Racing Club de France
Nome | Racing Club de France | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Alcunhas | Os pinguins | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Fundação | 1882 (137 anos) | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Estádio | Stade Yves-du-Manoir | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Capacidade | 7.000 | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Localização | Paris, França | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Presidente | Patrick Norbert | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Treinador | Abdellah Mourine | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Patrocinador | Axa | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Material (d)esportivo | Adidas | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Competição | Ligue de Paris-Île de France | ||||||||||||||||||||||||||||||||
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O Racing Club de France, conhecido também como Racing de Paris, é um clube polidesportivo francês. Sua sede fica na cidade de Paris.
Inicialmente um clube de atletismo, atualmente possui 17 seções esportivas. A mais proeminente, na atualidade, é a de rugby union, denominada Racing Métro 92. A de futebol, conhecida como Racing Colombes 92 teve longa tradição, mas, após sérias crises financeiras, atualmente encontra-se em divisões amadoras.[1]
Índice
1 Futebol
1.1 Títulos
1.2 Jogadores históricos
1.3 Notas
2 Rugby Union
2.1 Títulos
3 Basquetebol
3.1 Títulos
4 Referências
5 Ligações externas
Futebol |
Era o mais expressivo clube da capital francesa, tendo seu período áureo nos anos 30 e 40, tempos em que obteve seus títulos mais importantes: um campeonato francês e cinco Copas da França. Formava a trinca futebolística da cidade com o Stade Français, que deixou o futebol profissional após ser rebaixado em 1967, e o Red Star,[2] este um clube atualmente na segunda divisão fundado por Jules Rimet e igualmente possuidor de cinco Copas da França, a última em 1942.[3] Por 50 anos, entre 1936 e 1986, o Racing foi o único clube parisiense campeão da Ligue 1.[4] Em destaque internacional o Racing foi bicampeão do Torneio Internacional de Paris 1958 e 1959, torneio intercontinental em que foi anfitrião e organizador.
Como os dois rivais tradicionais, o Racing também foi decaindo, sendo rebaixado na década de 1960 [2] e, na seguinte, passou a rivalizar com a ascensão do novato Paris Saint-Germain, quase cem anos mais jovem.[5] O Racing passou por um curto renascimento em meados da década de 1980, em que retornou à elite e recebeu grandes investimentos da Matra (chegando a ter o nome alterado para Matra Racing). Subiu da Ligue 2 da temporada 1985-86,[6] a mesma em que o PSG conseguiu seu primeiro título francês na elite.[4] O Racing, porém, não deu o retorno esperado à patrocinadora, sendo deixado por ela em 1989 e caindo em seguida.[7][8]
O dérbi com o Paris Saint-Germain, àquela altura o único clássico entre equipes da mesma cidade no país, acabou por ocorrer poucas vezes: as constantes crises do Racing, somadas à falência, o tiraram de cena, enquanto o rival solidificou-se na elite e ultrapassou o número de títulos dos pingouins, tornando-se a única potência do futebol parisiense.[5]
Embora o Racing tenha ao longo de sua história contado com craques de nível das maiores seleções do mundo como o camaronês Eugène Ekéké, o francês Luis Fernández, o alemão Pierre Littbarski e os uruguaios Enzo Francescoli e Rubén Paz, o time decaiu tanto que atualmente disputa a Division d'Honneur, equivalente a 6ª divisão do futebol francês.
O clube chegou a receber e vencer (por 2-0) em seu estádio em Colombes a Seleção Brasileira de Futebol, em 1963. Por pedido do técnico Aymoré Moreira, três jogadores do Brasil jogaram pelo Racing naquele dia: Lima (que atuou pela seleção na mesma partida), Zequinha e e Gérson. Os gols foram de Guy Van Sam e François Heutte.[9]
Nos anos de decadência, os futebolistas mais renomados a passarem pelo Racing foram o volante argentino Tino Costa e o meia Steven N'Zonzi - este, nas categorias infantis, rumando depois ao PSG. Ambos futuramente defenderam as seleções de seus países, com N'Zonzi integrando o plantel vencedor da Copa do Mundo FIFA de 2018.[10]
Títulos |
Campeonato Francês de Futebol: 1936.
Copa da França: 1936, 1939, 1940, 1945 e 1949.
Torneio Internacional de Paris: 1958 e 1959.
Jogadores históricos |
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Notas |
- Inspirou o nome do Racing Club, um dos cinco grandes do futebol argentino. Curiosamente, há certa similaridade no uniforme de ambos: camisas listradas em branco e azul celeste (horizontais, no parisiense, e verticais, no outro) e calção preto (por vezes azul escuro, no caso dos argentinos). O uruguaio Rubén Paz jogou nos dois.[11] O clube de Avellaneda também já chegou a competir, ainda que brevemente, no rugby union argentino.[12]
Rugby Union |
O departamento de rugby union é pentacampeão nacional, mas com largos jejuns no século XX. Profissionalizou-se após fusão com outro clube, o Métro,[2] e disputa desde 2009 o Top 14, o campeonato francês do esporte, para o qual vem realizando grandes investimentos a fim de sempre estar entre os favoritos. Um dos primeiros grandes reforços foi o veterano ícone nacional Sébastien Chabal,[13] que, todavia, não recuperou o nível de outrora, ficando inclusive de fora da Copa do Mundo de Rugby de 2011.[14]
Em 2015, o clube contratou o abertura neozelandês Dan Carter e tornou-o o jogador mais bem pago do mundo nesse esporte. Carter é o maior pontuador do rugby union internacional, três vezes eleito o melhor jogador do mundo e venceu a Copa do Mundo naquele ano.[15] Seu salário anual no Racing é de 1,4 milhões de euros.[16] Ele foi decisivo no fim do jejum nacional, pendente deste 1990, na elite francesa: em 2016, o clube foi campeão com Carter garantindo a maioria dos pontos na decisão, histórica por também chegar a um recorde mundial de público em uma partida de clubes de rugby, cerca de cem mil pessoas no Camp Nou.[17]
Seu rival é o mesmo Stade Français com quem disputava clássicos no futebol. Este, após 90 anos de decadência também com a bola oval, renasceu na década de 1990 e, com treze títulos nacionais e dois vices europeus, é um dos gigantes deste esporte na França e na Europa.[2][13] Os dois clubes, apesar dos seguidos títulos franceses em 2015 (Stade) e em 2016 (Racing),[18] chegaram a anunciar uma fusão em 2017 como solução a uma crise econômica conjunta, a desencadear até greve dos jogadores. A proposta, porém, foi imediatamente criticadíssima pelas duas torcidas rivais e logo abortada. O presidente do Racing reconheceu publicamente que "as condições sociais, políticas, culturais, humanas e esportivas não estavam reunidas" para viabilizar a proposta.[19] O Paris Saint-Germain, curiosamente, chegou a também possuir uma seção de rugby, na mesma década de 1990, mas da modalidade rugby league.[2]
Títulos |
Campeonato Francês de Rugby Union: 1892, 1900, 1902, 1959, 1990, 2016
Campeonato Francês de Rugby Union - Segunda Divisão: 2009
Basquetebol |
O departamento de basquetebol, conhecido como Paris Basket Racing, foi criado apenas em 1922. Na década de 1990, fundiu-se, curiosamente, com o departamento do Paris Saint-Germain, contra quem realizara dérbis no futebol na década anterior. A relação durou de 1992 a 2000 e nesse período a equipe foi denominada Paris Saint-Germain Racing Basket, ganhando uma Liga Francesa de Basquetebol, em 1997, e sendo duas vezes finalista da Copa da França, em 1993 e em 2000. Nesse período, o PSG Racing contou com alguns dos mais prestigiados jogadores da França, casos de Tony Parker, revelado aos 17 anos pelo time;[20]Laurent Sciarra,[21]Richard Dacoury [22] e Yann Bonato.[23]
Em 2007, o Basket Racing fundiu-se com outro clube, o Levallois Sporting Club, dando origem ao atual Levallois Metropolitans.
Títulos |
Liga Francesa de Basquetebol: 1951, 1953, 1957 e 1997
Liga Francesa de Basquetebol - Segunda Divisão: 1936, 1954, 1977 e 1985
Copa da França: 2013 (como Levallois Metropolitans)
Referências
↑ RAMALHO, Víctor (21 de março de 2012). «Clubes de Futebol e Rugby». Portal do Rugby. Consultado em 10 de janeiro de 2013
↑ abcde «Futebol e Rugby pelo mundo – realmente tudo a ver». blog do Rugby. 5 de novembro de 2009. Consultado em 11 de janeiro de 2013
↑ BETTINE, Lucas (outubro de 2012). PSG: Paris sem grana. Placar n. 1371. Editora Abril, p. 80
↑ ab MAZET, François; PAURON, Frédéric (31 de maio de 2012). «France - List of Champions». RSSSF. Consultado em 14 de janeiro de 2013 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑ ab ZAMBUZI, Luciana (outubro de 2008). Top 10 Rivalidades que estão em baixa. Trivela n. 32. Trivela Comunicações, p. 13
↑ ABBINK, Dinnant (29 de janeiro de 2005). «France - France - List of Final Tables Second Level». RSSSF. Consultado em 14 de janeiro de 2013
↑ COELHO, Paulo Vinícius (setembro de 2011). A maldição dos novos ricos. Revista ESPN n. 23. Spring Editora, p. 19
↑ LOBO, Luís Freitas (12 de abril de 2000). «RACING CLUB PARIS: O FUTEBOL NA CIDADE DAS LUZES». Planeta do Futebol. Consultado em 1 de março de 2011
↑ ARRUDA, Marcelo Leme de (27 de outubro de 2012). «Seleção Brasileira (Brazilian National Team) 1961-1963». RSSSF Brasil. Consultado em 24 de abril de 2013
↑ STEIN, Leandro (14 de julho de 2018). «O futebol de Paris pulsa através dos pequenos clubes, essenciais na formação de craques à seleção». Trivela. Consultado em 19 de setembro de 2018
↑ PERUGINO, Elías. Rubén Paz (fevereiro de 2011). El Gráfico Especial n. 28 - "100 Ídolos de Racing", pp. 18-19
↑ BRANDÃO, Caio (24 de novembro de 2011). «Futebol e Rugby – Parte 10: outros clubes». Futebol Portenho. Consultado em 10 de janeiro de 2013
↑ ab CÂMERA, Mário (fevereiro de 2012). No olho da rua. Revista ESPN n. 28. Spring Editora, pp. 62-65
↑ Un vasco que la rompió en 2010 (setembro de 2011). El Gráfico - Guía de la Copa do Mundo. Revistas Deportivas, p. 17
↑ RAMALHO, Víctor (27 de novembro de 2017). «Dan Carter vai jogar no Japão». Portal do Rugby. Consultado em 9 de janeiro de 2018
↑ RAMALHO, Víctor (16 de junho de 2015). «Vermeulen e O'Connell no Toulon, Dan Carter no Racing». Portal do Rugby. Consultado em 9 de janeiro de 2018
↑ RAMALHO, Víctor (24 de junho de 2016). «Racing vence final épica do Top 14 com recorde mundial de público em Barcelona». Portal do Rugby. Consultado em 9 de janeiro de 2018
↑ VIGNOLI, Leandro (2017). 11. Red Star - Paris é uma festa. À sombra de gigantes: uma viagem ao coração das mais famosas pequenas torcidas do futebol europeu. São Paulo: L. Vignoli, 2017, pp. 121-128.
↑ RAMALHO, Víctor (19 de março de 2017). «Cancelada fusão entre Racing e Stade Français». Portal do Rugby. Consultado em 10 de janeiro de 2013
↑ MARINHO, Mário; NATACCI, Silvio (2017). Tony Parker. Guia lendas do esporte mundial: basquete. 2ª ed. Barueri: Online, p. 70
↑ MARINHO, Mário; NATACCI, Silvio (2017). Laurent Sciarra. Guia lendas do esporte mundial: basquete. 2ª ed. Barueri: Online, p. 74
↑ MARINHO, Mário; NATACCI, Silvio (2017). Richard Dacoury. Guia lendas do esporte mundial: basquete. 2ª ed. Barueri: Online, p. 76
↑ MARINHO, Mário; NATACCI, Silvio (2017). Yann Bonato. Guia lendas do esporte mundial: basquete. 2ª ed. Barueri: Online, p. 77
Ligações externas |
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