continua a cumprir a sua função.[1]
Índice
1 História
2 Características
3 Lendas
4 Referências
História |
A torre foi construída na cidade de Brigâncio, no século II, durante os mandatos dos imperadores Trajano e Adriano, pelo arquitecto Gaio Sévio Lupo,[2] natural da cidade de Emínio (atual Coimbra) na Lusitânia, e tinha como função servir de farol de navegação.
A torre terá perdido o seu uso marítimo possivelmente durante a Idade Média, quando foi convertida em fortificação.
Em 1682, o duque de Uceda incumbiu o arquitecto Amaro Antune da restauração da estrutura. Este construiu uma escada de madeira que atravessa as abóbadas para a parte superior, onde dispôs as pequenas torres que suportam o farol.
Foi no reinado de Carlos IV de Espanha que ficou completa a sua reconstrução, tendo os trabalhos sido iniciados em 1788. A obra neoclássica terminou em 1791 sob a direcção de Eustaquio Giannini.
Em 27 de junho de 2009 foi classificada como Património da Humanidade pela UNESCO.
Características |
A torre era, antes da reforma, um corpo prismático com base quadrada, apresentando no exterior um muro de pedra com duas portas na parte baixa e janelas assimétricas que chegavam ao piso superior.
Após as reformas, passou a constituir-se numa torre e num farol. De planta quadrada, ergue-se a uma altura de 68 metros. O conjunto é constituído por três corpos: o inferior, de base quadrada com 11,60 metros de largura e 34,60 metros de altura; um intermédio, de menores dimensões, de secção octogonal; e um terceiro, menor ainda, também de secção octogonal, que suporta a construção cilíndrica em vidro que protege a lanterna do farol.
Ao subir os seus 242 degraus, pode-se apreciar a vista panorâmica da linha de costa e do oceano Atlântico.
Lendas |
Há várias lendas locais relacionadas à sua construção. Uma delas conta que Hércules chegou de barco às costas que rodeiam actualmente a torre e que foi, precisamente ali, o lugar onde enterrou a cabeça do gigante Gerião, depois de o vencer em combate.
Gerião, rei de Brigâncio, era um tirano que obrigava os seus súditos a entregarem a metade dos seus bens, incluindo os seus filhos. Um dia decidiram pedir ajuda a Hércules. Este derrotou o rei, enterrou-o, e levantou, à guisa de túmulo, a Torre de Hércules; esta lenda está representada no escudo de Corunha.
Outra lenda, esta de origem Irlandesa e constante do "Livro das Invasões da Irlanda", apontaria Breogán, líder do mítico Povo Milesiano que colonizou a Irlanda, como construtor da alta torre.[3] De acordo com a mesma lenda, Ith, filho de Breogán, teria avistado a Irlanda pela primeira vez do alto da mítica Torre de Breogán.
Referências
↑ Tower of Hercules - UNESCO World Heritage Centre
↑ «Investigaciones sobre la fundación de la torre llamada de Hércules, situada a la entrada del puerto de La Coruña»
↑ QUINTINO, Claudio Crow. O Livro da Mitologia Celta. São Paulo: Hi-Brasil Editora, 2002. p. 49.