Espanha Franquista
Estado Español Estado Espanhol (1936-1947)[1] Reino de España Reino da Espanha (1947-1975)
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Lema nacional Una, Grande y Libre "Uma, Grande e Livre" | |||||
Hino nacional Marcha Real | |||||
Continente | Europa | ||||
País | Espanha | ||||
Capital | Burgos (1936-1938) Madrid (1938-1975) | ||||
Língua oficial | Espanhol | ||||
Governo | Estado autoritário unipartidário franquista (Democracia orgânica)[2] (de facto) Monarquia constitucional parlamentar (de jure) | ||||
Caudillo | |||||
• 1939-1975 | Francisco Franco | ||||
Primeiro-Ministro | |||||
• 1936-1938 (primeiro) | Miguel Cabanellas | ||||
• 1938-1973 | Francisco Franco | ||||
• 1973-1975 (último) | Carlos Arias Navarro | ||||
Legislatura | Cortes Españolas | ||||
Período histórico | II Guerra Mundial Guerra Fria | ||||
• 1 de outubro de 1936 | Estabelecimnto | ||||
• 1 de abril de 1939 | República exilada | ||||
• 6 de julho de 1947 | Lei de Sucessão | ||||
• 16 de dezembro de 1955 | Juntou-se à ONU | ||||
• 1957-1958 | Guerra de Ifni | ||||
• 20 de novembro de 1975 | Morte de Franco | ||||
• 1975 | Início da Transição | ||||
População | |||||
• 1940 est. | 25 877 971 | ||||
• 1975 est. | 35 563 535 | ||||
Moeda | Peseta | ||||
Membro de: ONU (a partir de 1955), OCDE, OSCE |
Espanha Franquista, também regime de Franco,[3]ditadura de Francisco Franco ou ditadura franquista é o período da história da Espanha do governo do generalíssimo Francisco Franco Bahamonde, o caudillo do Estado Espanhol, e ao desenvolvimento do Franquismo, a partir do fim da Guerra Civil Espanhola em 1939 até sua morte e sucessão em 1975. Sua ampla dimensão temporal e a forte presença de Franco em tudo, faz com que muitas vezes seja utilizada a expressão "Era de Franco" para designar o período.[4]
O regime foi formado em 1 de outubro de 1936 por Francisco Franco e o Comitê de Defesa Nacional (uma facção do exército espanhol que se rebelou contra a República). O regime foi entrincheirado sobre a vitória na Guerra Civil Espanhola da coalizão rebelde Nacionales. Junto ao apoio interno, a rebelião de Franco tinha apoio externo da Alemanha Nazista e da Itália fascista, bem como do regime autoritário de António de Oliveira Salazar (Estado Novo Português), enquanto que a Segunda República Espanhola era apoiada cada vez mais pela União Soviética.
Depois de vencer a Guerra Civil Espanhola, o Nacionales haviam estabelecido um estado autoritário de partido único sob a liderança incontestável de Franco.
Na década de 1940, a ditadura militar foi reforçada pela repressão política e económica dos adversários e procedeu a uma política económica baseada na autarquia, causada pela Segunda Guerra Mundial, em que a ditadura franquista teve uma participação favorável a Alemanha nazista por meio do envio da Divisão Azul, um corpo de voluntários que serviu no exército alemão contra a União Soviética. Esta conivência e colaboração com as potências do Eixo, embora feito no âmbito de uma política oficial de não-beligerância, levou ao isolamento internacional após a derrota das mesmas em 1945, promovido pelos Aliados dentro da recém-criada Organização das Nações Unidas.
Na década de 1950, no contexto da Guerra Fria, a posição geográfica da Espanha e sua ditadura militar acabaram se tornando estratégica para os Estados Unidos e seus aliados europeus contra a União Soviética. A aliança da Espanha com os Estados Unidos terminou seu isolamento internacional e abriu a economia. Entretanto, ficou definitivamente para trás das economias das democracias europeias que na guerra mundial tinham sofrido um desastre semelhante ao da Guerra Civil Espanhola.
Nos anos 1960 e início dos anos 1970, o crescimento econômico melhorou significativamente, embora de forma desigual, o padrão de vida da maioria da população, que formou uma classe média até então quase inexistente. O nível de liberdade pessoal e política não aumentou de forma semelhante. Começaram as mobilizações da oposição à ditadura de trabalhadores e estudantes.
Apesar da Espanha ter sido declarada um reino, nenhum monarca foi designado até 1969 com a designação de Franco de Juan Carlos de Borbón como seu herdeiro oficial como Chefe de Estado. Franco planejava que seu primeiro-ministro Luis Carrero Blanco fosse o Chefe de Governo do futuro rei com a intenção de dar continuidade ao regime franquista, mas essas esperanças foram extintas após o seu assassinato em 1973. Franco faleceu em 1975 e Juan Carlos I foi o seu sucessor designado como Chefe de Estado depois de sua morte e jurou respeitar os Princípios do Movimento para a perpetuação da ditadura franquista. No entanto baseou neles para promover o Referendo sobre a Reforma Política. Seu resultado, 94% em favor da reforma, iniciou a transição espanhola para a democracia parlamentar.
Ver também |
- Fascismo
- Franquismo
- Divisão Azul
- Campos de concentração franquistas
Referências
↑ nos tratados internacionais a forma comum para denominar a nação foi Estado Español:
Instrumento de ratificación de España del cuerdo entre el gobierno del Estado Español y el gobierno de la República Popular de Polonia sobre el desarrollo de los intercambios comerciales, la navegación y la cooperación económica, industrial y tecnológica (1974).
Acuerdo entre el gobierno del Estado Español y el gobierno del Reino de Suecia sobre transportes internacionales por carretera (1974).- Instrumentos de Ratificación del Convenio sobre intercambio comercial entre el Estado Español y la República Oriental del Uruguay (1957).
↑ Hector González Uribe. Los adjetivos de la Democracia. Estudios. 1984
↑ [1]
↑ Ramón Tamames La República. La Era de Franco, volumen 7 de la Historia de España de Alianza Editorial. ISBN 978-84-206-9568-6
Bibliografia |
- Mariano SÁNCHEZ SOLER. Los Franco, S.A. Sobre la riqueza de los Franco. ISBN 84-96052-24-9
- Nicolás SARTORIUS, Javier ALFAYA. La memoria insumisa. Sobre la dictadura de Franco. ISBN 84-8432-318-8.
- Joan M. THOMÀS. La Falange de Franco. ISBN 84-01-53052-0. El proyecto fascista del Régimen.
- Carme MOLINERO, Pere YSÁS. Productores disciplinados y minorías subversivas: clase obrera y conflictividad laboral en la España franquista. ISBN 84-323-0970-2.
Paul Preston. Franco, caudillo de España. ISBN 84-473-3637-9.
Stanley G. Payne. El Primer franquismo: los años de la autarquía. ISBN 84-7679-325-1.
Juan Eslava Galán. Una Historia de la Guerra Civil que no va a gustar a nadie. Ed.Planeta. ISBN 84-08-05883-5.
Cedall, vv.aa.. Contra Franco, testimonios y reflexiones. Madrid: Vosa & Cedall, 2006.ISBN 84-8218-055-X