Khôra
Khôra (Khora ou Chora; em grego antigo: χώρα) era o território da polis fora da cidade propriamente dita. O termo foi utilizado em filosofia por Platão para designar um receptáculo, um espaço ou um intervalo no seu diálogo Timeu.
Jacques Derrida escreveu um pequeno texto com o título Khora,[1] usando a sua aproximação desconstrutivista para investigar o uso da palavra por Platão.
Jacques Derrida usa "khôra" para nomear uma alteridade (otherness) radical que "proporciona lugar" para o ser. El-Bizri constrói sobre isto, designando "khôra" para nomear o acontecimento radical de uma diferença ontológica entre o ser e os seres.[2] Derrida argumenta que o subjéctil é como a chora de Platão, grego para espaço, receptáculo ou sítio. Platão propõe que a chora se localiza entre o sensível e o inteligível, através da qual tudo passa mas na qual nada é retido.
Outro autor que versou pelo tema foi Martin Heidegger que a designa como uma "clareira" na qual o ser acontece ou tem lugar.
Referências
↑ Derrida J., Khora, Paris:Galilee 1993
↑ Nader El-Bizri, 2004, 2011
Bibliografia |
Derrida, Jacques (1995). T. Dutoit, ed. «On the Name». Khôra. Stanford: Stanford University Press Translation of Derrida, Jacques 1993: Khôra. Paris: Galilée.
Caputo, John D. (2004). «Love among the Deconsructibles: A Response to Gregg Lambert» (PDF). JCRT. 5 (2): 37ff
Nader El-Bizri, "‘Qui-êtes vous Khôra?’: Receiving Plato’s Timaeus," Existentia Meletai-Sophias, Vol. XI, Issue 3-4 (2001), pp. 473–490
Nader El-Bizri, "ON KAI KHORA: Situating Heidegger between the Sophist and the Timaeus," Studia Phaenomenologica, Vol. IV, Issue 1-2 (2004), pp. 73–98.
Nader El-Bizri, "Ontopoiēsis and the Interpretation of Plato’s Khôra," Analecta Husserliana: The Yearbook of Phenomenological Research, Vol. LXXXIII (2004), pp. 25–45.
Nader El-Bizri, "Being at Home Among Things: Heidegger’s Reflections on Dwelling", Environment, Space, Place Vol. 3 (2011)pp. 47–71
Fernández Agis, Domingo,"Cuerpo, Khôra y espacio político" [1]