Quebec




Coordenadas: 53° N 70° O



Disambig grey.svg Nota: Se procura a cidade, veja Quebec (cidade).







































































































Canadá
Quebec

Québec (francês)


 


  Província  




Bandeira de Quebec
Bandeira

Brasão de armas de Quebec
Brasão de armas

Lema: Je me souviens
(do francês: Eu me lembro)


BC

AB

SK

MB

ON

QC

NB

PE

NS

NL

YT

NT

NU

Blank map of Canada



Confederação
1 de julho de 1867 (1.°)

Capital

Quebec
Maior Cidade

Montreal
Administração
 - Tipo

Monarquia constitucional
 - Primeiro-ministro

Philippe Couillard
 - Tenente-governador

J. Michel Doyon

Área
 - Total
1 542 056 km²
 - Terra
1 365 128 km²
 - Água
176 928 km²

População (2016)
 - Total
8 164 361 [1]

    • Densidade

6 hab./km²

Informações
 - PIB nominal

C$ 380.972 bilhões (2.°)
 - PIB per capita

C$ 46,126 (10.°)
 - IDH (2015)
0.916 (4.º) – muito elevado[2]

Fuso horário

-5 e -4

Código postal
G, H, J
Língua oficial

Francês[3]

Abreviação Postal
QC

Código ISO 3166

CA-QC

Membros do Parlamento
78 de 338 (23,1%)

Membros do Senado
24 de 105 (22,9%)
Sítio

www.gouv.qc.ca

O Quebec ou Quebeque[4][5] (em francês [Le] Québec) é uma das dez províncias do Canadá, sendo a mais extensa e segunda mais populosa delas, com cerca de 24% da população do país. A maior cidade do Quebec é Montreal, que é também a segunda maior do país, mas a capital da província é a Cidade de Quebec. Embora o Quebec represente cerca de um quarto da população do Canadá, ele não faz parte oficialmente da constituição canadense. Durante o processo de repatriação da Constituição do Canadá em 1982, o governo provincial exigiu o reconhecimento do Quebec como sendo uma nação por razão de sua língua, sua cultura e suas instituições próprias[6]. Porém, durante o evento da Nuit des Longs Couteaux, um novo acordo foi feito sem René Lévesque, primeiro-ministro quebequense à época, que se recusou de assinar a nova versão da constituição. Desde então, vários projetos de reforma constitucional foram tentados, como o Acordo do Lago Meech, em 1987, e o Acordo de Charlottetown, em 1992, ambos sem sucesso.


O Quebec é a única província canadense com uma maioria francófona (79%) e uma minoria anglófona (8,3%). É também a província com a maior porcentagem de bilinguismo, 42,6% da população[7] e 61% dos jovens francófonos[8].A forte influência francesa, presente desde os primórdios da colonização do Canadá, torna a província sensivelmente diferente do resto do país e o francês seu único idioma oficial. Por causa da colonização francesa, a população do Quebec é, em sua maioria, católica, ao contrário do resto do país, onde os protestantes são maioria. Outra influência francesa está em seu sistema de justiça. O Quebec é a única província que tem um sistema misto: código civil de origem francesa e código criminal de origem britânica. Outra característica francesa do Quebec é a arquitetura de suas cidades.


Os franceses que iniciaram a colonização da região, anteriormente conhecida como Nova França, estavam interessados no comércio de peles de animais, fosse pela caça ou por contatos comerciais com nativos indígenas da região. O nome Quebec significa "onde o rio se estreita", em algonquino, referência ao trecho estreito do Rio São Lourenço, na região onde fica atualmente a Cidade de Quebec. Os ingleses capturaram a capital da província em 1759, e tomaram o controle da região em 1763. A partir da década de 1950, um movimento nacionalista começou a crescer no Quebec, que culminou com a realização de dois referendos, em 1980 e em 1995, pela separação do Quebec do Canadá e um em 1980 por um projeto de "soberania-associação"[9]. No referendo de 1995, o "não" obteve 50,58% dos votos[10].


O Quebec possui vastos recursos naturais, entre os quais inúmeros rios, lagos e muitas florestas. Atualmente, é o maior produtor de energia elétrica do Canadá; a maior parte dessa energia (97%) é gerada em hidrelétricas. A província produz cerca de 26% dos produtos industriais e agropecuários da federação. Os principais produtos são alimentos, madeira e derivados, aviões, químicos e roupas.




Índice






  • 1 História


    • 1.1 Até 1763


    • 1.2 1763 - 1899


    • 1.3 1900 – 1960


    • 1.4 1960 – Tempos atuais




  • 2 Geografia


    • 2.1 Clima




  • 3 Política


  • 4 Demografia


    • 4.1 Dados gerais


    • 4.2 Idiomas


    • 4.3 Raça e etnias


    • 4.4 Religião


    • 4.5 Principais cidades




  • 5 Economia


  • 6 Educação


  • 7 Transportes e telecomunicações


  • 8 Cultura


    • 8.1 Símbolos da província




  • 9 Ver também


  • 10 Referências


  • 11 Bibliografia


  • 12 Ligações externas





História |



Até 1763 |


Diversas tribos nativas americanas viviam na região que atualmente consiste a província do Quebec milhares de anos antes da chegada dos primeiros europeus. Tais tribos eram pertencentes a três famílias nativo-americanas diferentes: os inuit (popularmente conhecidos como esquimós), os iroqueses e os algonquinos. Os inuit viviam no extremo norte do atual Quebec, enquanto as tribos algonquinas e iroquesas viviam na região sul do Quebec, próximas ao vale do Rio São Lourenço. Os franceses tomaram posse da região que atualmente corresponde ao Canadá, e fundaram a cidade de Quebec.


O primeiro europeu a explorar o interior do Quebec foi o francês Jacques Cartier. Ele navegou ao longo do Rio São Lourenço, tendo desembarcado em terra várias vezes. Gaspé, a Cidade de Quebec e Montreal estão localizadas nos locais onde três destes desembarques foram realizados. Cartier, então, reivindicou a região à coroa francesa. Esta região tornar-se-ia a base das colônias francesas na América do Norte, a Nova França.


Em 1608, com o apoio do Rei Henrique IV da França, Samuel de Champlain fundou Quebec, com seis famílias totalizando 28 pessoas, sendo o primeiro assentamento bem-sucedido criado no Canadá. A colonização da região foi lenta e difícil. Muitos colonizadores morreram devido às rigorosas condições climáticas e à falta de suprimentos. Em 1630, 22 anos depois, apenas 100 colonos viviam no assentamento de Quebec. Dez anos depois, a população aumentaria para 359 colonos.





Jacques Cartier.


Champlain rapidamente aliou-se com os nativos americanos algonquinos e montagnais. Estas duas tribos estavam em guerra com os iroqueses. Champlain também conseguiu fazer com que alguns jovens colonos franceses vivessem com os algonquinos e os montagnais para que eles pudessem aprender idiomas indígenas e se adaptassem à vida na região. Estes jovens colonos, conhecidos como Voyageurs, como Étienne Brûlé, estenderam a influência francesa até a região dos Grandes Lagos, bem como sob as tribos nativas hurões que viviam ali.


Nas primeiras décadas da existência do Quebec, apenas algumas poucas centenas de colonos viviam na região, enquanto que as colônias inglesas ao sul eram muito mais populosas e ricas. O Cardinal Richelieu, um conselheiro do Rei Luís XIII da França, queria que a Nova França tivesse a mesma importância que as colônias inglesas ao sul. Em 1627, Richelieu criou a Companhia dos Cem Associados para investir economicamente na Nova França e prometeu lotes de terra para as pessoas que tivessem interesse em migrar à Nova França. Isto atraiu centenas de pessoas e tornou o Quebec uma importante colônia mercantil. Champlain eventualmente foi nomeado o Governador da Nova França. Ele proibiu que qualquer colono não católico vivesse na região. Protestantes foram obrigados ou a renunciar a sua fé e a suas crenças, para continuar a morar na Nova França, ou foram obrigados a mudar-se. Muitos dos protestantes escolheram mudar-se, migrando para as colônias inglesas ao sul. A Igreja Católica e missionários católicos como jesuítas e recollets ficaram firmemente estabelecidos no território. Richelieu também introduziu um sistema semifeudal de agricultura, que seria típico do Vale do São Lourenço até o século XIX.


Ao mesmo tempo, porém, as colônias inglesas ao sul começaram a expandir-se ao norte, em direção do Vale do São Lourenço, e em 1629, o assentamento de Quebec foi capturado, ficando sob controle inglês até 1632. Champlain, então, ordenou a Sieur de Laviolette a fundação de outro posto comercial, onde atualmente fica a cidade quebequense de Trois-Rivières.


Champlain morreu em 1635 e a Igreja Católica tornou-se a força dominante na Nova França. Em 1642, a Igreja apoiou economicamente um grupo de assentadores, que fundaram Ville-Marie, na ilha de Montreal, um pequeno assentamento que, posteriormente, viria a ser a cidade de Montreal. Por volta da década de 1640, missionários jesuítas subiram até a região dos Grandes Lagos e converteram religiosamente muitos dos hurões que viviam na região para o cristianismo. Os missionários logo entraram em conflito com os iroqueses. Estes constantemente atacavam Montreal e, por volta de 1649, ambos as missões jesuítas e os hurões estavam quase completamente destruídas.


Por volta da década de 1650, Montreal ainda tinha apenas algumas centenas de assentadores e a Nova França quase caiu completamente frente aos constantes ataques iroqueses. Em 1660, o colono francês Adam Dollard des Ormeaux liderou uma força militar, composta por franceses e hurões, contra uma força muito maior de iroqueses. Nenhum dos franceses sobreviveu. Em 1663, a Nova França finalmente tornou-se mais segura quando o rei Luís XIV criou uma nova Província da França. Em 1665, ele enviou uma força militar francesa ao Quebec e o governo da colônia foi reformado. Em 1665, Jean Talon foi enviado pelo ministro da marinha francesa, Jean-Baptiste Colbert, para a Nova França, para servir como o primeiro intendente da região. Estas reformas limitaram o poder do bispo de Quebec, que, anteriormente, era a autoridade mais poderosa na Nova França.


O censo de 1666 feito na colônia, realizado por Jean Talon no inverno de 1665-1666, revelou uma população de 3 215 habitantes na Nova França — muito mais do que algumas décadas passadas. A maior parte desta população morava na região do atual Quebec. Porém, havia uma grande disparidade entre o número de pessoas do sexo masculino (2 034) e do sexo feminino (1 181). Como resultado, esperando fazer da colônia a capital do Império Colonial da França, Luís XIV de França concordou em enviar mais de 700 mulheres solteiras (que tinham entre 15 a 30 anos de idade) para a Nova França. Elas passariam a ser conhecidas como as "Filhas do Rei". Ao mesmo tempo, casamentos com nativas indígenas foram incentivados, e vários homens solteiros, conhecidos como engagés, foram enviados da França para a Nova França. Um deles, Étienne Trudeau, foi um dos ancestrais do futuro primeiro-ministro canadense Pierre Elliott Trudeau.


Em 1689, os ingleses e os iroqueses invadiram a Nova França, após muitos anos de conflitos menores ao longo dos territórios franceses e ingleses. Esta guerra, conhecida como a Guerra do Rei William, terminou em 1697, mas uma segunda guerra, a Guerra da Rainha Ana, começou em 1702. O Quebec sobreviveu às invasões anglo-iroquesas em ambas as guerras, mas Port Royal e Acádia passaram para controle inglês em 1690. Em 1713, o Tratado de Utrecht estabeleceu relações de paz entre a Inglaterra e a França — o custo aos franceses foi a perda definitiva da Acádia e da Terra Nova e Labrador — os franceses continuariam a ter controle sobre a histórica Louisiana, e os territórios que formam atualmente as províncias canadenses de Quebec, Ontário, Ilha do Príncipe Eduardo e Nova Brunswick.


Após a assinatura do tratado, a Nova França começou a prosperar economicamente. Indústrias como a pesca e a agricultura, que haviam sido medíocres sob o controle de Talon, começaram a crescer. Uma estrada foi construída entre Quebec e Montreal. Novos portos foram construídos, e centros portuários mais antigos foram modernizados. O número de colonos aumentou bastante, e por volta de 1720, toda a região que constitui a província do Quebec possuía 24 594 habitantes. A Igreja Católica ainda mantinha controle sobre a educação e programas de ajuda social na Nova França. Esses anos de paz é conhecido como a "Idade de Ouro" da Nova França.


A paz durou até 1744, quando William Shirley, então governador da colônia britânica de Massachussets, comandou um ataque contra o Fort Louisburg. Os franceses mostraram-se incapazes de resistir ao ataque britânico, e Louisburg passou para domínio britânico. Tentativas francesas de tomar o forte em 1746 falharam. O forte passou novamente ao controle francês sob o Tratado de Aquisgrão, mas isto não parou a guerra que se desenvolvia entre a França e o Reino Unido, e suas respectivas colônias. Em 1754, a Guerra Franco-Indígena começou, como parte da Guerra dos Sete Anos (esta começou tecnicamente na Europa apenas em 1756). A primeira batalha da guerra resultou na derrota de uma pequena força militar britânica, liderada pelo coronel George Washington, por tropas francesas no Vale de Ohio.


Porém, a Nova França então tinha somente cerca de 50 000 habitantes — um número muito maior em comparação aos números do início do século — enquanto que as colônias anglo-americanas possuíam então mais de 1 000 000 de habitantes. Foi muito mais fácil para os colonos anglo-americanos organizar ataques contra a Nova França do que foi para os colonos franceses a organização de ataques contra colônias britânicas. Em 1755, o general Edward Braddock liderou uma expedição militar contra o forte francês Duquesne. Apesar de ter uma grande vantagem numérica, além do suporte militar dos iroqueses, a a força militar de Braddock foi derrotada, sendo que o próprio morreu em batalha.


Em 1758, o Reino Unido novamente capturou o Forte Louisbourg, permitindo o bloqueio do Rio São Lourenço e, assim, o envio de novas tropas por parte da França às colônias francesas — a sentença de morte da Nova França. Em 1759, os britânicos cercaram a Cidade de Quebec, pelo rio, e uma força militar, liderada pelo general James Wolfe, derrotou os franceses, liderados pelo general Louis-Joseph de Montcalm, na Batalha dos Campos de Abraham, em setembro. Os soldados em Quebec renderam-se completamente em 18 de setembro, e um ano depois, em 1760, todo o norte da Nova França (atual Ontário, Quebec, Nova Brunswick e Ilha do Príncipe Eduardo) foram capturados pelos ingleses. O último governador da Nova França, Marquis de Vaudreuil-Cavagnal, rendeu-se aos britânicos em 8 de setembro de 1760, e os franceses cederam o Canadá aos ingleses no Tratado de Paris, assinado em 10 de fevereiro de 1763.



1763 - 1899 |




Mapa da província de Quebec (1763–1791).


Os britânicos dividiram a Nova França em três províncias coloniais: as províncias de Nova Brunswick, Nova Escócia e do Quebec, esta última anteriormente localizada no que é atualmente o sul do Ontário e do atual Quebec. Os britânicos permitiriam aos colonos franceses a liberdade de expressão religiosa e idiomática, assim permitindo que o catolicismo e a língua francesa sobrevivessem no Quebec. Porém, os britânicos tentariam posteriormente assimilar a cultura francesa à cultura britânica.


A Revolução Americana de 1776 teve início em 1775, onde os Estados Unidos declaravam sua independência do Reino Unido. Com o fim da guerra, e a independência dos Estados Unidos, vários colonos anglo-americanos que eram leais ao Reino Unido saíram dos Estados Unidos. Alguns instalaram-se nas colônias de Nova Brunswick e Nova Escócia, enquanto outros migraram de volta ao Reino Unido. Porém, a maioria instalou-se no sul da província colonial do Quebec. Logo, a população do sudoeste da província tornou-se majoritariamente anglófona, concentrados primariamente no sudoeste, em contraste com o nordeste, de população primariamente francófona. Crescentes atritos começaram a se desenvolver entre os colonos britânicos e franceses. Para tentar resolver este problema, o Reino Unido dividiu a província do Quebec em duas. A parte sudoeste da antiga província colonial do Quebec tornou-se o Canadá Superior, base do atual Ontário, enquanto que a parte nordeste tornou-se o Canadá Inferior, que corresponde ao que hoje é o Quebec.


Em 1837, colonos franceses iniciaram uma rebelião no Canadá Inferior, pedindo por maior autonomia política. A rebelião foi extinguida por tropas britânicas ainda no mesmo ano, porém, reiniciariam no ano seguinte, somente terminando por completo em novembro de 1838. Os britânicos enviaram Lord Durham para o Canadá Superior para investigar os motivos que levaram à rebelião. Durham aconselhou ao Reino Unido a união do Canadá Superior com o Inferior — para tentar assimilar os colonos francófonos à cultura dos colonos anglófonos — e também maior autonomia às colônias britânicas na América do Norte. Em 1841, o Canadá Superior foi fundido com o Canadá Inferior, assim formando uma única província do Canadá. O governo desta província colonial recebeu maior autonomia e soberania sobre assuntos regionais.


O governo desta única província do Canadá era formado por um número igual de francófonos e de anglófonos. Porém, a população anglófona da província crescia mais rapidamente do que a francófona e, em torno da década de 1850, a população anglófona da província do Canadá já era maior do que a população francófona. Isto gerou grandes atritos entre os anglófonos e os francófonos.




O Canal de Lachine, fundamental para o Quebec.


O Quebec passou a se destacar como o centro econômico do Canadá a partir da década de 1830. Em 1825, o Canal de Lachine foi inaugurado, permitindo a grandes navios navegarem o Rio São Lourenço, na secção ao longo da Ilha de Montreal. Isto tornou Montreal um dos maiores centros portuários da América do Norte. Ferrovias e estradas foram construídas, e Montreal passou a se destacar também como o principal polo industrial, ferroviário e bancário do Canadá.


Em 1865, políticos da província do Canadá juntaram-se com políticos de outras colônias britânicas na América do Norte em três diferentes encontros. Como resultado destes encontros, as províncias do Canadá, Nova Brunswick e Nova Escócia juntaram-se em uma única Confederação do Canadá. Além disso, a província do Canadá foi dividida em duas, nas atuais províncias de Ontário e Quebec, segundo o Ato da América do Norte Britânica. Em 1 de julho de 1867, o Canadá tornou-se independente do Reino Unido.


Os atritos entre a população francófona do Quebec e os anglófonos do resto do país diminuíram por algum tempo após a independência do Canadá. Segundo o Ato da América do Norte Britânica, crianças de todo o país teria direito a receber educação apropriada em francês ou em inglês. A minoria anglófona no Quebec continuou a dispor de escolas protestantes que ensinavam em inglês, e pagas pela província. Porém, o mesmo não ocorreu em várias cidades no resto do país, onde as minorias francófonas não tinham direito de receber educação em francês. Isto novamente levou a grandes atritos entre os francófonos quebequenses e o resto do Canadá.


Dois acontecimentos no final do século XIX aumentaram ainda mais os atritos entre francófonos quebequenses e o resto do Canadá. Em 1885, o francófono Louis Riel, líder da Rebelião de Saskatchewan, foi capturado e executado no local da atual província canadense de Saskatchewan. Já em 1899, a Guerra dos Boers teve início na colônia britânica de África do Sul. Os anglófonos canadenses, leais ao Reino Unido, queriam a participação ativa e urgente do Canadá ao lado do Reino Unido. Já os francófonos eram contra qualquer participação canadense na guerra. O então primeiro-ministro do Canadá, o francófono quebequense Wilfrid Laurier, enviou uma pequena força de voluntários à África do Sul, gerando grande controvérsia no Quebec. Vários quebequenses opuseram-se ao fornecimento de qualquer suporte econômico e/ou militar ao Reino Unido. Liderados por Henri Bourassa, tais quebequenses acreditavam firmemente que canadenses deviam ser leais primariamente ao Canadá, e não a outros países.



1900 – 1960 |


As duas primeiras décadas do século XX foram um período de rápida industrialização no Quebec. Em 1912, a província praticamente dobrou de tamanho, tendo expandido em direção ao norte, até a Baía de Hudson e o Estreito de Hudson. O Quebec enfrentou disputas territoriais com a Terra Nova e Labrador, sobre uma área no nordeste do Quebec (e ao sudoeste da Terra Nova e Labrador) rica em minerais. A Terra Nova e Labrador então não fazia parte ainda do Canadá. Em 1927, o parlamento britânico decidiu que a Terra Nova e Labrador tinha o direito de ficar com o território. Este território forma o extremo sudeste da Terra Nova e Labrador, formando uma protuberância que se estende Quebec adentro. Desde então, as fronteiras do Quebec não mudaram mais.


Os anos da Primeira Guerra Mundial foram de intenso desenvolvimento econômico para o Canadá como um todo. O Canadá entrara na guerra do lado dos Aliados. Porém, muitos francófonos não estavam interessados na guerra, acreditando que a guerra fosse um problema exclusivamente europeu. O exército canadense era formado inicialmente por voluntários. O número de alistamentos no Quebec era sensivelmente menor do que no resto do país, e o exército canadense estava perdendo mais soldados do que ganhando através de alistamentos voluntários. Logo, tensões surgiram entre os anglófonos e os francófonos. Os anglófonos queriam o imediato recrutamento forçado, enquanto que os francófonos eram contra. O atrito entre o Quebec e o resto do Canadá agravou-se com a decisão do Ontário em abolir o uso do francês em todas as suas escolas. Em 1917, o governo canadense instituiu o recrutamento forçado em todo o país. Isto gerou grandes manifestações populares em Montreal e na Cidade de Quebec. Estas manifestações foram extinguidas com o uso de força militar.


Após o fim da guerra, a indústria quebequense continuou a crescer rapidamente, e gradualmente cada vez mais pessoas abandonavam os campos em busca de melhores condições de vida nas cidades. A Grande Depressão, porém, interrompeu este período de crescimento industrial, várias empresas faliram, e muitas pessoas ficaram desempregadas. A economia do Quebec continuaria estagnada até o início da Segunda Guerra Mundial. A província francófona participou ativamente ao longo da guerra. O Canadá construiu várias bases militares na província, e muitos aviadores, tanto canadenses quanto britânicos, foram treinados na província. A província francófona era então a maior potência industrial do Canadá, sendo a maior produtora de eletricidade no país, além de ter enormes reservas de asbestos, carvão, alumínio e zinco. Ao final da guerra, a produção industrial do Quebec havia triplicado em comparação aos anos anteriores à guerra. Porém, novamente, a população francófona era contra o recrutamento forçado. O então primeiro-ministro do Canadá, William Lyon Mackenzie King, adotou o recrutamento forçado em 1942, mas prometeu não enviar os soldados que fossem recrutados forçadamente à Europa. Em 1944, King rompeu sua promessa, enviando vários soldados francófonos quebequenses que haviam sido recrutados forçadamente. Porém, ao contrário do que havia ocorrido na primeira guerra mundial, manifestações populares não ocorreram.



1960 – Tempos atuais |


Após a morte de Duplessis, em 1959, o Quebec continuou a prosperar economicamente, tendo construído várias represas e localizado enormes minas de titânio e de asbestos durante a década de 1950. O Partido Liberal do Quebec, comandado por Jean Lesage, venceu as eleições provinciais de 1960. Entre 1960 e 1966, Lesage governou o Quebec. Este período é chamado de Revolução Tranquila, onde inúmeras reformas foram implementadas no Quebec. Foi implementado um sistema de ajuda social, foram feitos grandes investimentos no setor educacional da província e leis que facilitavam a criação de sindicatos foram implementados. Além disso, a província adotou o termo nacionalista Québécois ("quebequense") como gentílico, em substituição à expressão Canadien français ("canadense de origem francesa"). Em 1963, todas as companhias de eletricidade privadas que produziam eletricidade na província foram adquiridas pelo governo do Quebec.


Ao longo da década de 1960, o Quebec exigiu do governo canadense maior autonomia sobre problemas referentes exclusivamente ao Quebec. A província passou a administrar seu próprio orçamento sem supervisão do governo canadense. Todos os planos de pensão e ajuda social exercidos no Quebec e que eram administrados pelo governo canadense passaram a ser controlados pela província. O nacionalismo quebequense cresceu bastante durante a década de 1960 e 1970. Em 1967, Montreal sediou a Feira Mundial de 1967, onde vários chefes de estado compareceram, entre eles, o presidente da França, Charles de Gaulle. De Gaulle fez um discurso à população da cidade no qual expressava aparente simpatia a um Quebec independente. Perto de terminar seu discurso, de Gaulle pronunciou Vive le Québec libre (Viva o Quebec livre), sendo pesadamente aplaudido pelas pessoas que o assistiam, e pesadamente criticado pelo então primeiro-ministro do Canadá, Lester B. Pearson.


Em outubro de 1968, o Partido Quebequense foi fundado por René Lévesque. Este partido promovia o separatismo e a independência do Quebec do resto do Canadá. Em 1970, membros do grupo terrorista Front de Libération du Québec (FLQ) sequestraram Pierre Laporte, ministro do trabalho do Quebec, e James R. Cross, desencadeando a "Crise de Outubro". Este grupo terrorista já havia matado anteriormente cinco pessoas em diversos ataques a bomba e assassinatos. Este grupo ameaçou que no próximo ano uma revolução ocorreria no Quebec, onde o governo teria que enfrentar 100 mil revolucionários armados e organizados. O então primeiro-ministro canadense, Pierre Elliott Trudeau, a pedido do então governador do Quebec, Robert Bourassa, instituiu lei marcial (através do War Measures Act) no Quebec. A polícia revistou mais de três mil casas e prendeu 450 pessoas, embora a maioria delas não tivesse envolvimento nenhum com a FLQ. Laporte foi posteriormente encontrado morto no porta-malas de um carro. As autoridades quebequenses e canadenses permitiram as pessoas que haviam sequestrado Cross a exilar-se em Cuba, com a condição de libertarem Cross.


Em 1972, mais de 200 mil trabalhadores públicos entraram em greve no Quebec, buscando melhores salários. Foi a maior greve da história do Canadá. A greve durou 11 dias, fechou a grande maioria das escolas da província, e limitou serviços hospitalares e governamentais. Em 1974, a Assembleia Nacional do Quebec adotou o francês como único idioma oficial da província. Até então, o Quebec era uma província bilingual, e também considerava o inglês como idioma oficial. Esta decisão fez com que o francês se tornasse o principal idioma a ser usado em todas as escolas públicas da província, e também o idioma a ser usado no comércio e no governo.


Em 1976, o Partido Quebequense comandado por René Lévesque venceu as eleições provinciais. No ano seguinte, Lévesque instituiria a Carta da Língua Francesa, também conhecida como Lei 101, que instituía multas e outras punições aos que não obedecessem à decisão tomada em 1974. Estas leis ajudariam a tornar a cidade de Toronto a nova capital econômica do Canadá, por ter causado a saída de várias empresas anglófonas de Montreal, a antiga capital econômica do país.


O Partido Quebequense realizou um plebiscito em 1980, e pediu aos eleitores que votassem a favor da separação do Quebec do resto do Canadá. Esta secessão seria somente política, e a província continuaria unido ao Canadá economicamente. Na votação, 60% dos eleitores votaram contra a secessão.


Em 1981, o Parlamento do Canadá votou a favor da instituição de diversas mudanças à Constituição canadense. Várias destas mudanças não agradaram aos quebequenses, que acreditavam que estas mudanças não ajudariam a preservar a língua francesa no Canadá. Lévesque foi a Ottawa para tentar negociar com o governo federal e os governadores das outras nove províncias canadenses. Porém, na noite de 4 de novembro para 5 de novembro de 1982 (chamada La Nuit des Longs Coûteaux no Quebec, que significa "noite das facas longas"), o então ministro da economia do Canadá, Jean Chrétien, reuniu-se secretamente com todos os governadores com exceção de Lévesque, para assinar e aprovar oficialmente o documento que viria a ser a nova Constituição do Canadá. No dia seguinte, Lévesque, ao ver o documento, recusou-se a assiná-lo, voltando imediatamente para Quebec. A nova constituição então foi aprovada pelo Reino Unido, e entrou em vigor ainda no mesmo ano. A população quebequense sentiu-se traída pelo governo canadense.


Seriam realizadas duas tentativas de integrar o Quebec à nova Constituição, uma em 1987 e outra em 1990. Na tentativa realizada em 1987, em Meech Lake, e conhecida como Meech Lake Accord, o primeiro-ministro do Canadá Brian Mulroney propôs algumas mudanças à Constituição canadense, entre elas, o reconhecimento do Quebec como uma distinta sociedade canadense. Para este acordo ter entrado em vigor, ele precisaria ter sido aprovado (ratificado) por todas as províncias do Canadá. Manitoba e Terra Nova e Labrador não ratificaram, e o acordo fracassou em 1990. Uma segunda tentativa realizada em 1992, em Charlottetown, foi reprovada por 56,7% dos canadenses não-quebequenses e por 57% da população quebequense. Até hoje, a Constituição do Canadá continua em vigor, mesmo sem a assinatura e aprovação do Quebec.


O Partido Quebequense venceu as eleições provinciais de 1994. Em 30 de outubro de 1995, um novo plebiscito foi realizado a favor da independência do Quebec. 50,6% dos eleitores quebequenses votaram contra a secessão e 49,4% dos eleitores quebequenses votaram a favor. Jacques Parizeau, então governador do Quebec, alegou que esta derrota havia acontecido por causa de "dinheiro e voto étnico". Este comentário imediatamente repercutiu na mídia quebequense e canadense, e Parizeau foi obrigado a renunciar. O Partido Quebequense venceria as eleições provinciais de 1998, perdendo em 2003 para o Partido Liberal do Quebec.


Em 1995 e 1996, o Parlamento do Canadá aprovou novas emendas cujo objetivo era promover a união canadense. Uma destas emendas reconheceu o Quebec e sua única linguagem, cultura e leis civis. A outra emenda deu ao Quebec e às outras quatro regiões canadenses (Ontário, Províncias Marítimas, Províncias Ocidentais e a Terra Nova e Labrador e os territórios canadenses) o poder de veto sobre mudanças à constituição canadense.


Em 2005, André Boisclair tornou-se o novo líder do Partido Quebequense. O partido prometeu realizar um terceiro referendo caso retorne ao poder. Em novembro de 2006, Stephen Harper do Partido Conservador do Canadá declarou na Câmara dos Comuns que o "Quebec é uma nação dentro de um Canadá unido", declaração apoiada por todos os partidos políticos presentes na Câmara, embora não tivesse nenhum efeito legal.



Geografia |




Mapa topográfico da província do Quebec.


O Quebec é a maior província do Canadá, e a segunda maior divisão territorial canadense, ocupando uma área quase três vezes maior do que a França. Ao norte da província está o Oceano Ártico, ao sul, os estados americanos de Maine, Nova Hampshire, Nova Iorque e Vermont. A leste, as províncias canadenses de Nova Escócia e Terra Nova e Labrador, e a oeste a província canadense de Ontário.


O Quebec é rico em rios e lagos, aspecto geográfico que permite a construção de grandes usinas hidrelétricas para a geração de eletricidade — de importância vital para a economia da província.


O litoral do Quebec junto ao Oceano Atlântico possui 13 773 quilômetros de extensão. Isto inclui qualquer região banhadas pelo mar, como baías, estuários e ilhas oceânicas. Com cerca de 176 mil quilômetros quadrados de seu território coberto por água doce, a área total de água doce do Quebec é a maior do Canadá. Muitos rios, lagos e cataratas fazem da província a líder na produção de energia hidroelétrica. O principal rio do Quebec é o Rio São Lourenço. Florestas cobrem cerca de 55% do território do Quebec — cerca de 825 mil quilômetros quadrados.


O Quebec pode ser dividido em quatro distintas regiões geográficas:



  • O Escudo Canadense, um vasto planalto que cobre a maior parte da província, bem como metade do Canadá. Caracteriza-se pelo seu terreno acidentado e de média altitude, e cobre aproximadamente 90% do Quebec. Ao longo dos anos, o Canadian Shield foi erosionado por geleiras, e muito de seu solo foi erodido por ventos — fazendo com que várias áreas da província sejam formadas apenas por rocha dura e extremamente antiga. O ponto mais alto da província é o Mont d'Iberville, que possui uma altitude de 1622 m. Muito da região ainda permanece intacta, seja com suas montanhas rochosas ou com suas florestas boreais.

  • O Vale do Rio São Lourenço, constituído pelo Rio São Lourenço e áreas próximas. Possui cerca de 16 quilômetros de largura, na região da Cidade de Quebec, e 160 km de largura na altura de Montreal. É uma região de baixa altitude, com uma altitude média de apenas 150 metros acima do mar. O Monte Royal é o monte mais conhecido da região, com seus 223 m de altitude. É a mais habitada da província, cerca de 80% da população do Quebec mora nesta estreita faixa. A região tem um solo extremamente fértil, e três quintos dos produtos agrícolas do Quebec são cultivados e produzidos ali.

  • A Região do Apalaches, que cobre a região sudeste da província, é uma região de terreno acidentado, caracterizado pela presença de planaltos, rios e lagos. É também uma região cheia de florestas naturais.

  • As Planícies da Baía de Hudson, que cobrem uma pequena parte do noroeste da província são caracterizadas pela sua baixa altitude.




Clima |




Climas do Quebec.


Devido a sua área, o clima do Quebec varia de acordo com a região. No geral, o clima da província é temperado, com quatro estações bem definidas, sendo que a região norte da província apresenta um clima polar. A temperatura média anual da província é de 7 °C no sul do Quebec e de ­-8 °C no extremo norte da província. A temperatura mais alta já registrada foi de 40 °C, em Montréal, em 6 de julho de 1921. A menor temperatura já registrada foi de ­-54 °C, em Doucet, registrada em 5 de fevereiro de 1923.


Os invernos do Quebec são frios e longos. No norte da província, a temperatura média no inverno é de -­22 °C, e no verão, de 11 °C. No sul do Quebec, a temperatura média no inverno é de ­-14 °C, e no verão, de 20 °C.


As taxas de precipitação média anual de chuva variam entre 36 e 80 cm no norte da província, a 92 a 105 cm no sul. As taxas de precipitação média anual de neve no Quebec é de 69 a 164 cm no sul da província, e de 215 e 415 cm no norte.



Política |




O parlamento do Quebec, na capital da província, a Cidade de Quebec.


O Tenente-Governador representa a Rainha Isabel II como Chefe de Estado do Quebec. O chefe do governo, em prática, e também maior oficial do Poder Executivo da província, é o Premier, ou premier ministre em francês, governador ou primeiro-ministro em português, a pessoa que lidera o partido político com mais cadeiras na Assemblée Nationale, a Assembleia provincial. O governador do Quebec preside sobre um Conselho Executivo, que é o Gabinete da província. O gabinete é formado por 25 diferentes ministros, como o Ministro da Educação, da Economia, do Trabalho, etc, e renuncia se perde o suporte da maioria dos membros do poder Legislativo do Quebec.


O Poder Legislativo do Quebec é a Assemblée Nationale (Assembleia Nacional) que é composta por 125 membros. Cada um dos membros da Assembleia é eleito pela população de um dos 125 diferentes distritos eleitorais da província, para mandatos de até cinco anos de duração. Se o Tenente-Governador dissolver a Assembleia antes destes cinco anos, a pedido do governador, todos precisam concorrer às eleições novamente. Não há limite de termos que uma pessoa pode exercer. Até 1968, o Poder Legislativo do Quebec era bicameral, composto por uma Assembleia Legislativa e por um Conselho Legislativo. Neste ano, a última foi abolida, e a Assembleia Legislativa tornou-se a Assembleia Nacional.


A maior corte do Poder Judiciário do Quebec é a Cour d'appel du Québec. Esta é composta de 20 juízes, um deles escolhido por estes juízes para atuar como chefe de justiça. A Suprema Corte do Quebec é a segunda maior corte da província, e é composta por 143 juízes diferentes. Todos os juízes da Cour d'appel e da Suprema Corte são escolhidos pelo governador do Quebec e aprovados simbolicamente pelo Tenente-Governador. Os juízes continuam a exercer seus ofícios até os 75 anos de idade. O Poder Judiciário do Quebec é baseado no Código Civil Napoleônico, ao contrário de todas as outras províncias canadenses, baseadas na Common Law britânica.


O Quebec é dividido em 17 distintas regiões administrativas. Estas, por sua vez, estão divididas em regionalidades municipais e em municípios (ou cidades, em francês — ville). Ao contrário do restante do Canadá, o Quebec não possui cidades primárias ou secundárias (cities e towns). Ville pode significar tanto uma cidade primária (city) quanto uma cidade secundária (town). A província não possui vilas. Todos os municípios do Quebec são oficialmente cidades. Basta a presença de uma sede de município para que uma área urbana seja considerada uma cidade, independente do seu número de habitantes — como é de praxe no Brasil, e diferentemente do resto do Canadá, onde uma área urbana precisa ter aproximadamente dois a cinco mil habitantes para ser considerada uma cidade. As cidades do Quebec são governadas por um prefeito e por um Conselho Municipal formado por ao menos seis membros, todos eleitos pela população da cidade. Impostos são responsáveis por cerca de 80% de toda a receita do orçamento do governo do Quebec. O resto provém de verbas recebidas do governo federal e de empréstimos. A região tem estado sempre em conflito com o governo pela independência.[11]



Demografia |









Crescimento populacional do Quebec














































Ano
Habitantes
1871 1 191 516
1881 1 359 027
1891 1 488 535
1901 1 648 898
1911 2 005 776
1921 2 360 510
1931 2 874 662
1941 3 331 882
1951 4 055 681
1961 5 529 211















































Ano
Habitantes
1966 5 780 845
1971 6 027 764
1976 6 234 445
1981 6 438 403
1986 6 540 276
1991 6 895 693
1996 7 138 795
2001 7 237 479
2006 7 651 531
2007 7 737 831


A província canadense do Quebec compreende um vasto território, a maior parte escassamente povoada. A maior parte da população do Quebec vive numa estreita faixa que segue o Rio São Lourenço, que vai de Gatineau, passando por Montreal e Trois Rivières, até a Quebec. Menores populações estão espalhadas no sudoeste e leste do Quebec, enquanto o resto da província é escassamente povoado, especialmente sua imensa região norte.


Dado a imensa extensão territorial do Quebec, a densidade demográfica da província é baixa — apenas 5,43 habitantes por km². Mais de 85% da população do Quebec vive em cidades ou em vilas.


O Quebec possui uma baixa taxa de fertilidade — apenas 1,48 filhos por mulher em média, bem abaixo da média de 2,1 para a manutenção da população (isto é, para manter a população da dada região estável, sem declínio), e uma das mais baixas do mundo. Isso contrasta com a situação dos anos 1960, onde a província possuía as maiores taxas de fertilidade entre os países desenvolvidos.



Dados gerais |



  • População: A estimativa mais recente, de 1 de abril de 2004, estima a população do Quebec em 7 509 928 habitantes.

  • Crescimento anual: 0,64% (2003).


  • Taxa de natalidade: 9,8 por mil (2003).


  • Taxa de fertilidade: 1,48% (2003).


  • Taxa de mortalidade: 7,4 por mil (2003).

  • Migração (Imigrantes — emigrantes): 4,1% (2003).


  • Taxa de mortalidade infantil: 4,6% (2001).


  • Expectativa de vida: 76,3 anos para homens e 81,9 anos para mulheres (2002).

  • Taxa de urbanização: 80,4% (2001).



Idiomas |




Uma pequena comunidade em Côte-Nord.



  • Idioma materno (província do Quebec): 81,5% da população do Quebec tinha o francês como idioma materno, 8,8%, o inglês, e 9,7%, outro idioma como idioma materno.

  • Idioma materno (região metropolitana de Montreal): 17,8% da população da região metropolitana de Montreal têm o francês como idioma materno, 50,8% inglês, e 18,4% outro idioma.

  • Idioma mais usado em casa (província do Quebec): 82,8% da população da província usam mais o francês em casa, 10,8% o inglês, e 6,4%, outro idioma.

  • Idioma mais usado em casa (região metropolitana de Montreal): 70,6% da população da região metropolitana de Montreal usam mais o francês em casa, 17,6% usam o inglês e 11,8% outro idioma.


  • Francófonos: 81,2%


  • Anglófonos: 8%

  • Bilíngues (ambos o francês e o inglês como idiomas maternos): 0,8%

  • Alófonos (outro idioma como idioma materno): 10%


    • Italiano: 6,2%


    • Espanhol: 2,9%


    • Árabe: 2,5%



























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Etnias do Quebec.[12]



  Europeus (87.2%)


  Asiáticos (4.0%)


  Negros (3.2%)


  Árabes (2.2%)


  Aborígenes (1.8%)


  Latinos (1.5%)


  Outros (0.1%)




Raça e etnias |


Composição racial da população do Quebec:



  • 87,2% Brancos

  • 3,2% Negros

  • 1,8% Nativos americanos

  • 7,8% Outras raças/etnias


Composição étnica da população do Quebec:




  • Canadenses 68,7%


  • Franceses 29,6%


  • Irlandeses 4,1%


  • Italianos 3,5%


  • Britânicos 3,1%


  • Escoceses 2,2%


  • Nativos americanos 1,8%

  • Quebequenses 1,3%


  • Alemães 1,2%

  • Judeus 1,2%


  • Haitianos 1,0%


Franco-canadianos, ou seja, descendentes diretos de franceses, compõem cerca de 80% da população do Quebec. Outros 9% da população da província são descendentes diretos de ingleses. Grupos étnicos minoritários incluem irlandeses, escoceses, italianos, ingleses, portugueses, chineses, árabes e indianos.



Religião |





Montreal.





Cidade de Quebec.





Gatineau.





Trois-Rivières.





Mont-Tremblant.


Percentagem da população do Quebec por afiliação religiosa:




  • Cristianismo – 90,2%


    • Igreja Católica Romana – 83,3%


    • Protestantes – 4,7%

    • Outras afiliações cristãs – 2,2%




  • Islâmicos – 1,5%


  • Judeus – 1,2%

  • Outras religiões, ou sem afiliação religiosa – 7,1%



Principais cidades |










































































































































Cidade
População em 2001
População em 1996

Montreal
1 812 723
1 774 846

Quebec
507 986
504 605

Longueuil¹
348 091
373 009

Laval¹
343 005
330 393

Gatineau
226 696
217 591

Saguenay
148 050
153 476

Sherbrooke
146 689
135 501

Trois-Rivières
122 395
124 417

Lévis²
121 999
118 344

Terrebonne¹
80 531
75 110

Sherbrooke
76 786
75 916

Saint-Laurent
74 240
77 391

Sainte-Foy
72 330
72 547

LaSalle
72 029
73 983

Brossard
65 927
65 026

Verdun
59 714
60 564

Repentigny¹
53 824
54 550

Pierrefonds
53 151
54 963

Dollard-des-Ormeaux
47 826
48 206

Drummondville
44 882
46 599

Granby
43 316
44 121

Châteauguay
41 423
41 003

Lachine
39 910
40 222

Saint-Eustache
39 848
40 378

Saint-Hyacinthe
38 995
38 739

Victoriaville
38 174
38 841

1 — Parte da região metropolitana de Montréal.
2 — Parte da região metropolitana de Quebec.



Economia |


No começo de sua história colonial, a economia do Quebec estava baseada principalmente na caça e comércio de peles de animais — especialmente a de castores. A partir do século XIX, a agricultura passou a ser a fonte de renda mais importante da província. No começo do século XX, a mineração e a indústria tornaram-se a maior fonte de renda do Quebec, sendo superadas pelo setor de comércio e serviços a partir da década de 1950. Atualmente, a economia do Quebec é bastante variada, e possui importância vital na economia canadense. Quebec é um importante centro econômico do Canadá, sendo a segunda província com o maior PIB entre as províncias canadenses (280 bilhões de dólares canadenses), só perdendo para Ontário.


O setor primário é responsável por 2% do PIB da província, A região do vale do Rio São Lourenço é uma fértil zona agrícola. O Quebec também é rico em florestas (coníferas), que fazem da indústria madeireira uma das mais importantes da província. A agricultura e a pecuária respondem por 1% do PIB da província, e empregam juntas aproximadamente 62 mil pessoas. O Quebec possui cerca de 30 mil fazendas que cobrem cerca de 2,5% da província. A pesca e a silvicultura respondem juntas por 1% do PIB da província, e empregando no total aproximadamente 22 mil pessoas.


O setor secundário é responsável por 30% do PIB do Quebec. A indústria de manufatura é a principal fonte de renda da província. A região metropolitana de Montreal é o segundo maior pólo industrial do Canadá, atrás somente de Toronto. Na região metropolitana de Montreal estão localizadas importantes indústrias de alta tecnologia — com destaque para a indústria de aviação, com o fabricante de aviões Bombardier, a fabricante de turbinas Pratt & Whitney e a fabricante de simuladores aeronáuticos CAE. A indústria de manufatura responde por 24% do PIB do Quebec, e emprega mais de 660 mil pessoas. A indústria de construção responde por 5% do PIB do Quebec e emprega cerca de 27 mil pessoas. A mineração emprega aproximadamente 18 mil pessoas e responde por 1% do PIB do Quebec.


O setor terciário é responsável por 68% do PIB do Quebec. Serviços pessoais e comunitários respondem por 22% do PIB da província, e empregam mais de 1,3 milhões de pessoas. Serviços financeiros e imobiliários respondem por 16% do PIB do Quebec, e empregam aproximadamente 183 mil pessoas. Montreal é o segundo maior pólo financeiro do Canadá. Está atrás somente de Toronto. O comércio por atacado e varejo responde por 12% do PIB do Quebec, e emprega cerca de 553 mil pessoas.


O turismo é uma importante fonte de renda no Quebec. As principais cidades turísticas da província são Montreal, a Cidade de Quebec, Mont-Tremblant e Gatineau. A província recebe centenas de milhares de turistas todo ano, a maioria dos quais vem de outras províncias do Canadá ou dos Estados Unidos. O Quebec é a segunda província que mais recebe turistas estrangeiros, perdendo somente para Ontário.


Transportes e telecomunicações respondem por 9% do PIB da província, empregando cerca de 320 mil pessoas. Montreal é o maior centro ferroviário e rodoviário do Canadá, o segundo maior centro portuário e o terceiro maior centro aeroportuário do Canadá. Serviços governamentais respondem por 6% do PIB do Quebec e empregam cerca de 207 mil pessoas. Utilidades públicas respondem por 3% do PIB da província, empregando cerca de 27 mil pessoas.


Cerca de 95% da eletricidade gerada e consumida no Quebec é gerada por usinas hidrelétricas, geridas pela Hydro-Québec. A grande quantidade de rios, lagos e terrenos acidentados em geral presente no Quebec propiciou a criação de diversas grandes hidrelétricas ao longo da província. Os 5% restantes são geradas em usinas termoelétricas a óleo ou com gás natural. O Quebec gera muito mais eletricidade do que consome. O excesso (cerca de 25% de toda a eletricidade gerada na província) é exportado para os Estados Unidos. Quebec exporta mais do que qualquer outra província canadense.



Educação |




A Universidade McGill.


O sistema de educação do Quebec é presidido pelo ministro da Educação do Quebec. Este sistema possui algumas diferenças com os sistemas provinciais de educação do resto do Canadá.


No Quebec, todas as crianças morando na província são obrigadas a frequentar, no sistema escolar público, escolas que ensinam apenas em francês. Exceções incluem adolescentes que fizeram de seus estudos em inglês e no Canadá, filhos de pais que tiveram seus estudos em inglês e no Canadá, filhos de pais cujos irmãos/irmãs estão estudando em inglês no Canadá, ou se o pai das crianças optar por colocá-las no ensino privado. Atendimento escolar é compulsório para todas as crianças e adolescentes com mais de seis anos de idade, até a conclusão do segundo grau ou até os dezesseis anos de idade.


Em 2006, cerca de 17% das crianças da província estudavam em escolas privadas, a taxa mais alta do Canadá — escolas privadas são inclusive frequentadas por estudantes de classe média baixa. Escolas privadas são subsidiadas pelo governo do Quebec. No total, são 13 séries de ensino — treze anos de estudo — um a mais do que no resto do Canadá. Em 1999, as escolas públicas da província atenderam cerca de 1,023 milhões de estudantes, empregando aproximadamente 63 mil professores. Escolas privadas atenderam cerca de 102,6 mil estudantes, empregando aproximadamente 5,6 mil professores. O sistema de escolas públicas da província consumiu cerca de 7,75 bilhões de dólares canadenses, e o gasto das escolas públicas por estudante é de aproximadamente 6,9 mil dólares canadenses.


O Quebec é conhecido pelas suas instituições de ensino superior de qualidade, e, especialmente, de baixo custo — pois o ensino superior é pesadamente subsidiado pela província, mais do que no resto do país. Estudantes podem optar por estudar em universidades ou em CEGEPs, faculdades. Montreal possui quatro grandes universidades, e a cidade possui a maior percentagem (em relação à sua população) de estudantes universitários da América do Norte.



Transportes e telecomunicações |




Vista do centro portuário de Montreal.





Via expressa em Montreal.


Antigas estradas construídas na Nova França chamavam-se Les Chemins du Roi ("As Estradas do Rei", em português). A primeira delas foi construída no começo do século XVII, e conectava Montreal com a Cidade de Quebec. Atualmente, a província é o maior pólo de transportes do Canadá, com o maior centro de transportes sendo Montreal.


O sistema rodoviário do Quebec caracteriza-se pelo seu sistema rodoviário de auto-routes. Auto-routes são rodovias primárias, chamadas no restante do país de highways. O Quebec possui cerca de 30 mil quilômetros de vias públicas na província, dos quais 90% deles são pavimentados e 2 881 são auto-routes. Montreal — o maior centro rodoviário do Canadá — e a Cidade de Quebec são os principais pólos ferroviários do Quebec. O Quebec possui cerca de oito mil quilômetros de ferrovias, que se concentram em Montreal, o maior centro ferroviário do Canadá, e na Cidade de Quebec.


Montreal é o maior centro portuário do leste canadense, o segundo maior do país do mundo e um dos principais da América do Norte. A construção do Canal de Lachine, em 1825, e, posteriormente, do South Shore Canal, em 1970, permitiu a passagem de grandes navios transatlânticos ao porto da cidade; e o Canal do Rio São Lourenço permitiu a esses navios passagem segura aos Grandes Lagos. Além de Montreal, existem outros 65 portos que movimentam algum degrau de carga e passageiros na província. Os portos mais importantes, além o de Montreal, são o da Cidade de Quebec, Baie-Comeau, Trois-Rivières e Sept-Îles. Estes portos são mantidos livres de gelo no inverno.


Três grandes aeroportos estão localizados no Quebec. Dois estão na região metropolitana de Montreal: o Aeroporto Internacional Pierre Elliott Trudeau, em Dorval — o terceiro mais movimentado do país, com seus 9,5 milhões de passageiros anuais — e o Aeroporto Internacional de Mirabel, em Mirabel — que movimenta apenas aviões de carga. Outro aeroporto internacional está localizado na Cidade de Quebec, o Aeroporto Internacional Jean Lesage.


O primeiro jornal publicado no Quebec foi o Québec City Gazette, publicado pela primeira vez em 1764, na Cidade de Quebec, publicado em inglês e em francês. Este jornal ainda é publicado em tempos atuais, sob o nome de Quebec Chronicle-Telegraph, tendo sido publicado somente em inglês a partir de 1842 (e mudado de nome para seu nome atual em 1884). O The Gazette of Montreal, o jornal publicado em francês de maior circulação no continente americano, foi fundado em 1778, em Montreal, sob o nome de La Gazette du Commerce et Litteraire. São publicados atualmente no Quebec cerca de 250 jornais diferentes — primariamente em francês ou em inglês, mas algumas em chinês, italiano ou outros idiomas, na região metropolitana de Montreal.


A primeira transmissão de rádio no Canadá foi realizada no Quebec, em Montreal. A primeira estação de rádio da província — e do país — foi fundada em 1920, em Montreal, pela mesma companhia que havia realizado a primeira transmissão de rádio do Canadá. A primeira estação de televisão do Quebec foi fundada em 1952, em Montreal. Atualmente, o Quebec possui cerca de 175 estações de rádio e 15 estações de televisão, que possuem sua programação primariamente em francês. Muitas das estações, porém, possuem sua programação em inglês ou mesmo em outros idiomas, como chinês e italiano, por exemplo, especialmente na região metropolitana de Montreal.



Cultura |




A bandeira do Quebec, a Fleurdelisé.





Iris versicolor.


Os quebequenses, um povo que também vive em minoria no resto do Canadá e no norte dos Estados Unidos, consideram o Quebec sua terra natal. Os quebequenses são a maior população francófona das Américas. Os laços históricos e culturais com a França fazem com que muitos considerem o Quebec seja diferente do restante do Canadá.


O padroeiro da província é São João Batista. A Saint-Jean-Baptiste é realizada todo ano em 24 de junho, e é considerada o Dia Nacional do Quebec, oficialmente, chamado de Fête nationale du Québec (Feriado nacional do Quebeque) desde 1977. A música Gens du pays, escrita e composta por Gilles Vigneault, é muitas vezes vista como o hino não-oficial da província.


O Quebec é por vezes chamado de La Belle Province, que significa em português "A Bela Província". Até o fim da década de 1970, esta frase era mostrada nas placas de licenças de veículos em geral. Desde então, a frase foi substituída pelo lema oficial da província, Je me souviens, que significa "Eu me lembro". Um debate comum na cultura popular, tanto entre os canadenses anglófonos quanto para os francófonos, é sobre o que é que está a ser lembrado.



Símbolos da província |




  • Bandeira: La Fleurdelisé. A bandeira é azul, com duas faixas, uma horizontal e outra vertical, que cruzam-se no meio da bandeira, e que a dividem em quatro partes iguais.


  • Lema: O lema do Quebec é Je me souviens, que significa em português "Eu me lembro". Esse lema está inscrito dentro da Assembleia legislativa da província e nas placas de licenciamento de veículos.


  • Brasão de armas: O brasão de armas foi criado em 26 de maio de 1868, e modificado posteriormente pelo governo do Quebec em 9 de dezembro de 1939. Caracteriza-se por um grande escudo, dividido em três linhas horizontais. A linha do alto é azul e possui três flores-de-lis. A linha do meio é vermelha e possui um leão dourado, símbolo dos ingleses. A terceira linha é amarela e possui três maple leaves, um símbolo do Canadá. Acima do escudo está inscrito uma coroa real — símbolo da realeza da Inglaterra — e embaixo do escudo, uma faixa prateada, onde está inscrito o lema do Quebec, Je me souviens.


  • Selo: Le Grand Sceau du Québec.

  • Emblema: Flor-de-lis, um símbolo tradicional da França real.


  • Flor: Iris versicolor


  • Pássaro: Bubo scandiacus



Ver também |



  • Lista de cidades do Quebec

  • Lista de regiões do Quebec



Referências




  1. «Population and dwelling counts, for Canada, provinces and territories, 2016 and 2011 censuses». Statistics Canada. 8 de fevereiro de 2017. Consultado em 12 de fevereiro de 2017 


  2. «2017 CSLS Research Report» (PDF). The Human Development Index in Canada. 33 páginas. Consultado em 22 de setembro de 2017 


  3. «The Legal Context of Canada's Official Languages». University of Ottawa. Consultado em 7 de outubro de 2016 


  4. Portal da Língua Portuguesa – Dicionário de Gentílicos e Topónimos


  5. Lusa, Agência de Notícias de Portugal. «Prontuário Lusa» (PDF). Consultado em 10 de outubro de 2012 


  6. Supremo Tribunal do Canadá - Quebec referência de oposição a uma resolução para alterar a Constituição em 1982 - "Devemos reconhecer que os dois povos fundadores do Canadá são fundamentalmente iguais e que o Quebec dentro da federação canadense é uma empresa separada pela língua, cultura, instituições, e tem todos os atributos de uma comunidade nacional distinta", tradução de: On devra reconnaître que les deux peuples qui ont fondé le Canada sont foncièrement égaux et que le Québec forme à l’intérieur de l’ensemble fédéral canadien une société distincte par la langue, la culture, les institutions et qui possède tous les attributs d’une communauté nationale distincte.


  7. «L'évolution du bilinguisme français-anglais au Canada de 1961 à 2011». www.statcan.gc.ca. Consultado em 20 de abril de 2016 


  8. «Bilinguisme chez les jeunes au Canada». www.statcan.gc.ca. Consultado em 20 de abril de 2016 


  9. «Référendums - Le Directeur général des élections du Québec (DGEQ)». www.electionsquebec.qc.ca. Consultado em 20 de abril de 2016 


  10. «Référendum québécois de 1995». Wikipédia (em francês) 


  11. Quebec police admit they went undercover at Montebello protest CBC, 23 de agosto de 2007


  12. [1], NHS Profile, Quebec, 2011, Statistics Canada



Bibliografia |



  • e Robert, Bothwell. Canada and Quebec: One Country, Two Histories. [S.l.]: UBC Press. ISBN 0-7748-0524-2 


Ligações externas |




O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Quebec




  • Website oficial do Quebec (em francês)


  • Portal de turismo oficial do Quebec (em francês)


  • Mapas da Bibliothèque nationales du Québec (em francês)


  • Statistics Canada (em inglês e em francês)


  • L'Encyclopédie de L'Agora (em francês)


  • História do Quebec (em inglês)



























































  • Portal do Quebec
  • Portal do Canadá



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