Aníbal Ferreira Gomes
Aníbal Ferreira Gomes | |
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Deputado federal pelo Ceará | |
Dados pessoais | |
Nascimento | 7 de junho de 1953 (65 anos) Rio, Rio de Janeiro |
Nacionalidade | brasileiro |
Partido | DEM |
Profissão | Agropecuarista e dentista |
Aníbal Ferreira Gomes (Rio de Janeiro, 7 de junho de 1953) é um cirurgião-dentista, agropecuarista e político brasileiro, atualmente filiado ao Democratas (DEM). Foi prefeito de Acaraú entre 1989 e 1992 e, desde 1995 é deputado federal pelo estado do Ceará.
Em 6 de dezembro de 2016 virou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, após o STF aceitar a denúncia do Ministério Público Federal.[1][2]
Índice
1 Biografia
2 Suspeitas de corrupção
2.1 Petrobras
2.1.1 Operação Catilinárias
3 Denunciado pela Procuradoria Geral da República
3.1 Falsificação de documentos
3.2 Corrupção e Lavagem de dinheiro
4 Citado em envolvido de morte de familiar
5 Referências
Biografia |
Formado em odontologia, é agroepecuarista e detém concessão de radiodifusão. Em 1981 trabalhou como cirurgião-dentista na Secretaria de Saúde do Ceará e em 1982 como odontologista da Secretaria de Segurança Pública do Ceará . É de família de políticos, tanto do lado materno como paterno; é irmão do deputado estadual Manuel Duca (eleito pelo PRB-CE, hoje do PROS) e marido da ex-vice-prefeita de Acaraú (CE) Rossana Borborema. Foi deputado federal nas quatro legislaturas anteriores, pelo PMDB (1995-1999/ 2003-2007/ 2007-2011) e pelo PSDB (1999-2003). Também foi prefeito pelo PMDB do município cearense de Acaraú (1989-1993).
Foi eleito deputado federal em 2014, para a 55.ª legislatura (2015-2019), pelo PMDB. Esteve ausente na votação que levou ao impeachment de Dilma Rousseff.[3] Posteriormente, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[3] Em abril de 2017 votou a favor da Reforma Trabalhista.[3][4] Em agosto de 2017 votou contra o processo em que se pedia abertura de investigação do então Presidente Michel Temer, ajudando a arquivar a denúncia do Ministério Público Federal.[3][5]
Suspeitas de corrupção |
Petrobras |
Ver artigo principal: Petrolão
O ministro do STF, Teori Zavascki, autorizou a abertura de investigação contra o deputado em 6 de março de 2015, tirando o sigilo do pedido de abertura de inquérito.[6]
Operação Catilinárias |
Em 15 de dezembro de 2015, a Polícia Federal, em uma nova fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Catilinárias, fez buscas na casa de Aníbal.[7]
Denunciado pela Procuradoria Geral da República |
Falsificação de documentos |
Foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime de falsificação de documentos para fins eleitorais em sua campanha de 2014.[8]
Corrupção e Lavagem de dinheiro |
Em 16 de junho de 2016, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. “Segundo a denúncia, constatou-se a atuação do deputado Federal Aníbal Gomes com promessa de pagamento indevido no valor de R$ 800 mil ao então diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para permitir e facilitar a celebração de acordo entre a Petrobras e empresas de praticagem atuantes na Zona de Portuária 16”, diz a nota publicada pela PGR.[9][10]
Citado em envolvido de morte de familiar |
Aníbal foi citado como um dos responsáveis pelo assassinato do próprio primo, João Jaime Ferreira Gomes, então prefeito de Acaraú, no interior do Ceará, em 1998. O parlamentar teve seu nome envolvido com problemas a partir do fim da sua gestão como prefeito.[11]
Naquela época, em, 1992, o médico e líder político de Acaraú, João Jaime do PSDB, gravou uma mensagem em fita cassete denunciando três primos por desvios de recursos. Eram eles: Aníbal Gomes e seus dois irmãos Amadeu Gomes e Manoel Duca, conhecido por Duquinha. Na gravação, João afirmava o seguinte:[11]
“ | Se acontecer algo comigo de violência sejam responsabilizados os meus primos que eu nem os considero mais, o Aníbal, o Duquinha e Amadeuzinho. São esses três. Se algo acontecer, não é só comigo, mas com vocês, eles serão os responsabilizados. Peguem essa gravação e levem para autoridades confiáveis | ” |
Referências
↑ Mariana Oliveira (6 de dezembro de 2016). «STF aceita denúncia do Ministério Público e torna Aníbal Gomes réu na Lava Jato». G1. Globo.com. Consultado em 6 de dezembro de 2016
↑ Evandro Éboli (6 de dezembro de 2016). «Lava-Jato: deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) vira réu no STF». O Globo. Globo.com. Consultado em 6 de dezembro de 2016
↑ abcd G1 (2 de agosto de 2017). «Veja como deputados votaram no impeachment de Dilma, na PEC 241, na reforma trabalhista e na denúncia contra Temer». Consultado em 11 de outubro de 2017
↑ Redação (27 de abril de 2017). «Reforma trabalhista: como votaram os deputados». Consultado em 18 de setembro de 2017
↑ Carta Capital (3 de agosto de 2017). «Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer». Consultado em 18 de setembro de 2017
↑ Severino Motta (6 de março de 2015). «Teori divulga lista com 54 investigados pela Operação Lava Jato». Folha de S. Paulo. Consultado em 10 de março de 2016
↑ Globo News (15 de dezembro de 2015). «PF faz buscas na casa do Anibal Gomes e dos ministros Celso Pansera e Henrique Eduardo». G1. Consultado em 15 de dezembro de 2015
↑ Mariana Oliveira (4 de setembro de 2015). «Janot denuncia deputado Aníbal Gomes por suposta fraude eleitoral». G1. Globo. Consultado em 21 de junho de 2016
↑ Michèlle Canes (16 de junho de 2016). «Janot denuncia deputado Aníbal Gomes ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro». Agencia Brasil. EBC. Consultado em 21 de junho de 2016
↑ Isadora Peron e Mateus Coutinho (16 de junho de 2016). «Janot denuncia aliado de Renan por corrupção e lavagem de dinheiro». Estadão. Consultado em 21 de junho de 2016
↑ abc Felipe Lima (28 de setembro de 2015). «Muito além da Lava Jato: saiba quem é Aníbal Gomes, o deputado do Ceará investigado nos desvios da Petrobras». UOL. Consultado em 21 de junho de 2016