Plebe
Plebe, plebeus, peões ou pés de poeira[1] são as pessoas que não nasceram na nobreza. São a classe baixa da população, o povo.[2]
Índice
1 Na Roma Antiga
1.1 Reino
1.2 República
1.3 Clientes
1.4 Escravos
2 Referências
Na Roma Antiga |
Na Roma Antiga, além dos patrícios e clientes, existia a plebe (do latim plebem, multidão), que formava um mundo à parte.[3] Os plebeus habitavam o solo romano, sem integrar a cidade. Como acentua Bouché-Leclercq, "eles tinham o domicílio, mas não a pátria". Eram homens livres, podiam possuir terras, pagavam impostos e prestavam serviços militares. A diferença entre patrícios e plebeus era marcada por barreiras de tabus extremamente exclusivas. A princípio, os plebeus não possuíam direitos políticos nem civis.
A plebe, cuja origem é muito obscura, possivelmente se constituía dos vencidos que ficavam sobre a proteção do Estado; dos clientes que se extinguiram; e dos estrangeiros (Peregrinus) aos quais o Estado protegia.
Os plebeus constituíam 70% da população romana, e os patrícios 30%.
Os plebeus eram homens e mulheres livres que praticavam o comércio, faziam artesanato e trabalhos agrícolas. Compunham a maioria da população, mas, durante a monarquia, não eram considerados cidadãos.
Reino |
No período monárquico, os plebeus não eram considerados cidadãos, portanto não tinham direitos políticos, não podendo nem formar famílias legalmente reconhecidas (Gens). Serviam no exército e trabalhavam como artesãos, agricultores e comerciantes. Viviam ameaçados pela escravidão por dívidas e tinham que pagar altos impostos.
República |
No período republicano, eles conquistaram o direito de eleger os Tribunos da Plebe, em uma assembleia. Também conquistaram o direito de casarem-se com patrícios através da Lei Canuleia, votada pouco tempo depois da Lei das Doze Tábuas e o direito de eleger magistrados plebeus.
Os patrícios recebiam esse nome porque se consideravam descendentes dos primeiros pater familias (chefes familiares) fundadores da cidade. Só eles podiam ser grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Eram cidadãos romanos, por isso tinham direitos políticos e podiam ter cargos no exército, na justiça e na administração, além de conduzir os cultos religiosos. Apenas eles podiam exercer a função de rei, senador ou membro da Assembleia Curial na monarquia romana.
Clientes |
Os clientes eram pessoas livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes serviços pessoais e apoiando-os na dominação exercida sobre a plebe em troca de ajuda econômica e proteção.
Em geral, plebeus e clientes eram descendentes de povos que vivam perto de onde Roma foi fundada. Esses grupos foram dominados e incorporados à sociedade romana, embora não tivessem os mesmos direitos dos patrícios.
Escravos |
Ver também: Escravidão na Roma Antiga
Na monarquia, os escravos eram aqueles que não conseguiam pagar suas dívidas. Com a expansão militar durante a república e o império, esse grupo social romano passou a incluir também os prisoneiros de guerra. Realizavam as mais diversas atividades e eram considerados propriedades de seu senhor. O senhor tinha o direito de castigar o escravo, alugá-lo ou alugar seus serviços.
Referências
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 346.
↑ Dicio.Com - Significado de Plebe.
↑ WOLKMER, A. C.. Fundamentos de História do Direito. São Paulo, SP: Editora del Rey, 2007. p. 122. ISBN 8573089164