SYRIZA
Coligação da Esquerda Radical Synaspismós Rizospastikís Aristerás Συνασπισμός Ριζοσπαστικής Αριστεράς | |
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Líder | Alexis Tsipras |
Fundação | 2004 (como aliança) 2012 (como partido) |
Sede | Atenas, Grécia |
Ideologia | Socialismo democrático Ecossocialismo Populismo de esquerda Secularismo Histórico: Marxismo Socialismo Eurocepticismo |
Espectro político | Centro-esquerda/Esquerda Histórico: Extrema-esquerda |
Afiliação europeia | Partido da Esquerda Europeia Partido Socialista Europeu (observador) |
Grupo no Parlamento Europeu | Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde[1] |
Parlamento Helénico | 0000000000000144 144 / 300 |
Parlamento Europeu | 0000000000000004 4 / 21 |
Regiões | 0000000000000144 144 / 703 |
Cores | vermelho, branco, roxo e rosa |
Página oficial | |
www.syriza.gr | |
Política da Grécia Partidos políticos Eleições |
A Coligação da Esquerda Radical (em grego: Συνασπισμός Ριζοσπαστικής Αριστεράς, Synaspismós Rizospastikís Aristerás, abreviado SYRIZA) é um partido político de esquerda da Grécia. Foi fundado em 2004 como uma aliança eleitoral de 13 partidos e organizações de esquerda, sendo a componente principal o partido Synaspismós (SYN - Coligação de Movimentos de Esquerda e Ecológicos; em grego Συνασπισμός της Αριστεράς των Κινημάτων και της Οικολογίας, Synaspismós tis Aristerás tu Kinīmátōn kai tis Oikologías). Em maio de 2012, o SYRIZA apresentou-se como um único partido.
Após a vitória eleitoral em janeiro de 2015[2] o líder do SYRIZA, Alexis Tsipras, foi empossado como primeiro-ministro para dirigir o novo governo da Grécia - o Governo Tsipras. Realizou-se assim um governo de coalizão com o partido nacionalista conservador, Gregos Independentes.
O SYRIZA defende o aumento dos impostos para os contribuintes com mais rendimentos, o adiamento ou anulação dos pagamentos da dívida, cortes nos gastos da defesa e um aumento do salário mínimo e das pensões. Tsipras, um dos mais novos líderes políticos gregos, defende uma frente ampla antiausteridade,[3] inclusive com partidos de direita, como o Gregos Independentes, e a Nova Democracia, que teve um dirigente indicado para a presidência grega pelo SYRIZA.
Índice
1 História
1.1 Formação
1.2 Eleições parlamentares de 2012
1.3 Eleições de 2014 para o Parlamento Europeu
1.4 Vitória eleitoral em 2015
1.5 Cisão do partido e nova vitória eleitoral
2 Organizações integrantes
3 Resultados eleitorais
3.1 Eleições legislativas
3.2 Eleições europeias
4 Referências
5 Ver também
6 Ligações externas
História |
Formação |
A Coligação da Esquerda Radical tem sua origem no Espaço para o Diálogo da Unidade e Acção Comum da Esquerda (grego: Χώρος Διαλόγου για την Ενότητα και Κοινή Δράση της Αριστεράς), lançado em 2001.[4] O "Espaço" era composto por várias organizações políticas gregas de esquerda que, apesar de diferenças ideológicas e históricas, conseguiram chegar a uma plataforma política comum, acerca de temas importantes que haviam surgido na Grécia no final da década de 1990, tais como a guerra do Kosovo e privatizações.
Eleições parlamentares de 2012 |
Nas eleições parlamentares de 6 de maio de 2012, a SYRIZA conquistou 16 % dos votos e 50 deputados, tornando-se no segundo maior partido, a seguir à Nova Democracia e antes do PASOK.[5] O crescimento da SYRIZA é considerado como uma das manifestações de protesto contra a política de austeridade, seguida nos últimos anos,[6] e contra a entrada no parlamento de partidos da extrema direita.
Nestas eleições parlamentares de junho de 2012, essenciais para a Grécia, o SYRIZA registou novamente um aumento de votos, obtendo 26,8%, mas foi novamente superado pela Nova Democracia, com 29,9%. Em resposta ao convite desta última para participar de um governo de unidade nacional, o SYRIZA anunciou a sua decisão de ficar na oposição.[7]
Eleições de 2014 para o Parlamento Europeu |
Em 2014, o SYRIZA foi o grande vencedor das eleições dos representantes da Grécia no Parlamento Europeu, realizadas entre 22 e 25 de maio de 2014. O partido obteve aproximadamente 27% dos votos, na primeira vitória em eleições desde a sua criação. Já o partido do governo Nova Democracia, do primeiro-ministro Antónis Samarás, ficou em segundo lugar, com cerca de 23% dos votos. A vitória do SYRIZA provocou mudanças na equipa do governo do conservador Samarás.[8] A principal bandeira do partido vencedor continua a ser o fim da política de austeridade imposta pela "Troika" (Banco Central Europeu, FMI e Comissão Europeia) à Grécia.[9] Em novembro de 2014, Tsipras voltou a garantir que o SYRIZA vai reclamar a anulação de parte da dívida grega, tal como aconteceu com a Alemanha em 1953.[10]
Vitória eleitoral em 2015 |
O Parlamento grego deveria eleger um novo presidente da República em dezembro de 2014. Porém, o candidato Stavros Dimas, apoiado pela Nova Democracia, não conseguiu obter em três votações sucessivas o mínimo de 200 votos parlamentares estipulado pela lei do país, e, segundo a constituição grega, o presidente Karolos Papoulias viu-se obrigado a dissolver o parlamento e convocar eleições. Em 25 de janeiro 2015 foram realizadas eleições legislativas: o SYRIZA conseguiu 36,34% dos votos, quase nove pontos à frente do partido conservador Nova Democracia, do primeiro-ministro Antónis Samarás (com 27,81%). O partido obteve 149 das 300 cadeiras do parlamento,[11] ficando a apenas 2 da maioria absoluta. Iniciadas conversações com outros partidos no dia seguinte, o partido conservador de direita e anti-austeridade Gregos Independentes aceitou coligar-se com o Syriza. O governo Tsipras tomou posse dois dias depois, com Yanis Varoufakis na pasta das finanças, e a pasta da defesa para o partido Gregos Independentes.
Cisão do partido e nova vitória eleitoral |
Apesar da vitória do "Não", apoiado pelo partido, no referendo grego de 2015, sobre a aceitação de novas medidas de austeridade,[12]Alexis Tsipras e o seu governo acabou por aceitar um novo resgate e a subsequente aplicação de novas medidas de austeridade, em Julho de 2015.[13] A aceitação de um novo resgate levou a uma profunda divisão interna do partido, com ala de extrema-esquerda, liderada por Panagiotis Lazafanis, a romper com o partido e fundar a Unidade Popular.[14] Mesmo com a ruptura interna, o novo resgate foi aprovado, muito graças ao apoio dos partidos de oposição (Nova Democracia, PASOK e To Potami)[15] e, após tal aprovação, Tsipras decidiu demitir-se e, assim, provocar eleições antecipadas.[16]
Nas eleições de Setembro de 2015, apesar de muitos preverem uma dispusta renhida entre SYRIZA e a Nova Democracia, o partido obteve um resultado semelhante ao de Janeiro de 2015, conquistando, cerca de, 36% dos votos e 145 deputados.[17][18] Após as eleições, a coligação de governo entre SYRIZA e os nacionalistas Gregos Independentes foi renovada e, assim, Alexis Tsipras voltou a ser reconduzido primeiro-ministro.[19]
Organizações integrantes |
A SYRIZA foi composto pela unificação dos seguintes partidos[20][21]:
Partido | Ideologia |
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Synaspismós | Socialismo democrático, Ecossocialismo, Eurocomunismo |
Cidadãos Activos | Socialismo, Patriotismo |
Grupo Político Anticapitalista | Comunismo, Trotskismo, Anticapitalismo |
Associação de Cidadãos de Riga | Internacionalismo, Patriotismo, Ecologismo |
Organizão Comunista da Grécia | Comunismo, Maoismo |
Plataforma Comunista do SYRIZA | Comunismo, Trotskismo, Eurocepticismo |
Movimento Democrático Social | Socialismo democrático, Social-democracia, Eurocepticismo |
Ecossocialistas da Grécia | Ecossocialismo, Ecologismo |
Esquerda Operária Internacionalista | Comunismo, Trotskismo, Internacionalismo |
Movimento de Unidade de Ação da Esquerda | Comunismo, Marxismo–Leninismo |
Novo Lutador | Socialismo democrático, Social-democracia |
Grupo da Esquerda Radical ROZA | Luxemburguismo, Socialismo, Feminismo |
Radicais | Socialismo democrático, Patriotismo |
Vermelho | Comunismo, Trotskismo |
Esquerda Ecologista, Comunista e Renovadora | Eurocomunismo, Ecossocialismo, Ambientalismo |
União do Centro Democrático | Social liberalismo, Radicalismo, Centrismo |
Movimento Unitário | Social-democracia, Socialismo democrático |
Resultados eleitorais |
Eleições legislativas |
Data | Líder | CI. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status |
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2004 | Nikos Konstantopoulos | 4.º | 241 714 | 00000000000003.3 3,3 / 100,0 | 0000000000000006 6 / 300 | Oposição | ||
2007 | Alekos Alavanos | 4.º | 361 101 | 00000000000005.0 5,0 / 100,0 | 1,7 | 0000000000000014 14 / 300 | 8 | Oposição |
2009 | Alexis Tsipras | 5.º | 315 665 | 00000000000004.6 4,6 / 100,0 | 0,4 | 0000000000000013 13 / 300 | 1 | Oposição |
05/2012 | Alexis Tsipras | 2.º | 1 061 928 | 00000000000016.8 16,8 / 100,0 | 12,2 | 0000000000000052 52 / 300 | 39 | Oposição |
06/2012 | Alexis Tsipras | 2.º | 1 655 022 | 00000000000026.9 26,9 / 100,0 | 10,1 | 0000000000000071 71 / 300 | 19 | Oposição |
01/2015 | Alexis Tsipras | 1.º | 2 245 978 | 00000000000036.3 36,3 / 100,0 | 9,4 | 0000000000000149 149 / 300 | 78 | Governo |
09/2015 | Alexis Tsipras | 1.º | 1 925 904 | 00000000000035.5 35,5 / 100,0 | 0,8 | 0000000000000145 145 / 300 | 4 | Governo |
Eleições europeias |
Data | CI. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- |
---|---|---|---|---|---|---|
2009 | 5.º | 240 898 | 00000000000004.7 4,7 / 100,0 | 0000000000000001 1 / 22 | ||
2014 | 1.º | 1 518 608 | 00000000000026.5 26,5 / 100,0 | 21,8 | 0000000000000006 6 / 21 | 5 |
Referências
↑ «GUE/NGL - Parties». European United Left / Nordic Green Left. Consultado em 8 de maio de 2012
↑ http://veja.abril.com.br/blog/mercados/economia/vitoria-de-tsipras-pode-tirar-a-grecia-do-euro/
↑ http://observador.pt/2015/01/25/sem-maioria-tsipras-ja-tem-acordo-de-coligacao/
↑ «Press conference of the "Space"». Syn.gr. 15 de maio de 2001. Consultado em 17 de maio de 2012
↑ "Veredito do povo exclui governo que aplique memorando" DN Online, 9 de maio 2012
↑ http://www.bbc.co.uk/news/world-europe-18056677 (em inglês)
↑ Público, 18/6/2012
↑ Governo grego remodelado após derrota nas eleições europeias, ZAP/AEIOU, 9 de junho de 2014
↑ Na Grécia, partido de esquerda Syriza vence eleição para Parlamento Europeu, por Rafael Duque, Opera Mundi, 25 de maio de 2014
↑ Tsipras: Triunfo do Syriza será uma vitória para todos os povos europeus, Carta Maior, 2 de novembro de 2014
↑ http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/01/esquerda-vence-eleicao-na-grecia-e-promete-negociar-com-credores.html
↑ editor, Ian Traynor Europe; John (5 de julho de 2015). «Greek referendum no vote signals huge challenge to eurozone leaders». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautores=
(ajuda)
↑ «Explained: The punishing terms of Greece's bailout deal». ABC News (em inglês). Consultado em 22 de abril de 2016
↑ «Greece crisis: Syriza rebels form new party - BBC News». BBC News (em inglês). Consultado em 22 de abril de 2016
↑ Kanter, James (14 de agosto de 2015). «Eurozone Finance Ministers Approve Greek Bailout». The New York Times. ISSN 0362-4331
↑ «Greece crisis: PM Alexis Tsipras quits and calls early polls - BBC News». BBC News (em inglês). Consultado em 22 de abril de 2016
↑ «Greece election: Alexis Tsipras hails 'victory of the people' - BBC News». BBC News (em inglês). Consultado em 22 de abril de 2016
↑ «Greek voters return Syriza's Alexis Tsipras to power». ABC News (em inglês). Consultado em 22 de abril de 2016
↑ Kitsantonis, Niki (22 de setembro de 2015). «Alexis Tsipras Appoints New Greek Cabinet Much Like the Old». The New York Times. ISSN 0362-4331
↑ «Profile of Synaspismos». SYNASPISMOS (em inglês). Consultado em 12 de maio de 2012
↑ «Da antiglobalização ao governo de esquerda». Esquerda.net. 19 de maio de 2012. Consultado em 21 de maio de 2012
Ver também |
- Crise da dívida pública da Zona Euro
- Crise financeira da Grécia
- Economia da Grécia
- Governo Tsipras
Ligações externas |
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